quinta-feira, 31 de março de 2011

Bovespa ganha 0,86% no fechamento;dólar bate R$ 1,62.

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[ 31/03/2011 ] [Folha de S.Paulo - On Line ] 
 
Bovespa ganha 0,86% no fechamento;dólar bate R$ 1,62
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) recuperou terreno pelo segundo dia, mas ainda sem mostrar um volume considerável de negócios. Analistas apontaram uma pesquisa privada sobre a criação de empregos nos EUA, com números próximos das expectativas, como um dos fatores positivos que ajudaram a reduzir a aversão ao risco dos investidores.
A ausência de mudanças mais "dramáticas" tanto Líbia --onde parece cada vez mais provável a queda de Gaddafi-- quanto no Japão --com a situação de Fukushima "sob controle"-- tem fornecido um cenário mais ordinário, que permitiu à Bolsa brasileira voltar ao "normal', isto é, sem mostrar uma tendência firme para os negócios.
O índice Ibovespa, o principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, valorizou 0,86% no fechamento, aos 67.997 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,74 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 0,58%.
O destaque negativo do dia ficou por conta dos papéis da Vale, que responderam por quase um quinto dos negócios de hoje. Enquanto a ação preferencial caiu 0,59%, a ordinária desvalorizou-se 1,28%.
Reportagem da Folha publicada hoje reforçou os rumores correntes nas mesas operações: a indicação de Tito Botelho Martins, presidente da Inco, subsidiária da Vale no Canadá, para a substituição de Roger Agnelli na presidência da mineradora. O Bradesco, que teria indicado Martins, não confirmou a informação.
Expedito Araújo, da mesa de operações da Alpes Corretora, nota que o mercado mostra incertezas em relação ao futuro da empresa. É preciso saber se Martins, caso a indicação se confirme, será realmente um melhor interlocutor com o Planalto. Além disso, ainda restam dúvidas sobre o real "risco político" da mineradora. "Isso sempre pesou sobre a Petrobras, mas essa empresa, pelo menos tem o 'monopólio' do seu mercado. Agora, a Vale tem várias concorrentes, dependendo da área em que você escolher", comenta.
O dólar comercial foi negociado por R$ 1,629, em queda de 1,51%. Trata-se da menor taxa desde o final de agosto de 2008. O Banco Central concentrou sua atuação no mercado no período da tarde, quando emendou um leilão para compra de dólar à vista, um leilão de 'swap' cambial e mais um leilão no segmento à vista, entre 14h36 (hora de Brasília) e 15h56.
EUA E INFLAÇÃO
Entre as principais notícias do dia, a consultoria americana ADP reportou a criação de 201 mil empregos em março no setor privado, abaixo das projeções do mercado (em torno de 205 mil). Essa pesquisa é bastante influente, porque antecede os números oficiais sobre emprego (o relatório 'payroll') previstos para sexta-feira, sem dúvida, o evento mais importante da agenda econômica nos EUA nesta semana.
A FGV apontou uma inflação de 0,62% em março, ante 1% em fevereiro, pela leitura do IGP-M, o índice de preços consagrado para o reajuste de aluguéis. Economistas previam uma taxa ainda maior, em torno de 0,77%. No acumulado dos últimos 12 meses, foi registrada variação de 10,95%, enquanto no ano, a alta é de 2,43%.
Em seu relatório trimestral de inflação, o BC projetou uma inflação entre 4,4% e 5,6% para 2011, considerando três cenários com variações na taxa de juros e de câmbio. A estimativa para 2012 é de uma inflação em 4,6% - a estimativa anterior era de 4,8%.
 

Indústria de Barcarena criam fórum online .

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[ 31/03/2011 ] [Diário do Pará - B / Mauro Bonna - 07 ] 
 


Investimento chinês aumenta 52% entre 2009 e 2010.

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31/03/2011

Os investimentos chineses no Brasil cresceram 52% entre 2009 e 2010, chegando a quase US$ 30 bilhões. Com recursos disponíveis em grande volume, empresários chineses chegam ao Brasil para garantir o fornecimento das matérias-primas necessárias à sua indústria.

Os dados, de uma pesquisa preparada pelo Conselho Empresarial Brasil-China, foram apresentados ontem durante um seminário no Itamaraty sobre a relação comercial dos dois países. Os números, no entanto, podem estar incompletos: o Ministério do Comércio da China é incapaz de informar os investimentos chineses em um país específico.

Os dados mostram que o interesse primordial dos chineses está em energia - especialmente petróleo e gás - e mineração. A siderurgia também aparece com algum destaque.

Além disso, a pesquisa indica que os chineses começaram a comprar terra no País, especialmente em Goiás e Bahia. A pesquisa revela ainda que os chineses tendem a investir a partir de fusões e aquisições parciais de empresas brasileiras, normalmente em situação minoritária. A hipótese mais provável, segundo os analistas do Conselho, é que isso seja feito pela falta de conhecimento da língua, do mercado e das leis.
O Estado de São Paulo

quarta-feira, 30 de março de 2011

O novo Código de Mineração e os royalties.

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30/03/2011 ] [Valor Econômico - On Line / Impresso - Legislação & Tributos ]
O projeto de lei sobre o novo Código de Mineração deverá ser devolvido nas próximas semanas para apreciação da Casa Civil, conforme estima o Ministério das Minas e Energia (MME). O código substituirá a lei vigente (Decreto-lei nº 227, de 1967) e tem por objetivos desburocratizar os procedimentos relacionados às concessões de alvarás e autorizações de pesquisa e exploração mineral, bem como aumentar o efetivo poder fiscalizatório por parte dos órgãos públicos.
A introdução do marco regulatório sobrevém em um momento de expectativas com relação ao desenvolvimento do setor. Em 2010, a exportação de produtos minerários correspondeu a cerca de 25% do total das exportações brasileiras. Ainda, o Plano Nacional de Mineração 2030 estima que os investimentos na área devem somar US$ 350 bilhões pelos próximos 20 anos, dos quais cerca de US$ 64,8 bilhões serão realizados entre 2011 e 2015.
Esse cenário otimista para o setor levanta uma série de questões, inclusive no que se refere à forma como as receitas auferidas em decorrência da exploração mineral deverão ser repartidas. Hoje, os entes federativos fazem jus ao recebimento da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), calculada por meio da aplicação de um percentual médio de 2% sobre o valor do faturamento líquido resultante da venda do produto mineral, obtido após a última etapa do processo de beneficiamento adotado e antes de sua transformação industrial.
Mediante a aplicação de tal percentual, que é variável em função do tipo de minério, chega-se ao valor da CFEM, que é posteriormente distribuída na proporção de 12% para a União, 23% para os Estados e 65% para os municípios. Ainda entra no cálculo dos royalties devidos pelas mineradoras o valor pago ao proprietário da superfície (50% do valor da CFEM).
Projetos de lei buscam uma forma mais equânime para a divisão das receitas
A discussão quanto à alteração do percentual e do modo de apuração da CFEM já é antiga, mas o debate tem tomado maiores proporções no âmbito da reforma do marco regulador em virtude do crescimento verificado nos lucros das empresas exploradoras de recursos minerais.
As maiores demandas nesse sentido estão sendo realizadas por parte dos Estados e municípios que abrigam projetos minerários, e que partem da noção de que os royalties da mineração são inferiores aos valores cobrados na maior parte dos países exploradores. Ainda são mencionados os relevantes impactos ambientais e urbanísticos que minas e lavras causam nas regiões em que se localizam, bem como as comparações com os valores recebidos a título de royalties do petróleo por parte dos municípios exploradores, muito superiores aos da mineração. Nesse contexto, têm surgido propostas e projetos de lei que buscam alcançar uma forma mais equânime para a divisão das receitas auferidas em virtude da exploração mineral.
As mineradoras, por sua vez, têm se mostrado resistentes com relação ao aumento dos royalties. Conforme estudo encomendado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) à consultoria Ernst & Young, a carga tributária incidente sobre as atividades minerais no Brasil é uma das três maiores do mundo, o que, por si só, já demonstra que as mineradoras contribuem aos cofres públicos com valores que em muito excedem aqueles pagos a título de royalties.
Ainda no entendimento do Ibram, as comparações da CFEM com os royalties do petróleo seriam descabidas, uma vez que o setor de óleo/gás conta com uma série de benefícios fiscais de redução/suspensão de tributos incidentes sobre a importação de insumos, e com um regime de substituição tributária inexistente na mineração, dentre outras vantagens.
Não obstante as diversas demandas realizadas quanto às alterações no método de cálculo da CFEM, o MME já se manifestou no sentido de que uma eventual alteração na sistemática de apuração dos royalties não será contemplada no novo Código de Mineração, e sim em uma norma em separado. Para tanto, serão analisados os encargos fiscais que incidem sobre as atividades de mineração no Brasil, para que uma eventual reforma no método de cálculo da CFEM não prejudique a competitividade da indústria minerária, tanto no mercado interno quanto no exterior.
Uma alternativa em discussão para que se chegue a um equilíbrio entre os interesses dos entes federativos que se beneficiam do pagamento da CFEM e das mineradoras seria a de se alterar a sistemática para o cálculo dos royalties devidos sobre minérios que tenham passado por um processo de industrialização/beneficiamento.
Em tal hipótese, a alíquota incidente sobre o minério beneficiado seria reduzida, em comparação àquela aplicável ao minério bruto, o que estimularia o desenvolvimento do setor siderúrgico e metalúrgico. Tal proposta vai de encontro com a intenção de se fazer com que o Brasil não se posicione apenas como um mero exportador de commodities e passe a se destacar também como produtor e exportador de produtos minerais industrializados, que estimulem o desenvolvimento de setores estratégicos da economia.
Ricardo Madrona e Luiz Felipe Noronha são, respectivamente, sócio fundador e advogado do Madrona Hong Mazzuco Sociedade de Advogados
Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações

Em dia de bom humor global, Bovespa fecha com ganho de 0,34%.

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30/03/2011 ] [Folha de S.Paulo - On Line ]
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) contrariou os prognósticos para o dia e encerrou o pregão em terreno positivo, com a forte contribuição dos papéis da mineradora Vale, que movimentaram mais de 15% do volume financeiro total. Nem os indicadores pouco animadores publicados nos EUA, nem as notícias negativas do front europeu tiraram o apetite por risco entre os investidores.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, avançou 0,34% no fechamento, aos 67.418 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,14 bilhões, ainda abaixo da média para o mês (R$ 6,6 bilhões/dia) Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, teve ganho de 0,67%.
Na Europa, a Bolsa de Londres ascendeu 0,46%, enquanto a Bolsa de Paris teve alta de 0,27%. Em Frankfurt, as ações recuaram apenas 0,06%, conforme o índice Dax.
Rumores sobre a saída de Roger Agnelli da presidência da Vale têm afetado os papéis da mineradora na Bolsa. Hoje, no entanto, a ação preferencial dessa empresa girou praticamente o dobro da ação de mesmo tipo da Petrobras, subindo 1,85%, enquanto o ativo da petrolífera ficou estável.
"Uma parte do mercado ficou animada com a possibilidade de que um diretor interno da Vale possa assumir no lugar do Agnelli", comenta Eduardo Oliveira, operador da Um Investimentos, lembrando também que um grande banco estrangeiro reforçou hoje sua recomendações para compra de ações do setor de mineração. "A ação da Vale permanece como 'top pick' [sugestão principal] em se tratando de Brasil", acrescenta.
Os papéis da Petrobras não tiveram um dia tão positivo. Hoje, o diretor-financeiro da estatal, Almir Barbassa, admitiu que a meta de US$ 55 bilhões (R$ 93 bilhões) de investimento previsto para este ano não será alcançada. "Suprir de capital uma empresa e um plano de negócios não é brincadeira", afirmou.
O dólar comercial foi negociado por R$ 1,654, em um declínio de 0,48%. O Diário Oficial publicou hoje decreto em que institui a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre empréstimos tomados no exterior. A medida visa, além de conter o endividamento externo de bancos e empresas, reduzir a entrada de dólares no país.
Profissionais de bancos e corretoras, no entanto, apontaram o impacto limitado da medida para conter a valorização cambial.
EUA E EUROPA
Entre as notícias de destaque no dia, os preços de imóveis caíram 3,1% em janeiro nos, na comparação com o mesmo período em 2010, conforme a pesquisa privada S&P/Case-Shiller, com base nos valores obtidos nas 20 principais regiões metropolitanas.
Outra pesquisa privada, a cargo do instituto Conference Board, apontou que a confiança dos americanos na economia teve uma forte redução em março, após ter alcançado o pico de três anos em fevereiro. O índice que sintetiza as respostas dos consumidores caiu de 72 em fevereiro para 63,4 neste mês. Analistas do setor financeiro projetavam 65 pontos.
Ainda no front externo, a agência de estatísticas oficial britânica informou que o PIB do Reino Unido contraiu 0,5% no último trimestre do ano passado, pouco abaixo das projeções anteriores. No ano passado, o crescimento foi estimado em 1,5%. Analistas avaliam que o Banco da Inglaterra pode elevar os juros nos próximos meses, e que a variação do PIB neste primeiro trimestre será fundamental para essa decisão.
E a agência de classificação de risco Standard&Poor's rebaixou os 'ratings' de Grécia e Portugal. No primeiro caso, a 'nota' do país mediterrâneo foi reclassificada para o 'grau especulativo' (de maior risco na comparação com o 'grau de investimento'), enquanto no segundo, a 'nota' ficou bastante próxima de perder o enquadramento na melhor classificação.
BRASIL
Dados do Banco Central divulgados hoje mostram que a carteira total de crédito cresceu 21% nos 12 meses encerrados em fevereiro. O BC quer um crescimento entre 10% e 15% neste ano. O crédito chegou ao nível mais uma vez recorde de 46,5% do PIB (Produto Interno Bruto) no mês passado, o equivalente a R$ 1,74 trilhão.

Mineradoras reclamam de compensação financeira.

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[ 30/03/2011 ] [Estadão.com.br - Economia - On line ]
AE - Agencia Estado
BRASÍLIA - A disputa bilionária travada entre a Vale e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), por conta do pagamento da compensação financeira pela exploração de minério de ferro, é apenas o lado mais visível de um problema enfrentado por todo o setor de mineração. Interpretações díspares da lei e cobranças abusivas afetam até mesmo empresas que trabalham com argila, água mineral e calcário.
Uma das principais reclamações feitas por associações empresariais é a decisão do DNPM de alterar a fórmula de cálculo da compensação e aplicar a nova regra retroativamente para o período de 1991 a 1999. A alteração foi anunciada em 2000, mas o órgão, ligado ao Ministério de Minas e Energia, não fez nenhuma notificação durante quase uma década.
No fim de 2009, diante do risco de decadência da cobrança, o DNPM publicou uma ?lista de devedores?, sem aviso prévio de cobrança. ?Levamos uma pancada via Diário Oficial. Não recebemos nem um aviso, explicando o que devíamos. Nem as Casas Bahia fazem isso. Você recebe pelo menos uma cartinha?, lamentou Carlos Alberto Lancia, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (Abinam). O número de cobranças também chamou atenção. Todas as 465 empresas do segmento foram incluídas na lista.
No ano passado, o segmento de água mineral pagou R$ 8,8 milhões em royalties, valor muito baixo se comparado com os R$ 708,6 milhões arrecadados com a cobrança da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) na extração de minério de ferro. As cobranças feitas pelo DNPM sobre as empresas do setor de água mineral variaram de R$ 50 mil a R$ 20 milhões, segundo explicou Carlos Pedroza de Andrade, advogado da Abinam.
Os valores cobrados pelo governo são um dos pontos que chamam atenção na briga sobre os royalties da mineração. No caso da Vale, os cálculos do DNPM indicam que a maior mineradora do mundo estaria devendo algo próximo a R$ 5 bilhões. O valor é cinco vezes maior que o total arrecadado em 2010 com a cobrança da compensação no setor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Preço do minério voltou a subir, apesar de terremoto japonês, diz Vale.

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30/03/2011

O diretor de Relações com Investidores da Vale, Roberto Castello Branco, descartou hoje impactos significativos do terremoto ocorrido no Japão sobre a demanda por minério de ferro. O executivo afirmou que o preço do minério no mercado spot (à vista) chinês - que serve de base para os reajustes trimestrais da Vale - já voltou a subir.

“O terremoto do Japão não muda absolutamente nada do ponto de vista estrutural”, comentou Castello Branco. Durante evento promovido pela Bloomberg na capital paulista, o diretor disse que a economia japonesa voltará a crescer em três meses, apesar do choque no curto prazo.

O executivo prevê ainda que a demanda por commodities seguirá aquecida nos próximos dez anos, refletindo o crescimento de economias emergentes e seus respectivos investimentos em infraestrutura.

Abordado por jornalistas, Castello Branco se recusou a comentar notícias referentes à saída de Roger Agnelli da presidência da mineradora.
Valor Econômico

segunda-feira, 28 de março de 2011

Oficializada posse da mina para Coomigasp .

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[ 28/03/2011 ] [Diário do Pará - A / Pará - 08 ] 

Vale investe para compensar distâncias.

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28/03/2011

Empresa vai aplicar só este ano US$ 5 bilhões em logística no mundo, o dobro de 2010

Em 2015, a Vale estima produzir 522 milhões de toneladas anuais de minério de ferro, quase 70% a mais do que as 311 milhões de toneladas previstas para este ano. Esse programa de expansão da companhia é considerado ambicioso e desafiador, mais ainda se for levando em conta a desvantagem que ela tem em relação aos seus concorrentes: distância.

Hoje, qualquer minério, de qualquer mina do país, desloca-se na região Sudeste pelo menos 500 quilômetros e, na região Norte, cerca de 900 quilômetros até o navio. E ainda é necessário vencer o mar até o maior cliente no outro lado do mundo, a China, que, neste caso, compra da Vale praticamente metade do minério de ferro que consome.

Para vencer essa desvantagem, a empresa investirá só este ano em logística no mundo todo US$ 5 bilhões, quase o dobro do aplicado em 2010 (US$ 2,8 bilhões) e mais da metade do que foi destinado nos últimos seis anos (US$ 9 bilhões). O montante representa 21,19% dos US$ 24 bilhões em investimentos totais previstos para 2011 pela maior empresa de minério de ferro do mundo e segunda maior mineradora do planeta.

Só a Estrada de Ferro Carajás (EFC), com 892 quilômetros de extensão, absorverá quase US$ 3 bilhões, com despesas de US$ 1,29 bilhão este ano - cifras que incluem desembolsos para melhorias e ampliação do Terminal Portuário de Ponta da Madeira (TPPM), em São Luís (MA).

Trata-se do o maior projeto de logística na América Latina. São 9 mil pessoas no canteiro de obras do TPPM, cuja capacidade de embarque este ano deve chegar a 115 milhões de toneladas de carga. Em 2012, deve passar para 150 milhões e, em 2015, para 230 milhões. Na EFC estão previstas a duplicação de pouco mais de 600 quilômetros de trilhos e a ampliação em 110 quilômetros para se conectar à Serra Sul de Carajás.

Tudo isso porque a maior frente de trabalho já é naquela serra, onde a mineradora brasileira está implementando um dos maiores projetos da história da indústria de mineração mundial, que, em sua fase inicial, deverá adicionar 90 milhões de toneladas anuais à capacidade da companhia.

A estrada de ferro nessa região do país opera a maior composição do mundo, com 330 vagões. São cerca de 4 mil metros de extensão e capacidade para transportar 40 mil toneladas. Trata-se de um avanço tecnológico que permitiu significativos ganhos de produtividade e levou a EFC a bater recorde de transporte de minério de ferro em 2010, atingindo 98,2 milhões de toneladas, ante 94,4 milhões de toneladas em 2008. Em 2009, durante a crise econômica, foram transportadas 89,6 milhões de toneladas.

Já a Ferrovia Norte Sul (FNS), com 720 quilômetros de extensão- 561 quilômetros operando entre Açailândia (MA) e Tupirama (TO), sendo que o restante entrará em operação ainda este ano - é uma das principais fontes de desenvolvimento das regiões Norte e Centro-Norte do país.

Interligada à EFC no sudoeste do Maranhão, para seguir em direção ao Terminal Portuário de Ponta da Madeira, os trilhos da FNS permitem escoar grãos, açúcar, carne, fertilizantes e combustíveis da nova fronteira agrícola, atividade que promete mudar regiões do Piauí, Maranhão e Tocantins.

Recentemente, a Vale fechou um contrato de 11 anos com a Bunge para o transporte de até 200 milhões de litros de álcool por ano pela FNS. O crescente aumento de transporte de cargas por essa rota ferroviária - ainda não foram fechados os números de 2010, mas em 2009 foram mais de 1,6 milhão de toneladas - tem perspectiva de se manter em ritmo próximo a 20%. A previsão é atingir o volume de 12,6 milhões em 2015.

Com 905 quilômetros de extensão e única do país com linha duplicada, a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) é a ferrovia mais produtiva do Brasil e uma das mais modernas do mundo. A EFVM transporta 40% de toda a carga ferroviária do Brasil. Além do minério de ferro, cerca de 60 diferentes produtos, entre eles aço, soja, carvão e calcário, entre outros, passam por seus trilhos.

Em outubro de 2010, a EFVM marcou seu recorde histórico de 11,2 milhões de toneladas de minério transportadas. Há pouco tempo, a EFVM adquiriu um novo sistema de sinalização, mais seguro e eficiente, com foco no aumento da capacidade de transporte. A ferrovia está investindo em um inovador sistema para gestão do tráfego ferroviário, que entrará em operação entre 2011 e 2012.

Também controlada pela Vale, a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) colocou para circular em sua malha 800 vagões produzidos ou modificados pela indústria brasileira. Só para atender ao incremento de carga no contrato com a ArcelorMittal, foram 120 novos vagões. Com 8 mil km, a ferrovia passa por sete Estados e Distrito Federal.
Valor Econômico








Norte-Sul forma espinha dorsal do novo sistema.

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28/03/2011

Após 24 anos, linha será entregue no segundo semestre
 
Lançada há 24 anos, ainda no governo do ex-presidente José Sarney, e interrompida em seguida por conta de uma licitação com cartas marcadas, a Ferrovia Norte-Sul deverá ser finalmente entregue no segundo semestre deste ano, segundo espera a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias. As obras em fase de conclusão correspondem ao traçado originalmente aprovado para a ferrovia, que parte de Açailândia, no Maranhão, e vai até Anápolis, em Goiás, cobrindo 1.574 quilômetros.

Nos últimos anos, o projeto foi ampliado com a inclusão de mais um trecho de 618 quilômetros entre Ouro Verde, também em Goiás, e Estrela D'Oeste, no interior de São Paulo, e com a extensão dos trilhos de Açailândia até Belém, no Pará, somando quase 3,1 mil quilômetros e formando uma espécie de coluna dorsal do novo sistema ferroviário brasileiro. Alvo de denúncias e suspeitas desde o nascedouro, o projeto da Norte-Sul enfrentou ainda, mais recentemente, uma série de adiamentos provocados ora por suspeitas de irregularidades apuradas pelo Tribunal de Contas da União, ora por questões ambientais e, nos últimos meses, pelo excesso de chuvas em Goiás.

As obras, que deveriam ter sido concluídas em julho de 2010, foram adiadas para dezembro do mesmo ano, depois para abril deste ano, em seguida para junho e, mais recentemente, para o segundo semestre. Até o momento, a Valec instalou, diretamente ou por meio de subconcessão, no caso do trecho entre Araguaína e Palmas, em Tocantins, realizado pela Companhia Vale do Rio Doce, 719 quilômetros de trilhos, correspondentes a 45,7% do traçado original. O trecho concluído interliga Açailândia a Palmas, capital tocantinense. Continuam em obras os 855 quilômetros de ferrovia que completarão a conexão entre Palmas e Anápolis.

O balanço oficial divulgado pela assessoria da Valec contempla investimentos de R$ 5,71 bilhões realizados entre 2007 e 2010, com previsão de mais R$ 3,13 bilhões a partir de 2011, somando um total de R$ 8,84 bilhões. A ligação com Belém, na ponta norte, ainda está em fase de definição de projeto, mas a construção do trecho final, de Ouro Verde, próximo a Anápolis, até Estrela D'Oeste, já foi licitada. Dividida em cinco lotes, com custo total de R$ 2,348 bilhões, a construção desse trecho será tocada pelos consórcios Aterpa/Ebate, Queiroz Galvão/Camargo Corrê a (que assumiu dois lotes), Constran/Egesa/Carioca e pela empresa Triunfo Iesa Infraestrutura (Tiisa).

A ferrovia já transporta minérios e grãos nos trechos concluídos e deverá carregar ainda etanol e outros biocombustíveis, açúcar e cargas gerais, prevendo-se um fluxo de contêineres da Zona Franca de Manaus até Anápolis, onde está prevista a construção de um entreposto de distribuição de produtos do polo industrial amazonense.

Projeções e estudos preliminares contratados pela Valec apontam a possibilidade de implantação de 42 usinas de etanol e biocombustíveis ao longo da ferrovia nos trechos entre o sul do Maranhão, norte e centro de Goiás, passando obviamente pelo Tocantins. Desse total, prevê-se a instalação de 24 unidades em Tocantins, 11 novas plantas em território goiano e sete para o Maranhão, com potencial para produzir, anualmente, em torno de 180 milhões de litros de álcool. A estimativa é que cada um desses empreendimentos exija investimento médio de R$ 328,0 milhões, o que corresponderia a uma injeção de recursos da ordem de R$ 13,80 bilhões em valores aproximados.

As possibilidades abertas pela construção da Norte-Sul atraem o interesse chinês. Em breve, o governo goiano receberá uma missão comercial liderada pela estatal chinesa de desenvolvimento agrícola China National Agricultural Development Group Corporation (CNADC) para discutir os termos de um projeto para produção e exportação de soja, com investimentos estimados entre US$ 7,0 bilhões e US$ 7,5 bilhões.

No raio de influência da ferrovia em Goiás, em seu trecho original, saindo de Anápolis em direção a Tocantins, cobrindo 138 municípios e um total aproximado de 20 milhões de hectares, a Valec calcula que 9,7 milhões podem ser considerados aptos à exploração agrícola e destes apenas 1,4 milhão de hectares estão de fato ocupados por lavouras, restando, portanto, 8,3 milhões, suficientes para produzir 25 milhões de toneladas de soja, o que significaria ampliar a produção brasileira em quase 35%.

A Secretaria de Gestão e Planejamento de Goiás (Segplan) espera um incremento dos investimentos especialmente no setor de mineração. O levantamento mais recente disponível, realizado pela secretaria, sugere a possibilidade de atrair R$ 11,2 bilhões para 342 projetos mapeados para a área de influência da ferrovia no Estado.

Desse valor, perto de R$ 4,3 bilhões estavam previstos para 17 projetos de usinas de açúcar e álcool e oito para a produção de biodiesel, projetando-se R$ 2,2 bilhões para a exploração de níquel, cobre, bauxita e manganês.
Valor Econômico

Empresas tentam vencer escassez de profissionais.

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http://saladeimprensa.vale.com/_newsimagens/news_20578_1.jpg
28/3/2011
Valor Econômico
Roberto Rockmann

quarta-feira, 23 de março de 2011

Preço do aço fornecido às montadoras pode subir 10%.

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23/03/2011 ] [Estadão.com.br - Economia - On line ]
ANNE WARTH - Agencia Estado
SÃO PAULO - As siderúrgicas apresentaram uma proposta de reajuste de 10% nos preços de aços planos oferecidos às montadoras de veículos instaladas no Brasil. A indústria automobilística pretende negociar e acredita que poderá reduzir o aumento para cerca de 7%. No início do mês, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, disse que os reajustes representariam uma quebra de contrato com as montadoras e que a entidade já havia fechado contratos no fim de 2010 para o fornecimento de aço ao longo deste ano. ?Se houver aumento, teremos briga. Vamos discutir?, afirmou Belini, na época.
Segundo uma fonte, as usinas teriam justificado que as cheias na Austrália prejudicaram a produção de ferro e aumentaram os custos de extração. A demanda mundial e o crescimento do consumo na China também têm pressionado os preços do aço. Sem o reajuste, os valores do aço brasileiro já estão, em média, 15% mais caros que os cobrados nos Estados Unidos e na Europa e 20% a 25% mais elevados que na Ásia. ?É indução de inflação pura?, afirmou a fonte.
O governo está ciente do problema, que tem sido alvo de reclamações de diversos setores, como os de construção civil, linha branca e eletroeletrônicos. ?O governo conhece a situação, mas não sei se está sensível a ela?, disse a fonte. Em outros momentos, o governo chegou a reduzir e até zerou as alíquotas de importação que incidem sobre diversos tipos de aço para pressionar as siderúrgicas a reduzirem os preços. ?O problema é que o processo de importar aço é muito difícil e implica em uma logística complexa?, afirmou a fonte.
O aço representa cerca de 60% do custo de um automóvel. Embora a decisão de repassar o reajuste para o consumidor caiba a cada empresa, ele invariavelmente chegará ao preço final, diz a fonte. ?Se o mercado está bem, o custo é repassado. Se está mais competitivo, demora para repassar, mas em algum momento o repasse é feito.? O reajuste deve ter impacto principalmente sobre as pequenas e médias indústrias de fornecedores do setor, que compram aço das distribuidoras e já pagam um preço maior que as grandes empresas.
Na semana passada, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) reajustou os preços de laminados a quente e a frio para os distribuidores de aço e retirou parcialmente os descontos que vinham sendo praticados desde agosto. A partir de 1.º de abril, os preços de laminados a quente e frio ficarão 9,75% maiores. Em fevereiro, a Usiminas e a Gerdau confirmaram que começaram a retirar os descontos. Segundo a Usiminas, o impacto nos preços ficaria entre 5% e 10%.

Vale planta 250 mudas de á rvores na APA do Gelado, em Parauapebas .

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[ 23/03/2011 ] [O Liberal - Polícia / Sul e Sudeste do Estado - 06 ] 
 

Ribeirinhos dão lição de sustentabilidade .

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[ 23/03/2011 ] [O Liberal - Atualidades - 04 ] 
 

Pará dobra saldo da balança comercial .

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[ 23/03/2011 ] [O Liberal - Poder - 12 ] 
 

Música erudita com novo fôlego.

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[ 23/03/2011 ] [Diário On Line - Plantão ]
Na terra do carimbó e do tecnobrega, batuta, violinos e sopranos parecem destoar em meio a um cenário tão informal e popular. Mas a verdade pouco conhecida é que o Pará é dono de uma tradição secular quando o assunto é música erudita, e vive um momento de resgate desse legado. “Aqui é o berço de vários dos maiores talentos eruditos do Brasil. Temos instituições que são referência e muitos dos nossos músicos alcançam destaque nacional e no exterior”, garante Joel Costa, da diretoria técnica da Fundação Carlos Gomes.
Entre o elenco de artistas dessa nova safra, dois deles, o tenor Atalla Ayan e a pianista Marília Caputo, sobem hoje ao palco de uma das principais casas de música clássica do mundo, o Carnnegie Hall de Nova Iorque. Um feito inédito para o Estado. No repertório do dueto, mestres como Beethoven e Tosti dividem lugar com músicas bem conhecidas por aqui.
“A nossa música tem grande valor. Numa noite tão importante, nunca mostraríamos um repertório com coisas nacionais simplesmente por sermos brasileiros e paraenses, mas porque acreditamos na qualidade das composições de Waldemar Henrique e Villa Lobos, que não devem nada a muitos dos grandes compositores clássicos”, defende Atalla.
Foi no Conservatório Carlos Gomes, a terceira escola de música mais antiga do país, em que os músicos iniciaram seus estudos. Caputo, aos oito anos, vinda de uma família de músicos, não demorou para embarcar para o exterior para aprimorar sua técnica. Attala começou estudar apenas em 2002, mas conseguiu rápida ascensão. Nove anos depois de ingressar no Conservatório, o tenor já passou por teatros de países como Estados Unidos, Itália, Grécia, Irlanda, República Tcheca, Peru e Espanha.
De férias em Belém, os músicos se conheceram e há dois anos se apresentam em casas americanas. “Marília faz doutorado em Nova Iorque, e anualmente, dez alunos são selecionados para tocar no Carnnegie Hall. Ela foi aprovada, e faria uma apresentação solo. Mas quando a professora escutou o trabalho do dueto, ela se encantou, abriu uma exceção, e nos convidou para a apresentação”, conta Atalla.
Passado glorioso, futuro próspero
No passado, a história da música erudita paraense reuniu maestros e compositores como Waldemar Henrique, Meneleu Campos, Paulino Chaves, Henrique Gurjão e Gama Malcher. Nas partituras, um misto de acadêmico e folclórico. Tão híbrida quanto a formação da cultura local, as obras eruditas paraenses revelam traços indígenas, caboclos e europeus. “O carimbó, por exemplo, que é uma das mais autênticas manifestações nossas, é transformado em linguagem acadêmica e incorporado pela produção erudita. Há peças falando das lendas, da fauna da Amazônia. Esse é o grande diferencial”, explica Joel Costa, da Fundação Carlos Gomes.
Traços amazônicos na face e na musicalidade carrega a soprano Adriane Queiroz, 39 anos, que figura no hall das principais cantoras de música clássica do mundo. Nascida no bairro da Terra Firme, periferia de Belém, a artista chegou à música por acaso, quando trabalhava com comunidades carentes. “Comecei a estudar música no final dos anos 80 para ajudar na alfabetização de crianças. Mas é impossível ter aulas com Marina Monarcha e não se apaixonar pelo canto”, diz, referindo-se à professora que encaminhou vários talentos do Pará à vida profissional.
Em 1997, com uma bolsa do governo estadual, Adriane viajou a Viena, onde aperfeiçoou seus estudos. De lá, seguiu para a Alemanha e deslanchou. A paraense integra o elenco estável da Staatsoper, a principal entre as três casas de ópera de Berlim, e canta sob o comando de um dos maiores regentes da atualidade, o argentino Daniel Barenboim. Ela conquistou ainda mais um grande feito: seu nome entrou no catálogo do mais prestigioso selo clássico do mundo, o Deutsche Grammophon.
Produção ainda está distante do público
Outro talento é Miguel Campos Neto, hoje à frente da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz , da Orquestra Jovem Vale Música e da Orquestra da UFPA. Aos 33 anos, ele é dono de um currículo que registra sua passagem por diversos palcos ao redor do mundo: Campos é diretor e fundador da Chelsea Symphony, de Nova Iorque; atuou como regente assistente da Amazonas Filarmônica em Manaus; e, como convidado, esteve à frente de uma das maiores orquestras da América Latina, a Orquestra Sinfônica de Porto Rico.
E a base de sua formação musical também se deu em terras paraenses. Miguel começou a estudar ainda criança, aos oito anos, no Conservatório Carlos Gomes, onde permaneceu até os 18, quando ganhou uma bolsa de estudos que o levou até a Universidade de Missouri, nos Estados Unidos. Formou-se bacharel em violino, depois ganhou outra bolsa de estudos, agora na Cidade do México, onde cursou mestrado e passou a se interessar por regência.
Em Nova Iorque, já no Mannes College of Music, Campos Neto fundou a orquestra Chelsea Symphony, há cinco anos dedicada a oportunizar a jovens regentes a primeira chance de subir ao podium. O projeto o faz viajar mensalmente aos Estados Unidos, mas é em Belém que ele passa o resto dos dias investindo esforços no cenário local.
“Além do apelo emocional, voltei porque aqui há muito a se construir. É um ótimo lugar para se trabalhar”, avalia, destacando ainda a obscurecida tradição clássica paraense. “Grandes teatros municipais do Brasil, como no Rio e em São Paulo, são bem mais novos que o Theatro da Paz. Isso quer dizer que Belém já foi vanguarda em espetáculos operísticos e eruditos. Não à toa, Carlos Gomes compôs aqui ‘O Guarani’, e tantas companhias italianas de ópera vieram se apresentar em Belém na época da Belle Époque”, contextualiza.
Para Miguel, a nova geração está pronta para revigorar o cenário, e não deixar ficar apenas na história o legado cultural da música clássica. “Há mercado aqui para isso. Hoje o músico paraense não precisa sair do Pará, ele sai se quiser. Já há curso de bacharelado do Estado. Para formar uma orquestra, não é preciso contratar músicos estrangeiros. Esses talentos são formados aqui. É isso que o Carlos Gomes faz e que o projeto Vale Música está fazendo. Os músicos paraenses se formam aqui e podem tocar no exterior sem deixar nada a desejar”, garante Miguel.
DESAFIO
Apesar de fabricar grandes músicos, o cenário paraense requer mais incentivo. Pelo menos é o que defende Joel Costa, da Fundação Carlos Gomes. “Há muitos talentos. O que falta é espaço na mídia para fazer essa produção erudita chegar ao público. O Pará tem uma produção de música popular massificada que toma conta do cenário e não há como competir. Então as TVs e rádios locais exploram apenas essa vertente, se esquecendo que aqui há tantos outros vieses da música”, critica o diretor técnico, que destaca a necessidade de fortalecer eventos como o Festival Internacional de Música do Pará, como meio de fomentar o intercâmbio entre músicos do Pará, Brasil e exterior.
De opinião semelhante compartilham os jovens músicos do Pedreira’s Quartet. Formado há pouco mais de dois anos, o grupo especialista em música de câmara – ou seja, para salas pequenas - surgiu como um experimento da Faculdade de Música da UEPA.
Akel e Kalie Fares, Rodrigo Santana e Artur Alves se empenham para levar a música ao maior número de pessoas possível, em apresentações gratuitas. O quarteto já se tocou em festivais internacionais e recebeu incentivos de profissionais de renome. Mas manter o projeto é enfrentar barreiras. Segundo Akel, o espaço da música erudita em Belém ainda é restrito e faltam incentivos financeiros para que essa cultura se fortaleça no Estado.
Para o Madrigal da UEPA, a batalha é a mesma. Formado há 10 anos com o objetivo de valorizar a música barroca e clássica, o coral reúne 22 vozes. Milton Monte, regente do grupo, afirma que faltam recursos para a expansão. “É preciso formar público, para fomentar a própria profissionalização dos grupos. Há dificuldade para levar o projeto para o interior. Falta a infra-estrutura mínima: água, lugar para ensaios, boa iluminação, lugar para guardar os instrumentos. Precisamos de mais bolsas de ensino, e projetos que abram portas para esses corais”, pontua. (Diário do Pará)

Novo recorde na balança comercial .

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[ 23/03/2011 ] [Diário do Pará - B / Economia - 05 ] 
 

Lobão deve visitar Serra Pelada no domingo .

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23/03/2011 ] [Amazônia - Gerais - 09 ]
 

Assembleia Geral Ordinária Convocação .

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[ 23/03/2011 ] [Amazônia - Gerais - 14 ] 
 


quinta-feira, 17 de março de 2011

Acontece hoje o concerto da Orquestra Jovem Vale Musica.

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[ 17/03/2011 ] [Amazônia - Show / Na Agenda - 24 ] 
 

Fotojornalismo em exposição .

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[ 17/03/2011 ] [Diário do Pará - A / Belém - 05 ] 
 

Porto do Espadarte em debate .

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[ 17/03/2011 ] [Diário do Pará - A / Pará - 12 ] 
 

Pé de Pincha solta 35 mil filhotes de quelônios na natureza.

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[ 17/03/2011 ] [Janela Amazônica - Notícias - On line ]
Os meses de fevereiro e março renderam bons frutos ao Projeto Pé de Pincha, que trabalha a preservação de quelônios da Amazônia (tartarugas, tracajás e pitiús), com mais de 35 mil filhotes soltos na natureza. O projeto é um esforço conjunto da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), do IBAMA Amazonas e de agentes ambientais das 106 comunidades envolvidas na iniciativa. A Mineração Rio do Norte é uma das empresas parceiras do Pé de Pincha dentro de sua Política de Responsabilidade Social.
A fase de soltura dos quelônios é uma das mais esperadas pelos participantes. Isso porque o momento representa o resultado de um trabalho que inclui a coleta de ovos e os cuidados com os ninhos até que os animais estejam prontos para serem soltos. Os comunitários se emocionam durante a soltura, como é o caso de Pedro de Souza, morador da comunidade do Desengano, em Terra Santa: "Comecei no projeto em 2004, com uma chocadeira. Não sei se esse é meu último ano no Pé de Pincha, mas espero que não. Quem trabalha pelo projeto sabe que ele é de grande importância para todos nós, quem não trabalha não consegue entender isso", avaliou.


Soltura dos quelônios é muito esperada pela comunidade (foto: Divulgação)
Do ponto de vista ambiental, a realização do Projeto durante mais de dez anos vem garantindo o aumento da população de quelônios nos rios da região. É o que afirma o professor Paulo Andrade, coordenador do Pé de Pincha pela UFAM: "O ganho ambiental que temos com o Pé de Pincha é termos um número maior de quelônios na natureza, tendo em vista as solturas que já realizamos ao longo dos últimos anos. Indiretamente, esse trabalho traz ainda a conscientização ambiental por parte dos moradores. No início, convencer os comunitários a participar foi difícil, mas hoje, eles já têm esse compromisso enraizado".
Ao todo, foram 10 mil filhotes de quelônios soltos em duas comunidades de Terra Santa e mais de 25 mil filhotes soltos em 13 comunidades de Oriximiná. Entre os próximos passos do Projeto está a utilização de rádios transmissores que possibilitarão o acompanhamento via satélite desses animais na natureza.


Fonte: Ascom MRN


quarta-feira, 16 de março de 2011

Mês de fevereiro registra 855 novos empregos

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[ 16/03/2011 ] [Amazônia - Gerais - 08 ] 
 

Estudo de federações mostra caminhos para um Norte Competitivo.

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[ 16/03/2011 ] [Amazônia - Gerais - 11 ] 
 

Jovem vale na art doce .

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[ 16/03/2011 ] [Amazônia - Show - 19 ] 

Cabeças para renovar a indústria e os serviços .

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[ 16/03/2011 ] [Diário do Pará - Especial - 14 ] 

Carreira ter á destaque com perpectivas do Pré-sal .

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[ 16/03/2011 ] [Diário do Pará - Especial - 38 ] 
 

Fotografia: múltiplas cidades no Museu da UFPA.

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[ 16/03/2011 ] [Diário On Line - Plantão ]
A fotografia com um sentido mais abrangente. Essa foi a proposta apresentada no lançamento da II Mostra Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. O evento aconteceu na noite de ontem, no museu da Universidade Federal do Pará, com a presença de empresários, estudantes e profissionais da área.
Em sua segunda edição, o prêmio trouxe como tema as “Crônicas Urbanas”, que trata da visão contemporânea do artista sobre a cidade. Alcançar uma diversidade de olhares foi a meta.
O curador da mostra, Mariano Klautau Filho, conta que a ideia foi que o artista pensasse a cidade como matéria criativa do seu trabalho. “Queremos que o profissional pense na cidade não como simples imagem, mas como material que pode lhe oferecer inúmeras possibilidades de criar e de produzir”.
Na mostra do 2o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia estão trabalhos de 21 artistas selecionados entre cerca de 250 inscritos provenientes de todo o país.
Os melhores trabalhos em três categorias receberam, ontem, o prêmio de R$ 10 mil cada. Na categoria ‘Crônicas Urbanas’, venceu o fotógrafo cearense Silas José de Paula. Na categoria ‘Diário Contemporâneo’, venceu o pernambucano Leonardo Sette. Já na categoria ‘Diário do Pará’, venceu a paraense Roberta Carvalho. Os prêmios foram entregues aos vencedores pela representante da empresa Vale - patrocinadora do projeto -, Daniele Redig, pelo diretor geral do grupo RBA, Camilo Centeno, e pelo diretor presidente do DIÁRIO, Jader Barbalho Filho.
As obras agradaram ao gerente de artes visuais Raimundo Calandrino. “Vim apenas para observar e gostei muito do trabalho. Essa coisa de misturar fotografia com vídeo, desenho e pintura, tudo em uma só obra, realmente é bem legal.”
Para os artistas premiados, a vitória é motivo de orgulho. Há mais de 40 anos trabalhando com fotografia, Silas de Paula elogia os colegas paraenses. “O trabalho feito no Pará precisa ser reconhecido. Estar aqui, para mim é uma grande alegria.”
E é exatamente a valorização dos profissionais paraenses que levou à criação do prêmio. “Aqui existem profissionais muito bons, o que falta é que eles sejam valorizados e é isso o que queremos através desse projeto. Vamos buscar novos talentos e mostrar nossa cultura e nossa gente através de ações como a do prêmio dessa noite”, afirmou Jader Filho.
Para Camilo Centeno, o prêmio eleva o Pará a um nível nacional. “Ano passado foi mais difícil, mas esse ano já temos a experiência e acreditamos que todo o projeto tem sido um grande sucesso. Inscrevemos profissionais de todo o país e isso nos leva a crer na credibilidade que temos perante essas pessoas.”
A II Mostra Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia também conta com artistas convidados, como o fotógrafo Luiz Braga. Além dele, a mostra inclui uma exposição especial de trabalhos dos fotógrafos do jornal DIÁRIO DO PARÁ. A mostra será aberta esta noite, às 19h, na Casa das Onze Janelas, na Cidade Velha.
Onde ver
Mostra 2º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia - No Museu da UFPA (Gov. José Malcher, esquina com Generalíssimo). Aberta ao público até 15 de maio, com entrada franca. De segunda a sexta, aberta das 9h às 17h. Nos finais de semana, das 10h às 15h. (Diário do Pará)

Falta engenheiro no Estado e no País .

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[ 16/03/2011 ] [O Liberal - Poder - 12 ] 

Concerto - da Orquestra Jovem Vale Música

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[ 16/03/2011 ] [O Liberal - Magazine / Guia Liberal - 05 ] 
 

Barcaças construídas pelo Rio Maguari chegaram a Buenos Aires .

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[ 15/03/2011 ] [O Liberal - Classificados / Alyrio Sabbá - 02 ] 
 

A Assemb e a Imerys Rio Capim caulim realizaram na última semana o I Encontro Prevencionista do Polo Industrial de Barcarena.

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14/03/2011 ] [O Cidadão - 1º Caderno / Observatório - 03 ]
 

RTZ quer explorar jazidas (Cita MRN)

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[ 13/03/2011 ] [O Liberal - Poder / Por Dentro - 10 ]

A Mineração Rio do Norte colocoará em operação mais duas minas de bauxita na região do rio Trombetas

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[ 13/03/2011 ] [Diário do Pará - Você / Vera Castro - 06 ]

sexta-feira, 4 de março de 2011

Gerdau segue CSN e Usiminas e faz aposta em minério.

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04/03/2011

Grupo informou ontem que estuda separar seus ativos de mineração e pode buscar parceiro para atuar no setor

Em um momento em que os preços do minério de ferro refletem o aperto entre a oferta e demanda, seguindo passos já anunciados por Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e Usiminas, agora é a vez da Gerdau elevar a participação da matéria-prima nos seus negócios.

Ontem, a empresa comunicou ao mercado que pretende comercializar seus ativos de minério e que seus recursos minerais medidos, indicados e inferidos somam, atualmente, 2,9 bilhões de toneladas de minério de ferro, ante 1,8 bilhão de toneladas divulgado anteriormente. O teor médio do minério de ferro da Gerdau é por volta de 41%, e os recursos estão localizados em Miguel Burnier (MG) e Várzea do Lopes (MG).

A Gerdau espera que sua siderúrgica de Ouro Branco (MG) possa ser totalmente abastecida com minério da própria companhia a partir de 2012, quando a produção da matéria-prima chegará a 7 milhões de toneladas. Para este ano, a produção esperada é de 5,6 milhões de toneladas.

O aumento da produção de minério vai possibilitar a elevação da capacidade instalada da unidade de Ouro Branco dos atuais 4,5 milhões de toneladas anuais para um total que poderá chegar, futuramente, ao volume de 11 milhões de toneladas a 13 milhões de toneladas anuais, segundo o diretor-presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter.

Na divulgação dos resultados de 2009, um ano atrás, a Gerdau já havia deixado claro que queria avançar em minério, mas foi agora que a companhia chamou, de fato, a atenção do mercado com um anúncio no setor.

Os prazos e formatos para a comercialização dos ativos de minério ainda não foram definidos, mas entre as possibilidades cogitadas está a de encontrar um parceiro e a de separar os ativos de mineração em uma empresa. Se a Gerdau optar por essas duas estratégias, o caminho vai se assemelhar ao da Usiminas, que vendeu 30% da Mineração Usiminas à Sumitomo Corporation.

Desequilíbrio. Na avaliação do mercado, o aperto entre oferta de minério e demanda pela commodity deve permanecer pelo menos até 2012 ou 2013, até que as novas capacidades previstas pelas mineradoras entrem em operação. A demanda por minério vem sendo puxada, principalmente pela China, que responde por quase metade da produção mundial de aço.

No mercado à vista (spot) chinês, os preços do minério refletem esse cenário. Os preços do insumo já superaram a cotação mais alta de 2010 e, diante dos aumentos neste início de ano, o mercado passou a considerar a possibilidade de a barreira de US$ 200 por tonelada ser rompida no mercado à vista da China.
O Estado de São Paulo

Consórcio asiático avalia a CBMM em US$ 13 bilhões.

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04/03/2011

Foi assinada ontem a venda de 15% da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), por US$ 1,95 bilhão, pela Brasil Warrant, empresa de participações da família Moreira Salles, a consórcio asiático. Responsável por 80% do suprimento do mundo de nióbio - metal usado principalmente na indústria siderúrgica para aumentar a resistência, tenacidade e leveza do aço-, a CBMM foi valorizada em US$ 13 bilhões no negócio.

"A empresa tem geração de lucro suficiente para financiar seus investimentos em produção e ainda gerar dividendos para os acionistas", disse em entrevista ao Valor o CEO da CBMM, Tadeu Carneiro, um dos maiores especialistas em nióbio do mundo, há 22 anos na empresa, mas há 35 anos ajudando a desenvolver o mercado desse metal.

Em 2010, o lucro líquido da CBMM chegou a R$ 1,9 bilhão, um recorde na história da companhia e um aumento de mais de 100% na comparação com 2009. A receita chegou a R$ 2,9 bilhões. Os investimentos programados até 2015 vão envolver cifras de apenas R$ 800 milhões, 42% dos lucros obtidos neste ano.

Para Carneiro, o que motivou a venda de pedaço da empresa a investidores estratégicos foi o papel que as companhias terão em ajudar a desenvolver a tecnologia de inserção do nióbio no aço, contribuindo dessa força para desenvolver o próprio mercado consumidor do metal. Um investidor financeiro, como um fundo de private equity ou do mercado de ações, não ajudaria ne sentido.

A China é a maior compradora de nióbio da CBMM, com 30% das exportações, seguida pela Europa, com 27%

Ao todo são seis as companhias investidoras na CBMM, quatro do Japão e duas da Coreia do Sul, cada uma ficando com 2,5% do capital. Do Japão, entraram as siderúrgicas Nippon Steel e JFE, a trading Sojitz e a Japan Oil, Gas and Metals National Corp. (Jogmec), agência de financiamento do governo japonês, que pela primeira vez fez um investimento direto em um projeto. Da Coreia, entraram o fundo de pensão estatal NPS e a siderúrgica Posco. As empresas vão receber em troca de suas participações a quantidade de nióbio equivalente.

O pagamento da aquisição não envolve troca de ações - será feito em dinheiro e à vista.

No ano passado, a CBMM produziu cerca de 62 milhões de toneladas em sua única mina, em Araxá, Minas Gerais, com capacidade de produção de 90 mil toneladas. A ideia é ampliar a capacidade para 150 mil toneladas até 2015 com os investimentos previstos de R$ 800 milhões.

Segundo Carneiro, o Japão é responsável por 12% do consumo de nióbio exportado pela empresa e produz 120 milhões de aço por ano, enquanto a Coreia do Sul compra 6% das exportações da CBMM. Mas, segundo ele, as empresas que acabaram de investir na CBMM são parceiras antigas no desenvolvimento de tecnologia para inserção do nióbio.

Hoje, a China é a maior compradora, responsável por 30% das vendas externas de nióbio da CBMM. Os chineses se tornaram o maior consumidor do metal em 2005, tendo passado os Estados Unidos. Os chineses são também os maiores produtores de aço do mundo, com produção de 650 milhões de toneladas por ano, cerca de 50% do total mundial. A América do Norte consome 15% do nióbio exportado pela CBMM, mas os Estados Unidos produzem bem menos aço, cerca de 100 milhões de toneladas por ano. "A China usa menos nióbio por tonelada de aço e por isso mesmo é o nosso mercado de maior potencial."

Segundo Carneiro, o Japão e a Coreia são os países que mais usam nióbio em carros. Um automóvel médio leva 800 quilos de aço, o que corresponde a 80% do seu peso total. Uma redução de 100 quilos - ou US$ 9 de nióbio acrescido no aço - traz economia de 0,5 litros de combustível por 100 quilômetros andados, redução na emissão de gás carbônico e melhoria na segurança do veículo, que se fica mais resistente a impactos.

"O nióbio é a forma mais barata e eficiente de tornar o aço mais resistente e leve", diz. Em média são usadas 200 a 300 gramas de nióbio por tonelada de aço. O nióbio tem sido empregado em quantidades cada vez maiores para produzir aço mais resistente para oleodutos, gasodutos, pontes, edifícios, cápsulas espaciais, mísseis, foguetes, reatores nucleares, torres eólicas. Também é usado em supercondutores (e não semicondutores de computadores) de ressonância magnética.

O produto é tido como fundamental para a indústria bélica e espacial dos Estados Unidos, que importa do Brasil até 87% do nióbio de que necessita. O Brasil tem 98% das reservas mundiais exploráveis de nióbio. Além da CBMM, atua no mercado brasileiro a Anglo American, com mina em Catalão (GO). A Anglo American só exporta o produto, mas é responsável por 10% do suprimento de nióbio do mundo. "Abastecemos todo o mercado interno brasileiro com 5% de nossa produção e o resto exportamos", diz Carneiro.

Outro produtor é a canadense Iamgold, com 10% do suprimento, e a russa Severstal, com menos de 1% da produção. Essas empresas são responsáveis pelo nióbico que vem do pirocloro. Há também o nióbio produzido a partir do tântalo, responsável por 3% do suprimento mundial.

Carneiro conta que nos anos 60 o mercado não existia, mas a CBMM investiu pesado e hoje exporta para mais de 60 países. Enquanto o mercado de aço cresceu 7% em média de 2002 a 2010, o de nióbio cresceu 17%, o que mostra sua inserção cada vez maior no mercado.
Valor Econômico

Minas e Energia dará prioridade ao marco regulatório do setor.

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04/03/2011

O novo presidente da Comissão de Minas e Energia, deputado Luiz Fernando Faria (PP-MG), disse na última quarta-feira (02/03), depois de ser eleito para o cargo, que uma das prioridades da comissão neste ano será a discussão de um novo marco regulatório para o setor de mineração.
A presidente Dilma Rousseff já anunciou que enviará a proposta neste ano para a Câmara. Segundo Faria, se for criada uma comissão especialComissão temporária criada para examinar e dar parecer sobre projetos que envolvam matéria de competência de mais de três comissões de mérito. Em vez de tramitar pelas comissões temáticas, o projeto é analisado apenas pela comissão especial. Se aprovado nessa comissão, segue para o Senado, para o Plenário ou para sanção presidencial, dependendo da tramitação do projeto. para discutir a proposta, ele fará apelo ao presidente da Casa para que sejam indicados membros da Comissão de Minas e Energia para o colegiado. "De uma forma ou de outra, a discussão desse marco tem que passar pela comissão", disse.
Outra questão que ganhará destaque na gestão de Luiz Fernando será a geração de energia. "Isso deve ser uma questão de Estado". Além disso, ele pretende dar continuidade às discussões sobre o pré-salO termo pré-sal refere-se a um conjunto de rochas no fundo do mar com potencial para a geração e acúmulo de petróleo localizadas abaixo de uma extensa camada de sal. Os reservatórios brasileiros nessa camada estão a aproximadamente 7 mil metros de profundidade, em uma faixa que se estende por cerca de 800 km entre o Espírito Santo e Santa Catarina..
Foram eleitos ainda o deputado Wladimir Costa (PMDB-PA) para 1º vice-presidente; o deputado Davi Alcolumbre (DEM-AP) para 2º vice; e Simão Sessim (PP-RJ) para 3º vice.
Perfil
Luiz Fernando Faria está no segundo mandato consecutivo de deputado federal. Na última legislatura, participou da comissão especial responsável por analisar as propostas de regulamentação do pré-sal e da Comissão Parlamentar de Inquérito das Tarifas de Energia Elétrica. Já presidiu a Comissão de Minas e Energia em 2008.
Antes de chegar à Câmara, foi deputado estadual – entre 1997 e 2003.
Agência Câmara

Indústria extrativa é destaque do PIB em 2010, com alta de 15,7%.

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04/03/2011

Alta do preço do minério de ferro puxou crescimento do setor industrial.
Produção de ferro cresceu 19%; exportações somaram US$ 28,912 bi.
A indústria extrativa mineral foi a atividade produtiva que registrou o maior crescimento em 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (3). Favorecida pela disparada dos preços das commodities, a indústria extrativa, que inclui petróleo, gás e minérios, subiu 15,7% no ano passado - ritmo bem mais acelerado que o da alta de 7,5% do PIB (Produto Interno Bruto).
(Para ilustrar o avanço do setor de mineração, o G1 visitou a cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo, MG, onde está localizada a mina de Brucutu, a segunda maior do país, responsável por 10% da extração de minério de ferro da Vale no Brasil no ano passado - leia reportagem).
O desempenho da atividade extrativa impulsionou a recuperação da atividade industrial, um dos setores mais abatidos pela crise e que terminou 2010 com alta de 10,1% - superando  - crescimento superior ao da agropecuária (6,5%) e serviços (5,4%) (veja tabela abaixo).
 

Dentro do setor de extração, foi a produção de minério de ferro o grande destaque do ano passado, quando atingiu 370 milhões de toneladas e crescimento de 19% sobre 2009, segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). A produção brasileira em 2010 representou 16% do total mundial (2,3 bilhões de toneladas).
"Com a retomada do crescimento das economias mundiais, aumentou a demanda por minério de ferro, que é um insumo básico da atividade produtiva. E a venda de minério de ferro aumentou mesmo com o preço do insumo dobrando em 2010", disse Roberto Luís Olinto Ramos, coordenador de Contas Nacionais do IBGE.
De acordo com o Ibram, o minério de ferro é responsável por 82% do total das exportações de minerais e o carro-chefe do saldo da balança comercial brasileira em 2010. Em termos de valor movimentado, a produção mineral do país (exceto petróleo e gás) cresceu 566% de 2001 a 2010, saindo de US$ 6 bilhões para US$ 40 bilhões, segundo dados do instituto.
“Se não fosse o ferro, o país teria tomado ferro”, brinca o presidente do instituto, Paulo Camillo Vargas Penna, que prevê taxas de crescimento da produção entre 10% e 13% nos próximos três anos.
 
 

As vendas de ferro para o exterior somaram US$ 28,912 bilhões em 2010, cerca de 14% de todas as exportações. Da produção total de 370 milhões de t, 311 milhões de t seguiram para outros países, um crescimento de 17% em relação a 2009, quando foram exportadas 266 milhões de t. Já em termos de volume financeiro, o crescimento foi de 119%. Em 2009, as vendas externas somaram US$ 13,247 bilhões.
Os produtos minerais representaram 17,5% de tudo que o Brasil exportou no ano passado. O saldo das exportações de minérios, descontadas as importações, foi de US$ 27,6 bilhões em 2010, um valor 38% maior do que o saldo total da balança, que ficou em US$ 20 bilhões.
Segundo Penna, o crescimento em 2010 ficou acima das expectativas. “Foi uma surpresa. A rapidez da recuperação do setor nos surpreendeu", diz. Em 2009, em função da crise financeira internacional, a produção de minério de ferro recuou para 310 milhões de t. Em 2008, a produção foi de 351 milhões de t e, em 2007, de 355 milhões de t.
O "boom de ferro" levou a Vale, maior empresa de minério de ferro do mundo, a obter em 2010 lucro recorde de R$ 30,1 bilhões e a alcançar em 2010 o posto de principal exportadora brasileira, desbancando a Petrobras, líder desse ranking desde 2002. A Vale sozinha produziu 307,8 milhões de toneladas de ferro, volume recorde e 29,4% superior à produção de 2009. Para 2011, a expectativa é de uma produção de 311 milhões de t.
O Brasil é hoje o segundo maior produtor de ferro do mundo, atrás apenas da China, que extraiu no ano passado cerca de 500 milhões de toneladas. Em 2009, segundo a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), o Brasil ficou atrás apenas da Austrália,que produziu 394 milhões de toneladas. A Índia totalizou 257 milhões de toneladas e a China ficou em quarto lugar, com 234 milhões de toneladas.
China é o destino de 48% do exportado
 
A China é o principal destino das exportações brasileiras de minério de ferro. Em 2010, 48% das vendas externas da commodity foram destinadas ao gigante asiático. É justamente o acelerado processo de urbanização da China e sua voracidade por matérias-primas que tem feito turbinar os preços. Da construção civil à indústria de bens duráveis, tudo consome muito aço - e cada tonelada de aço leva 1,5 tonelada de minério de ferro.
O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração minimiza, porém, a dependência brasileira das compras chinesas. “A participação da China no total de exportações já foi maior. Em 2009, chegou a 55%”, diz Penna. “Com a recuperação dos países europeus, do Japão e da Coreia, a participação chinesa deve cair”.
Em sua corrida por recursos naturais, as empresas chinesas passaram a fazer investimentos além-mar, inclusive no Brasil. Em 2010, a Honbridge adquiriu um projeto de mineração em Minas Gerais por US$ 400 milhões e a Wuhan Iron and Steel Corporation (Wisco) fechou uma parceria com a MMX, de Eike Batista, adquirindo 17% do controle acionário da companhia com um aporte de US$ 400 milhões. Hoje, 60% das exportações da MMX têm a China como destino.
“A China é o maior consumidor de minério de ferro. Por causa disso, temos que também ter uma voz na decisão sobre preços, que subiram muito”, diz cônsul-geral da China em São Paulo, Sun Rongmao.
Em 2010, o preço médio da tonelada de minério de ferro vendida para a China ficou em US$ 140, uma alta de 75% em relação a 2009, quando o preço médio foi de US$ 80 em 2009. No ano 2000, o preço médio estava em US$ 28.
 
 

 
 
Penna avalia que os avanços chineses no Brasil ainda são pouco significativos em termos de participação na produção de minérios. Segundo ele, mais de 60% dos investimentos no setor são de empresas com origem no Brasil. Mas, afirma,  “não podemos abrir mão do capital estrangeiro, principalmente em áreas como investigação geológica. Temos pouco mais de 20% do território levantado em pesquisas”.
O Ibram prevê um novo ciclo recorde de investimentos para mineração no Brasil: US$ 64,8 bilhões até 2015. Só os projetos de minério de ferro devem abocanhar um total de US$ 42,3 bilhões. “É o setor privado que mais investe no Brasil”, diz Penna. O Pará segue como o principal destino dos investimentos, seguido pelo estado de Minas Gerais.
As reservas confirmadas de minério de ferro no Brasil alcançam 29 bilhões de toneladas, situando o país em quarto lugar em relação às reservas mundiais, estimadas em 160 bilhões de
toneladas.
Novo marco regulatório da mineração
O Plano Nacional de Mineração (PNM) 2030, lançado em fevereiro, antevê investimentos de cerca de US$ 270 bilhões nos próximos 20 anos, e alerta sobre a necessidade de agregar valor aos produtos antes de exportá-los diante da atual predominância da exportação de matérias-primas em detrimento de bens de média e alta tecnologia.
O governo Dilma estuda uma reforma do marco regulatório da mineração. O projeto de lei ainda não está fechado, mas pode incluir mudança na forma de cobrança dos royalties. Hoje, a alíquota de compensação gira em torno de 2% do faturamento líquido da produção mineral. A contribuição é recolhida a título da Compensação Financeira pela Exploração dos Recursos Minerais (CFEM), que é distribuída entre cidades, estados e União.
"Só lembram da mineração no período de exuberância de preço e produção”, diz Penna. Para o Ibram, as propostas de alterações dos royalties da mineração não podem usar como parâmetros as regras do petróleo. “A mineração é uma atividade de alto risco e longo prazo. Carajás teve que construir ferrovia e levou 20 anos entre a pesquisa e o início da produção. No petróleo, constrói-se uma plataforma e quando a operação acaba, é só muda de lugar”, diz.
Um dos objetivos da reforma no marco regulatório seria estimular investimentos na industrialização do setor, hoje centrado no minério bruto. Em 2010, a produção brasileira de aço bruto alcançou 32,8 milhões de toneladas em 2010. Ou seja, consumiu um volume de minério de ferro inferior a 15% do total extraído no Brasil. Já o total de produtos siderúrgicos importados somou 5,9 milhões de toneladas, segundo o Instituto Aço Brasil, representando cerca de 20% do aço consumido no mercado interno.
A Vale tem procurado parceiros para seus 4 projetos siderúrgicos, que totalizam cerca de US$ 21 bilhões. As novas usinas estão sendo construídas no Ceará, Pará, Espírito Santo e Rio de Janeiro e a previsão é que até 2015 tenham uma capacidade de produção de 20 milhões de toneladas de aço.
"Nossa participação é no sentido de viabilizar. A gente sempre tem a expectativa de atrair um parceiro siderúrgico que se responsabilize pela operação”, diz o diretor de Vendas e Estratégia da Vale, José Carlos Martins. “Acreditamos que esses projetos possam estar entrando em operação num momento bastante positivo da economia. O Brasil dando certo vai precisar de muito aço. Não há uma sociedade desenvolvida que não tenha um grande consumo de aço”.
O presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello, ressalta que a produção nacional tem historicamente ficado abaixo da capacidade instalada de 44 milhões de t/ano.
“O grande desafio não é instalar mais usinas para agregar valor, e sim saber como fazer o mercado interno crescer. O consumo per capita de produtos siderúrgicos no Brasil está inalterado há 26 anos”, diz Lopes. Ele lembra que, na China, o consumo per capita subiu de 34 kg por habitante, em 1980, para 405 kg por habitante, em 2009, ao passo que no Brasil a média tem permanecido no patamar de 100 kg por habitante.
“Não pode se ter a pretensão de colocar capacidade instalada se não há demanda. A pergunta a ser feita é: vai vender pra quem?”, completa Lopes.
G1


Minério puxa retomada.

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04/03/2011

A recuperação da indústria extrativa depois do tombo sofrido com os efeitos da crise financeira mundial, em 2008 e 2009, já teria sido insuficiente para o setor servir como alavanca da expansão da economia brasileira em 2010, mas a farta correção dos preços das chamadas commodities minerais no mercado internacional também ajudou. Juntos, esses dois fatores, impulsionados pelo desempenho excepcional do minério de ferro, explicam o crescimento de 15,7% da exploração mineral no país, incluídos petróleo e gás, no ano passado, portanto mais que o dobro do avanço de 7,5% do PIB.

A temida China teve tudo a ver com a boa performance da mineração no Brasil, que alimenta a construção de prédios, pontes e metrôs no amplo programa de urbanização do gigante asiático. Os chineses ampliaram suas compras de produtos minerais extraídos no Brasil, sobretudo o ferro, em 62% no ano passado. Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), além dos volumes maiores produzidos em 2010, os preços das chamadas commodities minerais subiram 30%, em média.

Só a exportação de minerais (excluídos petróleo e gás), somou US$ 31 bilhões em 2010, ainda de acordo com o Ibram, ante US$ 15 bilhões no ano anterior. Segundo o economista André Reis, coordenador do Ibram Amazônia, sediado em Belém do Pará, o minério de ferro participou com US$ 28,9 bilhões na receita de vendas externas do setor. “Esse bom resultado tende a se repetir, com a perspectiva de aumento de preços neste ano de diversos minerais, entre eles o minério de ferro, ouro, cobre e níquel”, disse.

MINAS O desempenho invejável da indústria extrativa se ampara numa espécie de âncora em Minas Gerais, estado que detém 35% da produção mineral brasileira. Na exploração da vedete do PIB, o minério de ferro, as reservas de Minas respondem por 75% do total produzido. Terras mineiras também garantem ao redor de 80% do ouro industrial extraído no país, 100% do zinco e 95% do nióbio, o metal nobre usado na indústria aeroespacial e de medicina de alta tecnologia.

Os números do IBGE também não surpreenderam José Fernando Coura, presidente do Sindicato da Indústria Extrativa do estado (Sindiextra). “Novos projetos estão sendo implantados e a demanda mundial continua aquecida”, afirma. O Ibram estima em US$ 62 bilhões o volume de investimentos da indústria da mineração no Brasil até 2015.
O Estado de Minas

Com otimismo nos EUA, Bolsa sobe 1,3%

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[ 04/03/2011 ] [Diário do Pará - B / Economia - 06 ] 
 

Plano Nacional de Mineração determina metas para os próximos 20 anos.

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[ 04/03/2011 ] [Nova Amazônia - Único - 04 ] 
 

Aquisição de mineradoras é recorde.

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[ 04/03/2011 ] [Valor Econômico - On Line / Impresso - Empresas ]
Com o sugestivo título "Você não pode ter sempre o que deseja", um clássico dos Rolling Stones dos anos 60, a consultoria britânica Price waterhouseCoopers divulgou ontem relatório sobre operações de fusões e aquisições na indústria de mineração em 2010 e durante a primeira década do século XXI. Somente no ano passado, a PwC levantou 2.693 negócios globais no valor de US$ 113 bilhões, que no acumulado de dez anos totalizou 11 mil transações com valor fechado de US$ 785 bilhões, um recorde, indicando que esta foi "a década do setor de mineração".
 
 
A consultoria prevê que o ritmo da atividade de fusões e aquisições e os valores das transações vão subir em 2011, mas não necessariamente a performance histórica do período 2001/2010 deverá se repetir. Tim Goldsmith, líder global de mineração da PwC, destaca que "em 2011, nós acreditamos que vai ser mais importante que nunca as mineradoras trabalharem proativamente com seus controladores para evitar quebra de acordos (como aconteceu com a BHP Billiton). Além disso, a continuação de uma onda de fusões e aquisições não é uma coisa certa na indústria de mineração. Enquanto a maioria de nós vê a história de crescimento dos mercados emergentes como uma verdade inevitável, outros questionam a sustentabilidade desse crescimento meteórico. Distúrbios políticos, instabilidade macro são ambos claros e atuais perigos para fusões e aquisições em mineração atualmente".
 
 
Para a PwC, um dos maiores desafios que as mineradoras vão encarar em 2011 é o de superar as barreiras do crescimento das críticas de governos, acionistas e Organizações Não Governamentais (Ongs), que em alguns casos chegam até mesmo a barrar as transações. Em 2010, por exemplo, o governo do Canadá barrou a compra da Potash pela BHP Billiton, que fez uma oferta de US$ 40 bilhões pela empresa de fertilizantes. A expectativa da Price para os próximos doze meses é de mais ofertas hostis nas empresas juniores envolvidas em projetos de terras raras, urânio e de indústrias extrativas, como o shale (gás de xisto), já que segurança energética passou a ser largamente uma preocupação global. A antecipação de pressão de alta no valor das transações pode levar as companhias mais seniores do setor a investirem mais no crescimento orgânico, projeta.
 
 
Apesar do bom resultado de fusões e aquisições em 2010, a China encolheu a participação nesse negócio e respondeu por apenas 6% dessas operações. Os chineses foram um pequeno "player" nesse mercado se comparada com os canadenses, que responderam por 36%, Estados Unidos (16%) e australianos (16%). Ainda no ano passado, a PwC ressaltou que foi sentida a ausência de negócios grandes (acima de US$ 10 bilhões) na indústria de mineração. Apenas a megaoferta da BHP Billiton pela Potash foi considerado um grande negócio que não aconteceu.
 
 
A maior transação fechada de 2010 foi a compra da Newcrest Mining's pela Lihir Gold por US$ 8,7 bilhões. Aliás, os negócios com empresas de ouro foram os alvos mais procurados no ano passado, representando 44% e 31% das operações de M&A em volume e valor. Em segundo lugar, as negociações com ativos de carvão, equivalentes a 5% em volume e 19% em valor, equivalente a US$ 14 bilhões. A maior transação neste segmento foi a compra do controle da Riverdale's pela Rio Tinto, por US$ 3, 8 bilhões.
 
 
A área de fertilizantes também surgiu como novidade. Em volume de transações, ela representou apenas 1%, mas chegou a 15% em dólares. A Vale é citada no relatório da PwC como uma das grandes consolidadoras do setor no ano passado. A "gigante sul americana" adquiriu por US$ 4,7 bilhões ativos de fertilizantes da Bunge. No minério de ferro, a maior operação também foi da Vale, que pagou US$ 2,5 bilhões pela BSG Resources, um conjunto de depósitos de minério de ferro na Guiné.
 
 
Na lista das maiores transações da década (acima de US$ 10 bilhões) a PwC nomeia a compra da Inco pela Vale (US$ 20 bilhões) e da TeckCominco pela Fording (US$ 12 bilhões).

Consórcio asiático quer comprar 15% de metalúrgica brasileira.

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[ 04/03/2011 ] [Folha de S.Paulo - On Line ]
Um consórcio formado por dois grupos da Coreia do Sul e quatro do Japão planeja adquirir 15% da CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) por US$ 1,94 bilhão, informaram fontes do setor nesta quinta-feira.
Pelo lado sul-coreano, integram o consórcio o NPS (Serviço Nacional de Previdência), o quarto fundo de previdência do mundo, e a siderúrgica Posco, que ficariam com 5% da CBMM sob o desembolso de US$ 350 milhões cada uma, segundo fontes industriais citadas pela agência sul-coreana Yonhap.
Já pelo lado do Japão as siderúrgicas Nippon Steel e JFE Steel Corporation, a casa comercial Sojitz e a empresa pública Japan Oil, Gás & Metals National, investiriam no total cerca de US$ 1,24 bilhão para ficar com 10% da companhia brasileira, indicou por sua vez a agência japonesa "Kyodo".
A CBMM é, com uma fração de mercado de 87%, a maior produtora mundial de nióbio, um metal raro necessário para produção de aço de alta qualidade, mais resistente e leve, utilizado na indústria aeroespacial e na de motor.
Sua principal jazida se encontra na cidade de Araxá, em Minas Gerais.
Para as siderúrgicas japonesas a aquisição contribuiria para assegurar a provisão de nióbio para sua produção, enquanto o fundo de previdência sul-coreano espera gerar lucro e abrir seus negócios a outras áreas.