sexta-feira, 29 de abril de 2011

Vale aprova a expansão da Samarco

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29/4/2011

Vale aprova a expansão da Samarco

A Vale informa que o Conselho de Administração aprovou o projeto da quarta planta pelotizadora da Samarco.

O projeto inclui a construção da quarta planta pelotizadora com capacidade de 8,3 Mtpa, o que aumenta a capacidade de produção de pelotas de minério de ferro da Samarco a 30,5 Mtpa, e a expansão do terminal marítimo Ponta Ubu, no estado do Espírito Santo, da capacidade de processamento na mina do Germano, no estado de Minas Gerais, e a construção da terceira linha do mineroduto de 396 quilômetros de extensão que liga a mina à planta pelotizadora. O start up está programado para o primeiro semestre de 2014 e o investimento total é estimado em US$ 3,0 bilhões¹, o qual não faz parte do programa de investimentos próprios da Vale.

A terceira linha do mineroduto adicionará 20 Mtpa à capacidade atual, o que não apenas irá atender às necessidades de transporte do projeto, mas também permitirá futuras expansões. Todas as licenças de instalação requeridas para a implementação do projeto já foram concedidas pelas autoridades competentes.

¹ A estimativa de capex foi baseada nas premissas da Vale, incluindo a evolução da taxa de câmbio BRL/USD. A Vale controla 50% da Samarco enquanto a BHP Billtion controla os 50% restantes

MMX vê minério de ferro subindo 30% no 3o trimestre

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29/04/2011

A mineradora brasileira MMX avalia que os preços do minério de ferro para o terceiro trimestre deste ano sofrerão um reajuste de aproximadamente 30 por cento, com a forte demanda sendo mantida, disse o presidente-executivo da companhia.

"Essa é a expectativa, mas tem que esperar concluir o segundo trimestre para aplicar a fórmula", afirmou Roger Downey nesta quinta-feira.

Após anos utilizando um sistema de reajuste anual, as principais mineradoras adotaram o esquema de preços trimestrais. Downey afirmou também que os valores do minério de ferro deverão atingir 200 dólares por tonelada até o final de 2011.

"A gente vê um mercado muito forte e se aquecendo mais ainda. Teve uma entressafra por causa do feriado chinês, mas teve uma sustentação de níveis de preços muito firmes", disse ele a jornalistas em evento do setor no Rio de Janeiro.

No mercado à vista, o minério é negociado atualmente a cerca de 180 dólares por tonelada. Para o próximo ano, o executivo também acredita na manutenção da força do mercado.

"Espero que isso continue até 2012/13. Pode haver algum ajuste, mas de uma forma geral, quando se olha a oferta e a demanda, só deve ter alguma mudança em 2015, quando vai ter entrada de oferta, inclusive do nosso projeto."

Entretanto, ele não acredita em grande pressão por uma eventual oferta mais folgada.

"Maior oferta não vai criar situação de excesso. Ainda vai estar bem apertado e os níveis dos preços estarão nos mesmos níveis de hoje."

Ele informou que a MMX este ano vai exportar 2,5 milhões de toneladas de minério de ferro, praticamente mesmo patamar do ano passado, mas que em 2012 poderá haver aumento de vendas externas.

"Ano que vem já começa a aumentar a capacidade de exportação. Entra o Porto Sudeste e vamos conseguir exportar mais, mas o grande salto vai ocorrer em 2013", disse Downey.
R7

Exploração de carvão: Meios logísticos a caminho da Beira

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29/04/2011

OS meios logísticos para a exportação do carvão mineral da operadora brasileira Vale Moçambique começaram a chegar ao porto da Beira, onde já se encontram dezenas de vagões, devendo atracar em meados de Maio próximo dois navios de 45 mil toneladas cada, soube o “Notícias”.
 
Os navios em referência apenas transportarão carvão para o alto-mar, onde o vão baldear em embarcações com maior capacidade, do tipo “Panamax” e “Capesize”, que transportam acima de 80 mil toneladas, que levarão a mercadoria para os mercados brasileiro, indiano, japonês, entre outros.

Além disso, espera-se nos próximos dias pela chegada à capital provincial de Sofala de um segundo lote de locomotivas.

Estas informações foram reveladas ao nosso jornal pelo porta-voz do Governo provincial de Sofala, José Ferreira, que fez questão de dizer que o seu executivo se reuniu esta semana a-propósito do assunto.

Ferreira recordou que a reserva do carvão mineral de Moatize é de 870 milhões de toneladas, mas a Linha de Sena tem apenas capacidade para transportar seis milhões de toneladas de carga diversa por ano, daí que as empresas exploradoras deste minério foram chamadas a recorrer a outras alternativas para a exportação integral de carvão, como, por exemplo, o porto de Nacala, em Nampula.

O porta-voz do executivo de Sofala lembrou igualmente que o porto da Beira enfrenta ainda problemas de limitações do canal de acesso, por isso navios de menor dimensão vão ter que baldear o produto no alto-mar para embarcações de maior dimensão.

Contudo, a fonte assegurou que o sistema ferro-portuário da Beira está em condições de exportar este ano, a partir do cais-8, um total de 1,2 milhão de toneladas do carvão mineral de Tete, previsto pela operadora mineira brasileira.

Entretanto, em contacto com os membros do Executivo de Sofala, o representante da Vale Moçambique, Alfredo Santana, referiu que o empreendimento já emprega 7500 trabalhadores, dos quais 90 porcento são nacionais.

Acrescentou que desde o início da construção do complexo industrial em Moatize, em 2008, até Janeiro passado, foi investido 1,1 bilião de dólares de 1,7 orçado para 35 anos da concessão do contrato.

A Vale Moçambique é uma empresa de mineração mundial que neste momento lidera a exploração de ferro e níquel, operando em 38 países, e que emprega mais de 115 mil pessoas, entre colaboradores e terceiros.

Enquanto isso, as obras de construção do terminal de carvão do porto da Beira já se encontram em fase conclusiva. Trata-se de uma infra-estrutura que vai exportar neste primeiro ano da exploração de carvão mineral no país uma média de 1,2 milhão de toneladas, esperando-se que alcance  11,1 milhões de toneladas em 2014.
InfoMine

Anglo American quer se tornar uma grande produtora de níquel


29/04/2011

A sul-africana Anglo American pretende mais que quadruplicar sua produção de níquel ao longo dessa década, tornando-se uma das maiores mineradoras do metal e chegando a 180 mil toneladas em 2020, disse à "Bloomberg" seu presidente da divisão de níquel. Para Walter de Simoni, o mercado de níquel "está muito bem" e se recuperou da crise de 2008 "mais rápido do que todos poderiam esperar".

No início deste ano, a Anglo começou a produzir na mina de níquel Barro Alto, em Goiás, e pode extrair mais de 150 mil toneladas de níquel por ano do país, caso autorize os projetos Jacaré e Morro Sem Boné. Em 2010, a Anglo produziu 38,7 mil toneladas de níquel.
Geologo.com.br


Belo Monte amplia autossuficiência energética da Vale para 63%


29/04/2011

SÃO PAULO – A Vale informou hoje que a entrada na hidrelétrica de Belo Monte amplia a autossuficiência no consumo de energia da mineradora dos atuais 45% para 63%.

A decisão de ingressar como autoprodutora no grupo que erguerá a usina no rio Xingu, no Pará, foi anunciada nesta quinta-feira, mas a finalização negócio ainda está sujeita ao cumprimento de algumas condições, como a definição do preço da energia a ser consumida pela empresa e a aceitação da entrada da Vale pelos demais sócios de Belo Monte.

O conselho de administração da Vale deu o aval para a compra da parcela de 9% da Gaia Energia, do grupo Bertin, na Norte Energia, empresa responsável pela construção de Belo Monte. Segundo informou hoje a diretoria da mineradora, a fatia garante um suprimento adicional de 400 megawatts.

O compromisso da Vale nos investimentos em Belo Monte passa a ser de R$ 2,3 bilhões – com base em uma estimativa que avalia o valor do projeto em R$ 25,8 bilhões. A maior parte do montante, no entanto, deve ser financiada.

Durante o anúncio da decisão a jornalistas, diretores da companhia procuraram reforçar o caráter estratégico do investimento, desvinculando a iniciativa de pressões do governo por uma participação da Vale no projeto.

“A Vale tem estratégia de longo prazo em produzir energia”, comentou José Carlos Martins, diretor de marketing, vendas e estratégia, lembrando que o grupo minerador já olha ao projeto de Belo Monte há cerca de um ano e meio, chegando a participar do bloco que perdeu a licitação para o consórcio Norte Energia.

O comunicado sobre Belo Monte divulgado após o fechamento do mercado já trazia uma posição nesse sentido por Roger Agnelli, que está em vias de deixar a presidência da Vale após ingerência do governo federal por uma mudança no comando executivo da empresa.

“A aquisição de participação no projeto Belo Monte é consistente com nossa estratégia de crescimento, contribuindo para a segurança energética da Vale e a criação de valor para seus acionistas como autoprodutora”, disse Agnelli.

A busca por redução de custos operacionais e menor exposição às oscilações de preços e oferta de energia foi apontada como justificativa ao investimento.

Martins ainda comentou que a decisão segue a estratégia da companhia de “limpar” suas fontes de energia, já que a geração hidrelétrica é tida como de menor impacto ambiental.
Valor Econômico

Vale vai construir Terminal Ferroviário integrado ao porto do Itaqui


29/04/2011

O diretor de Logística de Carga Geral da Vale e presidente da Ferrovia Centro-Atlântica, Marcello Magistrini Spinelli, abriu a segunda etapa de palestras do I Seminário Portos no Brasil e no Maranhão, promovido pela Assembleia Legislativa e realizado durante a última quinta-feira (28) no Auditório Fernando Falcão da Assembleia Legislativa.

Sob o tema: “Investimentos da Vale no Corredor de Expansão Norte”, o palestrante destacou os principais projetos de logística da Vale no Maranhão, responsabilidade socioambiental, geração de emprego, recolhimento de tributos entre outros pontos.

Segundo Marcelo Spinelli, a Vale investiu em logística no país cerca de R$ 9 bilhões nos últimos seis anos, R$ 5 bilhões somente em 2011.

Ele destacou os investimentos da Suzano Celulose no Estado, onde será construída uma nova ferrovia em Imperatriz para fazer a ligação da Suzano com sistema portuário.

Um dos principais e mais importantes projetos levantado pelo diretor da Vale foi a construção de um Terminal Ferroviário integrado ao Porto do Itaqui, o que tornaria o escoamento da produção mais ágil e elevaria a capacidade de carga do porto, como já existem nos portos mais avançados do mundo.

A Vale também tem feito investimentos na construção naval e segundo Spinell, a mineradora já construiu dois navios para transporte de bauxita e outros estão em construção.

De acordo com o executivo, os principais projetos da Vale no Maranhão são: a ampliação da Ferrovia Norte Sul, Projeto Suzano Celulose e o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram).

Spinelli ressaltou a importância do ramal Tegram para o escoamento da produção de grãos do Maranhão, que vem sendo adiado há cinco anos, mas com previsão de que o projeto seja concluído em 2013.
Portos e Navios

A Vale vai participar do projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte.

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[ 29/04/2011 ] [Amazônia - Gerais - 17 ] 

A indústria extrativa mineral criou 1.016 postos de trabalho.

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[ 29/04/2011 ] [Amazônia - Gerais - 09 ] 

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Segundo o presidente do Ibram, Paulo Camilo Penna, empresas do setor mineral tem investido em tecnologia e segurança dos funcionários.

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[ 28/04/2011 ] [Amazônia - Gerais - 13 ]

Estado coíbe exploração ilegal de cassiterita

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[ 28/04/2011 ] [O Liberal - Poder - 05 ] 

Hyundai Steel aumentará preços de produtos de aço em maio

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[ 28/04/2011 ] [Estadão.com.br - Economia - On line ] 


Danielle Chaves, da Agência Estado
SEUL - A Hyundai Steel, segunda maior siderúrgica da Coreia do Sul em vendas, vai aumentar os preços de seus produtos de aço em 160 mil wons (US$ 147) por tonelada a partir de maio. O objetivo é repassar para os clientes o crescimento dos custos das matérias-primas, segundo uma fonte próxima ao assunto.
A companhia vai elevar os preços domésticos das bobinas laminadas a quente em 18%, para 1,06 milhão de wons (US$ 976) por tonelada a partir de 1º de maio, enquanto os preços das bobinas laminadas a frio subirão 17%, para 1,11 milhão de wons por tonelada.
O aumento dos preços ocorre depois que a sul-coreana Posco elevou os preços de seus produtos de aço em 160 mil wons por tonelada a partir de 22 de abril. As duas companhias não elevavam os preços desde julho do ano passado. As informações são da Dow Jones.

Alerta ao Setor Mineral Brasileiro



27/04/2011

Por solicitação do Diretor-Geral do DNPM, Sérgio Augusto Dâmaso de Sousa, alertamos que uma pessoa, fazendo-se passar pelo mesmo, tem telefonado para empresas do setor mineral - notadamente as de mineração - solicitando colaboração para aquisição de rifa e/ou em prol de instituições para o tratamento de câncer, com depósito em conta corrente junto a Caixa Econômica Federal. Informamos que esta ação não tem qualquer cunho de verdade e que o DNPM está tomando as devidas providências.

Preços ameaçam competitividade

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28/04/2011

O preço da energia elétrica começa a fazer com que empresas avaliem investimentos produtivos em outros países. Fabricantes de alumínio estudam oportunidades no Paraguai e Trinidad e Tobago e produtoras de soda-cloro enxergam custos mais baixos na América do Norte. Também aumentam as importações de vidro, aço, PVC em um momento de câmbio valorizado e crescente presença chinesa. Um cenário que ameaça a indústria nacional. "Em um primeiro momento, há dificuldade para vender uma folha de alumínio a uma montadora. Em um segundo momento, importa-se toda a junta para a montadora no Brasil. Em um terceiro, traz-se o carro pronto. O efeito vai se prolongando ao longo do tempo", afirma Paulo Pedrosa, presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace).

Estudo da FGV mostra o impacto do custo da energia elétrica na competitividade das empresas. Entre 2009 e 2020, o relatório aponta que o Brasil deve ter um crescimento vigoroso, de 4,99% ao ano, por conta da ascensão social, realização da Copa de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016 e a exploração do pré-sal. Mas o país poderia crescer mais e seus produtos serem mais competitivos com um preço de energia mais barato. Se houvesse redução de encargos e tributos e preços de energia elétrica e gás natural, em vez de crescimento de 4,99% ao ano até 2020, o PIB do Brasil poderia se expandir a 6,18% anuais - 1,2 ponto percentual a mais que o cenário de preços mais elevados. Haveria um acréscimo de R$ 695 bilhões ao PIB em 2020.
 
Segundo a FGV, caso nada seja feito, entre 2009 e 2020, a tarifa média paga pela indústria deve aumentar 22,7%, sendo que o preço pago pelos setores mais eletrointensivos deve subir 31,2%. Um dos grandes vilões do segmento é a carga tributária que incide sobre a energia. "Metade da conta de luz é de encargos, tributos e subsídios", afirma Pedrosa, da Abrace. Hoje, cerca de dez encargos incidem sobre o preço da energia. Em alguns setores eletrointensivos, o preço da energia para a indústria foi elevado do patamar de R$ 82 por MWh, em 2001, para o custo atual estimado acima de R$ 220.

Em 30 de dezembro, a Reserva Global de Reversão (RGR), encargo que deveria ter sido extinto no fim de 2010, foi prorrogado até 2035. Criado em 1957, para cobrir custos de eventuais reversões de concessões do setor elétrico, o encargo corresponde a 1,27% da tarifa de energia. Criado em 1973, a Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC) foi instituída para o financiamento de custos com a geração de energia à base de combustíveis fósseis, principalmente nos sistemas isolados situados basicamente na região Norte.

Nos últimos anos, linhas de transmissão estão sendo construídas permitindo a interligação entre a região e o resto do país, mas o encargo não está com seus dias contados: só irá expirar em 2022. Estima-se que este ano sua arrecadação atinja até R$ 5 bilhões. No início do ano, foi aprovada uma nova fórmula de cálculo da CCC. Pelas novas regras, as distribuidoras de energia dos chamados sistemas isolados poderão ser ressarcidas não só pelos gastos com a compra de combustíveis - usados para gerar eletricidade -, mas também de outras despesas, como investimentos e impostos. A medida garante que o reembolso vale durante o prazo de vigência dos contratos de compra de energia. O que significa que, mesmo que a região Norte seja interligada ao sistema nacional, todos os consumidores terão que bancar os custos de manutenção das termoelétricas até o fim dos contratos.

Os custos elevados com a aquisição de energia estão afetando alguns setores, como os fabricantes de alumínio. Levantamento do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) aponta que entre 2010 e 2015 a produção de alumínio deve crescer apenas 10% para 1,7 milhão de toneladas, enquanto o minério de ferro deve dobrar sua produção. "A energia cara é um obstáculo para o segmento de alumínio", diz Paulo Camillo Vargas Penna, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

Além do peso de impostos e encargos sobre os preços da energia, as indústrias têm receio em relação ao gás natural. O gás oriundo da Bolívia chega ao Brasil a US$ 7,8 por milhão de BTU, enquanto o produzido no país custa US$ 10,8 por milhão de BTU. Valores elevados na comparação internacional. No Oriente Médio, o gás é comercializado a US$ 1 por milhão de BTU.
Valor Econômico

País terá de importar mais para atender demanda por alumínio

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28/04/2011

Setor prevê 13,2% de aumento no consumo interno de produtos feitos com o metal neste ano
Indústria terá ainda de reduzir exportações; Brasil tem a terceira maior reserva de bauxita do mundo

DE SÃO PAULO - País com a terceira maior reserva de bauxita do mundo, o Brasil terá de reduzir as exportações e ampliar as importações de alumínio primário para conseguir atender a demanda pre- vista para 2011, informa a Abal (Associação Brasileira do Alumínio).
 
Relatório divulgado ontem pela associação revela que o consumo interno de produtos feitos do metal deverá crescer 13,2% em 2011, o que exigirá da indústria a oferta de 1,469 milhão de toneladas. Em 2010, a demanda cresceu 29%.

Pelos números da própria associação, a capacidade da indústria de alumínio primário vai alcançar o limite e só terá como suprir o mercado cortando exportações. Hoje, o país tem capacidade para produzir 1,5 milhão de toneladas de alumínio primário.

A exportação tomou 600 mil toneladas em 2010, redução de 19% sobre o desempenho de 2009. A previsão é que em 2011 os embarques sejam ainda menores.

"Há 20 anos o Brasil não constrói uma única fábrica de alumínio primário. Dizíamos para o governo que o país não iria produzir alumínio primário para seu consumo. O forte crescimento da demanda interna fez com que chegássemos ao limite antes", disse Mauro Moreno, vice-presidente da Abal.

CASO DO TRILHO

O problema dessa indústria está no custo da energia para converter alumina (produto obtido do minério de bauxita) em alumínio. Como não há estímulo para isso, o país tem se tornado um grande exportador de alumina, produto básico da cadeia.

Em 2007, o país exportava 3,8 milhões de toneladas de alumina. Em 2010, exportou 6,4 milhões de toneladas. Segundo Moreno, essa alumina volta na forma de alumínio primário ou de produto acabado ou semiacabado.

A cadeia do alumínio -ao seu modo- repete o que ocorre no mercado de trilhos para estradas de ferro. O país exporta o minério e compra os trilhos para o plano de expansão ferroviária.
Chamada de indústria eletrointensiva, a cadeia do alumínio é exemplo do efeito nocivo que a escalada tarifária no setor elétrico provocou nos últimos anos.

Segundo a Abal, a produção de alumínio primário no mundo exige custo de US$ 30 por MWh. "Não há um produtor de alumínio no Brasil que tenha custo inferior a pelo menos o dobro disso", diz.

Essa situação levou a mineradora RioTintoAlcan, uma das sócias da Alumar (Consórcio de Alumínio do Maranhão), a avaliar projeto de produção do metal no Paraguai, sócio do Brasil em Itaipu.
Portos e Navios

Nem todos querem exportar valor agregado

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28/04/2011

Com os preços de commodities nas alturas e a perspectiva de que a China deverá manter por muitos anos o apetite por matérias-primas, a discussão sobre se é melhor exportar produtos básicos ou investir em agregar mais valor se torna mais complexa. Alguns analistas perguntam, por exemplo, por que a Vale deve investir em siderurgia num momento em que há excesso de produção de aço e as cotações do minério de ferro aumentam com força ano após ano.

Vários economistas, contudo, ainda defendem ferrenhamente a estratégia de agregar valor às vendas externas, para que o país não fique dependente dos preços de commodities, historicamente muito voláteis, e aposte em setores com maior desenvolvimento tecnológico e empregos de melhor qualidade.

Ex-ministro das Comunicações e ex-presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros diz que, em princípio, é "melhor exportar produtos com maior valor agregado". Como regra geral, o processo traz benefícios à economia do país, afirma ele. "A questão é que cada caso precisa ser analisado detalhadamente. Não há respostas prontas, pré-concebidas", pondera Mendonça de Barros, tomando como exemplo a questão se a Vale deve ou não investir com mais força em siderurgia.

Além da escalada de preços do minério e da sobra de aço no mundo, ele levanta duas questões que podem colocar em xeque a conveniência de a empresa apostar na siderurgia. A primeira é que, se entrar agressivamente nesse mercado, a Vale passará a concorrer com seus principais clientes. "É preciso um estudo para ver o impacto de a empresa competir com os principais compradores de seus produtos", afirma ele, hoje sócio da Quest Investimentos.

O segundo ponto é que produzir aço consome muita energia elétrica, o que não ocorre com a extração de minério de ferro. "Será que o Brasil tem oferta de energia suficiente para isso, a preços competitivos?" São perguntas, segundo ele, que precisam de um estudo detalhado para serem respondidas.

O professor Fernando Cardim de Carvalho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vê com maus olhos a ideia de produtos como o minério de ferro ganharem tanto espaço na pauta de exportação brasileira. "Há nesse caso um conflito entre os ganhos de curto e os de longo prazo. Neste momento, certamente exportar minérios para a China é um dos melhores negócios que existem, mas como fica a situação num período maior?", diz Cardim, observando que os preços de matérias-primas são muito voláteis.

"Estamos surfando na fase boa da volatilidade, mas nós conhecemos o que ocorre quando vem a fase ruim." Para ele, apostar que o apetite chinês por matérias-primas não vai arrefecer é ignorar a história econômica "dos últimos 250 anos". Cardim também defende a estratégia de buscar mais valor agregado por causa do seu impacto sobre o emprego. A produção de commodities costuma gerar poucos postos de trabalho, em geral de baixa qualificação, diz ele. Na fabricação de manufaturados, há maior desenvolvimento tecnológico e a geração de melhores empregos.

Mendonça de Barros vê um período bastante longo de commodities em níveis elevados, dada a perspectiva de que a China continue a crescer a taxas robustas por vários anos. "Já a tendência dos produtos industriais é continuarem muito baratos", observa ele. Cardim, por sua vez, diz que a queda das cotações dos bens manufaturados, num cenário de ganhos de escala, não impede que a fabricação siga bastante rentável. "A manufatura sempre foi assim, basta ver a estratégia da própria China."

O ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartsman tem uma visão oposta à de Cardim. Para ele, há maniqueísmo de muitos economistas brasileiros, que consideram a produção de bens de maior valor agregado como algo intrinsecamente bom. "A questão é que não é algo absoluto. A rentabilidade hoje de produzir minério de ferro é muito maior do que a da siderurgia. O que é melhor para a empresa, ser a Vale ou a Usiminas?"

Schwartsman diz ainda que há grande capacidade ociosa no setor siderúrgico no mundo, além de não ver no radar um tombo dos preços de commodities. Mas essa não seria uma visão de curto prazo? "Pode haver incertezas em relação aos preços, mas não ignore o que mercado está dizendo. A diretoria da empresa tem que tomar decisões que afetam a vida da empresa vários anos à frente, com os acionistas fungando em seus cangotes." Para Schwartsman, quem está no dia a dia da empresa e conhece o mercado em que a companhia atua está muito mais capacitado para definir a estratégia do que um burocrata em Brasília. "E as empresas de commodities não operam num enclave. Elas estão integradas à economia, gerando demandas por produtos manufaturados e serviços nas suas cadeias", conclui ele.

Um ponto que torna a discussão mais complexa é que um produto primário muitas vezes tem um processo de produção que envolve muita agregação de valor. A extração de petróleo em águas profundas é um exemplo eloquente. A tecnologia e a mão de obra empregadas no processo deixam claro que se trata de algo complexo e avançado, como concordam - pelo menos nesse ponto - Schwartsman e Cardim.

O professor Fernando Sarti, da Unicamp, considera que a discussão sobre o assunto é feita muitas vezes de modo simplista - a polêmica minério de ferro X aço no caso da Vale seria uma dessas simplificações. Ele dá um exemplo interessante para ilustrar como a discussão é hoje mais complicada: as exportações brasileiras de soja, uma commodity, têm mais conteúdo tecnológico que as de telefones celulares, um produto manufaturado. Enquanto a produção de soja envolve um investimento grande em sementes, química fina e biotecnologia, a de celulares muitas vezes se limita a montagem de componentes importados.

O assunto, contudo, não se esgota aí, diz Sarti. No caso da soja, nota ele, o Brasil é extremamente competitivo na produção, mas não na comercialização internacional do produto, nas mãos de três grandes empresas multinacionais. No caso da Vale, focar na produção de minério de ferro pode talvez de fato ser mais indicado, dada a sobra de aço no mundo, mas seria importante que os investimentos da empresa em logística beneficiassem outros setores da economia -a construção de ferrovias pela companhia, por exemplo, tem aumentado a demanda pela produção de mais locomotivas e trilhos no país? "É importante haver um transbordamento para outros segmentos da economia."

A exploração do petróleo do pré-sal pode garantir esse tipo de benefício, com a montagem de uma cadeia de fornecedores dos equipamentos que serão necessários para a Petrobras. "Essa estratégia é uma boa opção, desde que seja equilibrada, e não faça a empresa ter fortes aumentos de custos", diz Mendonça de Barros.
Valor Econômico

Colossus revela novos resultados de perfurações em Serra Pelada

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28/04/2011

A Colossus Minerals, júnior canadense que se associou à cooperativa de garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) para desenvolver a jazida, revelou nesta quarta-feira mais resultados da mitológica área. No mês passado, a mineradora já havia achado seus maiores teores de platina, quando o furo 95 retornou 2.251 gramas do metal por tonelada, 713 g/t de ouro e 727 g/t de paládio ao longo de 0,7 metros.

Em um furo um pouco mais além, o de número 99, os resultados foram divulgados hoje, e lá a Colossus encontrou nada menos que 1.494,7 g/t de ouro, 516,6 g/t de platina e 558,9 g/t de paládio ao longo de 7,3 metros, iniciando 237 metros abaixo da superfície. Ótimos números e que mostram que, três décadas depois da corrida do ouro, Serra Pelada ainda tem muita coisa interessante...
Geologo.com.br

Compromisso da Anglo American com a sustentabilidade é reconhecido pelo FTSE4Good Index

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28/04/2011

Renomado índice internacional de responsabilidade corporativa inclui a mineradora

A Anglo American foi incluída no FTSE4Good Index, que aponta empresas enquadradas em uma série de restritos padrões de responsabilidade corporativa. O conceituado índice é a base para uma vasta gama de fundos de investimento éticos e sustentáveis, e a inclusão da Anglo American ocorreu após a revisão semianual do FTSE4Good Index Series, administrado pelo Grupo FTSE, empresa independente pertencente ao jornal Financial Times e London Stock Exchange, (bolsa de valores de Londres).

Cynthia Carroll, presidente mundial da Anglo American, disse: "A inclusão da Anglo American no FTSE4Good Index é mais uma prova de que colocar a sustentabilidade no coração de nosso negócio não é só a coisa certa a se fazer, mas também oferece claros benefícios a nossos públicos. Operar de forma segura, sustentável e responsável é intrínseco a tudo o que fazemos e a chave para nos tornarmos líderes na mineração".

Sobre a Anglo American

A Anglo American plc é uma das maiores companhias de mineração do mundo, com sede no Reino Unido e capital aberto em Londres e Joanesburgo. Nosso portfólio abrange empresas de mineração de metais preciosos e minerais – é líder global em platina e diamantes; metais básicos – cobre e níquel; e outras commodities, como minério de ferro, carvão metalúrgico e carvão térmico.  As operações de mineração da empresa e sua carteira de projetos estão localizadas na África do Sul, América do Sul, Austrália, América do Norte e Ásia.

No Brasil, com início das atividades em 1973, a Anglo American possui plantas de níquel em Niquelândia e está investindo US$ 1,8 bilhão no Projeto Barro Alto, para ampliar sua produção de níquel - a partir de 2011, a nova planta tem expectativa de produzir 36 mil t/ano de níquel contido em ferroníquel ao longo de 26 anos de operação.

Desde 2008, possui planta de minério de ferro no Amapá, em parceria com a Cliffs Natural Resources, e investe na implantação do Projeto Minas-Rio, com capacidade para produzir 26,5 milhões t/ano de minério de ferro. Os dois projetos irão consolidar a posição da Anglo American como player mundial no mercado transoceânico de minério de ferro.
 
A Anglo American possui também plantas de produtos fosfatados em Cubatão/Ouvidor (GO) e Cubatão (SP) e nióbio em Catalão.
 
A Anglo American é uma empresa determinada a crescer no Brasil, trabalhando em conjunto com as comunidades locais e aplicando as melhores práticas de negócio adquiridas ao redor do mundo por quase um século.
Assessoria Anglo American

Secretaria de Mineração lança programa de recuperação de áreas degradadas do Juma

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28/04/2011

A Secretaria Estadual de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos (SEMGRH) lança, no próximo dia 1º de maio, no município de Novo Aripuanã, o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas no antigo garimpo do Juma, hoje denominado Projeto Eldorado do Juma. O programa faz parte do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela cooperativa de garimpeiros (Cooerjuma), no final do ano passado, como pré-requisito para concessão da Licença Ambiental de Operação (LO), pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e da Permissão de Lavra Garimpeira (PLG), pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

A iniciativa, segundo o secretário da SEMGRH, Daniel Nava, é uma das primeiras que serão adotadas pelo órgão para fortalecer a organização dos trabalhadores do Juma após a legalização da área. A ideia, explicou o secretário, é fazer do Projeto Eldorado do Juma um modelo para ser seguido em outras áreas de garimpos, tanto do ponto de vista da recuperação ambiental, da orientação dos processos produtivos do ouro e da organização dos trabalhadores, quanto ao modelo de gestão adotado, que será feito de maneira articulada entre os diversos órgãos governamentais e os trabalhadores.

Também no dia 1º de maio, será realizado o curso de Boas Práticas Ambientais para trabalhadores do Projeto Eldorado do Juma, em parceria com Ipaam, Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), Polícia Militar do Amazonas (PMAM), DNPM, CPRM (Serviço Geológico do Brasil) e a Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério das Minas e Energia (MME). No ato de lançamento do programa serão plantadas mil mudas de árvores, cujas espécies foram recomendadas por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Parceria com a PMAMA participação do Batalhão Ambiental no projeto Juma é apenas uma das ações acertadas entre o secretário Daniel Nava e o comandante da Polícia Militar do Amazonas, coronel Almir David. Enquanto o Batalhão Ambiental vai ajudar na fiscalização do Programa de Recuperação das Áreas Degradadas, outro grupo de policiais vai reforçar a segurança pública, inibindo inclusive novas ocupações na área do Projeto Eldorado do Juma. “Nosso objetivo é ter a Polícia Militar em todas as áreas de mineração do Estado, inibindo a existência de novos garimpos, uma vez que só trabalharão no projeto aqueles trabalhadores cooperados já cadastrados na Cooperjuma e registrados na Junta Comercial”, destaca o secretário.

Informações sobre o garimpo do Juma. Localizado as margens do Rio Juma, entre os municípios de Novo Aripuana e Apuí, o garimpo do Juma abriga atualmente cerca de 400 garimpeiros. É o primeiro garimpo em terra firme a ter suas atividades legalizadas no Amazonas, através da permissão de lavra garimpeira.
Blog Amazônia



quarta-feira, 27 de abril de 2011

EXPOSIBRAM 2011 oferece boas oportunidades de negócios para mineração

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25/04/2011

A décima quarta edição da Exposição Internacional de Mineração, EXPOSIBRAM 2011, e do Congresso Brasileiro de Mineração começa a mobilizar empresas de diversos portes e segmentos.

A partir desta quarta-feira, dia 10, os interessados já podem garantir presença na exposição, quando tem início a venda dos espaços para montagem dos stands.  Reconhecida por estimular a prospecção de negócios, o IBRAM oferece preços atrativos para a EXPOSIBRAM 2011, com o valor do metro quadrado podendo chegar a R$ 520,00.

Esta é uma boa oportunidade para empresários, técnicos e interessados no setor a se candidatarem a compartilhar parte dos US$ 62 bilhões de dólares em investimentos previstos para mineração do Norte do país.

Com este aporte financeiro, a mineração é o setor privado que anuncia os maiores investimentos até 2014 no território nacional, o que vai impactar positivamente nos negócios da indústria da transformação, do atacado, do varejo e dos serviços.

Além de ser uma boa oportunidade de fazer negócio com a indústria da mineração, a EXPOSIBRAM tem como objetivo debater com as lideranças nacionais e internacionais os desafios e também as novas tendências de incremento da sustentabilidade social do setor.

Diante disso, o IBRAM espera a participação maciça de empresas mineradoras e fornecedores de equipamentos, máquinas e serviços, bem como de outros players que tenham especial interesse em conhecer melhor as perspectivas da mineração. “É uma sinalização extremamente positiva para o futuro do Brasil, e a Exposibram será uma grande oportunidade para se fazer negócios”, avalia o Presidente do Ibram, Paulo Camillo Vargas Penna.

Na última edição da EXPOSIBRAM, em 2009, 27 países diferentes estiveram presentes nos 383 stands montados. Em média, pouco mais de 10 mil pessoas visitaram o evento por dia, totalizando 43 mil visitantes que viram de perto as inovações tecnológicas, máquinas, equipamentos, soluções ambientais, softwares e aprimorou conhecimentos sobre a mineração. 

A EXPOSIBRAM 2011 ocorre entre os dias 26 a 29 de setembro de 2011 no Expominas, em Belo Horizonte (MG). Para mais informações clique aqui ou entre em contato pelo telefone (31) 3444-4794.
Ascom IBRAM

Britagem móvel viabiliza extração contínua

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27/04/2011

Mineradora fez estudo comparativo dos diversos métodos disponíveis, que pode vir a eliminar a frota de caminhões

A graciado no 13º Prêmio de Excelência da Indústria Minero- metalúrgica Brasileira na categoria Lavra, com o trabalho Viabilização Técnica e Econômica da Lavra Contínua de Minério de Ferro com o Uso de Sistema de Britagem Móvel In Pit Auto Propelido, de autoria de José Raimundo Lopes e Valdir Costa e Silva, a Samarco Mineração avaliou três opções de lavra para otimizar a operação na mina de Alegria, em Minas Gerais.

Segundo estudos, a composição dos custos da lavra convencional está dividida em 32% para perfuração e desmonte, 16% para o carregamento e 52% com o transporte por caminhões, sendo que estes gastam 50% de energia só para o deslocamento do seu próprio peso, o que o torna o grande vilão em termos de custos operacionais. Na busca por inovação tecnológica, redução de custos e do consumo de combustível fóssil, e da dependência do uso de pneus, a mineração foi conduzida a estudar diferentes modelos de britagem na cava para maximizar suas operações, dentre esses o sistema de britagem móvel in pit auto propelido.
O estudo

Em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto foi possível descrever em dissertação de mestrado os estudos de pesquisa para a lavra contínua de minério de ferro na mina de Alegria. O estudo consistiu em definir uma frente de lavra de minério itabirítico com um volume para uma demanda de um ano de produção da mina para a frente selecionada, onde as premissas econômicas e financeiras foram elaboradas de uma forma que se pudesse avaliar a atratividade econômica por meio de um fluxo de caixa.

A massa de ROM programada para o estudo foi limitada a uma frente de lavra de minério itabirítico, localizada na mina de Alegria, onde foi planejada uma movimentação de 6 milhões t/ano de minério. Já a distância média de transporte foi calculada a partir dos estudos do plano de lavra, tanto para a alimentação do minério como para o transporte para as pilhas de estoque, estimada em 1.500 m em ambos os casos e o regime de trabalho da mineração sendo de 24 h por dia e 365 dias por ano.

Comparando três modelos diferentes de lavra, o estudo mostrou as diferenças econômicas e operacionais entre a lavra convencional por caminhões, por correias transportadoras e por britagem móvel.

Lavra convencional por caminhões

O método de lavra usando caminhões fora-de-estrada CAT 785 C, com peso operacional de 249 t e capacidade de 150 t, consiste no desmonte mecânico do minério por tratores, carregamento com carregadeiras hidráulicas e transporte por caminhões até um alimentador Hopper de fabricação própria, com capacidade de 3.500 t/h e acionamento elétrico.

O minério alimentado é classificado em uma peneira vibratória com malha 150 mm e o passante alimenta o sistema de correias transportadoras móveis e fixas, sendo estocado em uma pilha pulmão. O retido da peneira é considerado estéril e será transportado e estocado em local programado, para posteriormente ser utilizado no sistema de drenagem da mina e nas pilhas de estéril.

Lavra por correias transportadoras

Nesse sistema o desmonte é feito por tratores de esteira CAT D11R, com peso operacional de 113 t e capacidade de 34,4 m³, e o carregamento e transporte por carregadeiras CAT 992 GHL com capacidade da caçamba de 21,7 t até um alimentador simples montado dentro da cava a uma distância entre 20 m e 95 m da frente de lavra. O minério alimentado é classificado em uma peneira vibratória com malha de 150 mm e o passante abastece o sistema de correias móveis e fixas, sendo estocado na pilha pulmão. Os retidos na peneira somados ao da grelha horizontal seguem o mesmo destino do método por caminhões.
O balanço de massa terá os mesmos valores do método LCC, sendo o minério movimentado da ordem de 6.153.846 tmn/ano, para uma alimentação na usina de beneficiamento de 6.000.000 tmn/ano.

Lavra por britagem móvel

Com escavação e carregamento por escavadeira hidráulica Terex modelo RH90 C, que trabalha com peso operacional de 170 t, no método por britagem móvel o minério alimentado é classificado em uma peneira vibratória de malha 150 mm e o retido da peneira supre um britador de mandíbulas regulado para 100 mm. Tanto o material britado como o passante da peneira alimentam um sistema de correias móveis articuladas sobre pneus, que transfere o material para correias transportadoras móveis e fixas, onde é estocado na pilha pulmão.
Para esse método, que não gera material retido, sendo o minério totalmente aproveitado para alimentação da usina de beneficiamento, é utilizado o britador móvel Metso LT140 E, com peso operacional de 160 t, capacidade de 2.000 t/h, e possui acionamento elétrico quando em operação e tração diesel para grandes deslocamentos.

Comparativo de produtividade entre os cálculos de projeto e os dados reais

Pelos resultados apresentados, observou-se que a produtividade de projeto da lavra por britagem móvel é menor que a convencional por caminhões em 11%, e maior que a por correias em 19%, mantendo-se intermediária entre as alternativas comparadas. Também foi possível observar que a produtividade nos resultados reais aumentou em 14% nas lavras in pit e por correias e em 3% na convencional, se comparadas aos valores de projeto.

Comparativo econômico financeiro

Avaliando os resultados econômicos do projeto advindos dos fluxos de caixa, observou-se que o modelo in pit obteve o menor VPL (valor presente líquido), em valor absoluto, sendo 59% menos oneroso que a lavra convencional, seguido pela alternativa por correias, 17% mais barata se comparada à lavra por caminhões.

Comparativo de desempenho dos custos específicos

Verificou-se também que as diferenças de desempenho do custo específico atual das alternativas aumentaram em relação ao projeto. Houve um aumento de 59% para 63% na lavra por caminhões e de 36% para 39% na por correias, além de um aumento nos dois casos de 10% nos custos atuais, quando comparados ao modelo de britagem móvel.

Conclusão

As comparações da atratividade econômica entre os resultados advindos do projeto e os reais operacionais se confirmam, permitindo concluir que o sistema de britagem móvel in pit auto propelido obteve o menor VPL em valor absoluto, tanto na viabilidade do projeto como na operacionalização.

Os resultados dos custos específicos, considerando ou não os valores de aquisição, acompanharam os resultados econômicos, porém o aumento de 10% nos gastos operacionais da britagem móvel, ocasionados pelo aumento no preço da manutenção, deixa uma janela de oportunidade de melhoria na redução dos gastos se analisado que os métodos comparativos possuem uma maturidade operacional que leva a uma estabilização dos custos. Houve 14% de aumento de produtividade da britagem móvel na média real em relação ao calculado no projeto.

Não se deve concluir que os métodos de lavra convencional por caminhões e lavra por correias transportadoras devam ser substituídos pela britagem móvel, uma vez que cada método tem suas particularidades. O planejamento de mina e a operação de produção necessitam buscar um ponto ótimo de aplicação dos métodos, visando aos melhores resultados econômicos e de produção.
 
Minérios & Minerales

Superbid promove leilões de Máquinas Pesadas e Caminhões



27/04/2011

Embu, A. Madeira, Pelicano, Contek e Sobel disponibilizam os ativos

Nos dias 05, 11, 12 e 13/05 a Superbid (www.superbid.net ), empresa especializada em avaliação e venda de ativos físicos por meio de leilões oficiais online e presenciais simultaneamente, irá vender máquinas pesadas de cinco empresas que estão renovando o parque de máquinas. Ao total são 179 lotes.

A Embu, empresa do ramo de pedra britada e areia, irá vender 53 lotes no dia 05/05 a partir de 12h30min. Podemos destacar: 03 caminhões MB LK2220; 03 pás carregadeiras Clark Michigan 125C; 04 caminhões Randon RK 424/RK425, além de motores, transmissões e compressores.
Os lotes estão localizados em Embu/SP e Vitória/ES.

O Grupo A. Madeira, Construtora Pelicano e Contek, todas do Estado do Espírito Santo, com atuação em diversos segmentos desde engenharia, terraplanagem e pavimentação em geral, irão vender ativos que estão localizados na cidade de Serra/ES no próximo dia 11, 12 e 13 a partir das 11hs, entre os quais podemos destacar: 05 escavadeiras hidráulicas New Holland FX215LC/E215LC; 03 retroescavadeiras New Holland LB90; 07 Motoniveladoras CAT e Fiat Allis, Motoscrapers, 20 caminhões VW/Ford/MB; 06 tratores de pneus, além de betoneiras, sucatas e compactadores de solo.

Já a Sobel Soluções Logísticas Industriais, cujo foco é a prestação de serviços de movimentação de matéria prima, irá leiloar 30 lotes no dia 12/05 a partir das 11hs. Entre eles podemos destacar: 05 pás carregadeiras CATERPILLAR; 03 empilhadeiras Hyster H70FT/H90FT/H80XM GLP; 05 caminhões VW, além de varredouras coletoras, geradores e tanques.  Os lotes estão localizados na cidade de Belo Horizonte/MG. 

Além do leilão eletrônico haverá pregão físico Alameda Lorena nº 800 - Jardins – São Paulo/SP

Como Participar

As fotos e descrições completas dos lotes estão disponíveis no site www.superbid.net. Para ofertar lances, é necessário estar cadastrado e solicitar habilitação – todo o processo pode ser online. Os interessados em conferir os ativos antes da compra deverão entrar em contato com a Central de Atendimento da Superbid, através do Telefone: (11) 2163-7800 ou via e-mail: cac@superbid.net
Assessoria Superbid

Lavra: Método sincroniza extração com deposição de rejeito

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27/04/2011

Resultado se traduz em ganhos para mineradora e meio ambiente

A Mineração Descalvado, situada em Descalvado (SP), atua na atividade de extração e beneficiamento de areias industriais. Nas últimas décadas, vem desenvolvendo continuamente estudos tecnológicos da jazida e do processo de beneficiamento, buscando melhorias nos processos produtivos que permitam maior qualidade e constância nas especificações das areias quartzosas de alta pureza ofertadas aos mercados vidreiro, de fundição, cerâmico e químico.

Dentro desta política de inovação, implantou em 2002 o desenvolvimento da lavra em pequenos módulos, com disposição do estéril e dos rejeitos do beneficiamento dentro da cava. Isto permitiu que a recuperação das áreas lavradas ocorresse de forma concomitante ao avanço da lavra, minimizando a intervenção no meio físico, com consequente redução dos impactos ambientais provenientes da atividade.

"Lavra seletiva em módulos na produção de areia industrial de alta pureza: ganho ambiental e redução de custos operacionais" é o tema do projeto que recebeu o 13º Prêmio de Excelência Minero-metalúrgica Brasileira da revista Minérios e Minerales, na categoria Lavra. O trabalho premiado é de autoria de Vitório Etny Lorenzi, Luiz Antonio Pavan, Odair Cordeiro de Oliveira e Augusto Bolivar Matos Resende, todos da Mineração Descalvado.

Em função das características geológicas do estéril e do minério e do relevo acentuado do terreno, o método de lavra adotado é a céu aberto, desenvolvido em cava e conduzida em bancadas. O desmonte do minério é mecânico, com a utilização de escavadeiras hidráulicas, e o transporte é feito por caminhões com caçamba basculante. A escala atual de produção é de 800 mil t/ano.

Os principais objetivos pretendidos com a implantação da lavra seletiva em módulos são: recuperação das áreas degradadas concomitante ao avanço da lavra de forma a minimizar a intervenção no meio físico; recomposição das áreas lavradas para uma cota situada no mínimo 5 m acima do lençol freático original interceptado pela lavra; disposição do estéril e dos rejeitos do beneficiamento em lagoas de decantação localizadas dentro da cava; redução dos custos de recuperação das áreas lavradas e de alocação de terreno para disposição de rejeitos e barragem de rejeitos, e dos custos operacionais da lavra; e melhoria da qualidade ambiental da área recuperada.

Os resultados obtidos até o momento mostram que este modelo de lavra é adequado ao tipo de jazimento local, promovendo um significativo ganho ambiental, sem incremento nos custos de produção. Neste caso, o método permitiu uma redução nesses custos. Em suma, o método de lavra adotado é inovador e tecnicamente adequado a este tipo de jazida. Os resultados alcançados demonstram de forma objetiva que é possível conciliar o desenvolvimento da lavra com a recuperação ambiental. Isto resulta em ganhos significativos para o meio ambiente, para a sociedade e para o empreendedor.

Desenvolvimento e resultados

A lavra é realizada em módulos individuais, desenvolvida através de taludes com 7 a 15 m e ângulo de face de 45° para a camada de estéril, e taludes com 15 m e ângulo de face 60° para as camadas de minério. Entre os taludes existem bermas operacionais de 7 a 10 m de largura. A lavra é desenvolvida de forma seletiva em módulos individuais com áreas variando de 4,5 a 6 ha e vida útil de seis anos cada. Cada um destes módulos é subdividido, em termos de avanço de lavra, em três painéis com vida útil de dois anos cada. Esta subdivisão permite que a recuperação da cava ocorra junto com o avanço da lavra. Este avanço da cava se dá segundo a seguinte sequência operacional: um painel totalmente lavrado, preenchido parcialmente por rejeitos do beneficiamento e recebendo estéril para a conformação topográfica final e revegetação; um segundo painel, também já lavrado, serve de bacia para os rejeitos do beneficiamento; e o terceiro painel encontra-se em fase de lavra. A conformação e o tamanho dos módulos e dos painéis são determinados pela tipologia do minério e pela demanda necessária para abastecimento das plantas de beneficiamento.

A geometria dos módulos é definida a partir dos seguintes parâmetros: segurança na construção das barragens de rejeito, volume de produção prevista para períodos de dois a três anos; participação da produção por tipos de produtos; tipologia do minério na jazida; e condições de avanço da frente de lavra.

O desenvolvimento da lavra se dá segundo a seguinte sequência operacional: decapeamento do minério com remoção da camada de estéril e transporte até uma lagoa de decantação exaurida dentro da cava; avanço com aprofundamento até a base da camada de minério; disposição dos rejeitos em lagoas de decantação dentro da cava; retaludamento das laterais da frente de lavra com redução do ângulo de face dos taludes de 60° para 33° (ângulo de repouso natural da areia); recomposição do fundo da frente lavrada até 5 m acima do nível do lençol; acesso às bancadas e ao fundo da frente de lavra por rampas com inclinação de no máximo 6%.
Os principais ganhos obtidos com este tipo de desenvolvimento foram tanto ambientais como econômicos. Na área ambiental, permitiu uma significativa redução de áreas impactadas para disposição de estéril e barragem de rejeitos,com consequente aumento de áreas recuperadas e revegetadas.

As principais vantagens ambientais são: eliminação da necessidade de áreas de ocupação e/ou supressão vegetal para formação de lagoas de decantação e locais para disposição de estéril; redução em 70% das áreas de exposição de solos relacionadas às atividades de lavra; redução de 80% da área da cava, sem perda da escala de produção proporcionada pela recuperação da cava simultânea ao avanço da lavra; preservação do nível inicial do lençol freático; menor geração de poeiras e emissão de gases pela diminuição das distâncias de transporte de estéril; aumento das áreas revegetadas em toda a área do empreendimento pela não-necessidade de novas áreas para bacias de decantação e depósito de estéril.

Em termos econômicos, a redução das distâncias de transporte de estéril, o aumento da capacidade operacional dos equipamentos de lavra e a eliminação de custos de monitoramento de lagoas de rejeitos, também permitiram uma redução expressiva de custos.Os principais ganhos econômicos alcançados foram: redução do custo de remoção do estéril pela diminuição em 60% do tempo de ciclo dos caminhões; redução em 80% dos custos de manutenção do depósito de estéril, barragem de disposição de rejeitos e manutenção dos acessos; menores custos de transporte pela redução da distância média de transporte (DMT); queda no consumo de óleo diesel e lubrificantes; diluição dos custos de recuperação das áreas lavradas; e aumento da escala de produção causada pela redução da DMT.

Com o método, evita-se a aquisição de novas áreas para construção e manutenção de bota-fora. As distâncias para disposição do estéril serão sempre mínimas, uma vez que o painel que está sendo lavrado será sempre vizinho ao painel em preenchimento. Também proporciona menor necessidade de maquinário pesado, manutenção mecânica, consumo de combustíveis e otimiza a utilização de mão de obra. Estas características maximizam a escala de produção e a lucratividade, ao mesmo tempo em que favorecem práticas ambientais responsáveis.
 
Minérios & Minerales

Sócios da Usiminas devem brecar avanço da CSN, diz presidente

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27/04/2011

São paulo - O presidente da Usiminas, Wilson Brummer, afirmou que o bloco de controle da siderúrgica mineira não irá assistir passivamente ao avanço da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) sobre seu capital votante e que esses sócios devem brecar novos movimentos da rival. O bloco é formado pelos japoneses da Nippon Steel com 27,8%, pelo grupo Camargo Corrêa e Votorantim que detém 26% e o fundo de pensão dos funcionários da siderúrgica com 10,1% do capital votante .

Para alcançar esse objetivo, ele lembrou que recentemente o acordo de acionistas da empresa foi renovado por mais 20 anos em uma "clara demonstração de esses sócios que são investidores de longo prazo, que querem esperar o melhor momento da Usiminas.

Em março, a fundação dos funcionários divulgou ter contratado o Credit Suisse para fazer uma avaliação de sua participação. "Eles não estão vendendo", garantiu. O executivo, porém, não quis comentar os rumores de que essa avaliação de ativos teria como pano de fundo uma aproximação entre o fundo e a Gerdau, que estaria interessada na Usiminas.

A investida da CSN chegou ao seu ápice com a elevação para 10,01% das ações ordinárias da Usiminas, mas segundo Brummer, isso não deve garantir uma vaga no conselho de administração da empresa mineira.

"Na nossa visão não tem [direito a assento no conselho]", afirmou. Segundo ele, essa é uma questão jurídica que "certamente" os advogados da companhia já estão analisando. Pela norma brasileira, um acionista precisa ter, no mínimo, 15% do capital votante ou 10% das preferenciais para eleger um membro do conselho.

No fim de março, o diretor de Relações com Investidores da CSN, Paulo Penido, reiterou a meta da empresa de obter 10% de participação na siderúrgica mineira e reafirmou que considera essa iniciativa um investimento estratégico, inclusive, com um assento no conselho de administração da Usiminas.

Investimento

Ontem a Usiminas anunciou investimentos de R$ 92 milhões para solucionar passivo ambiental no Rio de Janeiro, uma área de 850 mil metros quadrados no município de Itaguaí.

O projeto só deve ficar pronto em 18 meses, mas, a siderúrgica já estuda a possibilidade de instalar uma pelotizadora no local para processar o minério extraído pela empresa na região de Serra Azul (MG) ao invés de apenas estocá-lo. Com essa unidade a empresa agregaria valor ao produto, que tem como destino o mercado externo.
DCI

Lançada 3ª edição da Sul Metal Mineração 2012

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27/04/2011

Considerada a maior feira do setor no estado, a Sul Metal Mineração, que acontece entre os dias 26 a 29 de junho de 2012, no Centro de Eventos José Ijair Conti, tem sua terceira edição lançada na noite de hoje. O evento está acontecendo na sede da ACIC, no Bairro Próspera.

“A 3ª edição consolida com oportunidades de negócio. Vamos trazer oportunidades para as empresas e expositores, gerando mais riqueza para a região e oportunidades de empregos. A feira traz empresários de todo o país, principalmente de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul”, diz o presidente da SindMetal e vice-presidente da Fiesc, Guido Búrigo.

No ano passado foram gerados R$ 43 milhões, em quatros dias de feira, segundo os organizadores. A meta é atingir em 2012 um total de 300 empresas nacionais e internacionais.
A Tribuna

Locar acelera plano para crescer no setor marítimo

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27/04/2011

Depois de consolidar uma empresa que nasceu do zero como uma das maiores da América Latina no segmento de locação de máquinas e movimentação de carga pesada, o empresário Julio Eduardo Simões, dono da Locar, começa a acelerar o plano de se tornar também um grande operador no setor de navegação. Ele já opera balsas e barcos, tem uma base de apoio na Ilha do Governador (RJ) e até 2015, dos R$ 750 milhões que planeja investir, vai destinar R$ 250 milhões para ampliação do número de embarcações e na montagem de novas bases. O objetivo é oferecer desde o transporte de carga pesada até serviços de apoio aos setores de petróleo, petroquímica, mineração e siderurgia, entre outros.

A área de navegação é fundamental para a empresa atingir o faturamento de R$ 1 bilhão projetado para 2015. Este ano a Locar deve chegar aos R$ 550 milhões, alta de 58% sobre os R$ 348 milhões de 2010. Os guindastes ainda representam a maior parte da receita, perto de 60%. Enquanto a área marítima fica com apenas 7%. Transportes especiais (15%) e gruas, plataformas e manipuladores (5%) completam o faturamento. A previsão para 2015 é que o marítimo responda por 15%, contra 55% dos guindastes.

A empresa já tem 14 embarcações que fazem movimentação de carga e atuam em trabalhos especiais, como a salvatagem em Vitória (ES) para a Vale - dois descarregadores da mineradora sofreram um acidente no porto capixaba e naufragaram no fim do ano. O plano é chegar a 21 unidades até o fim de 2012 e atingir 35 em 2015. Do total, R$ 60 milhões serão gastos na compra de seis embarcações do tipo Line Handlers, em construção no estaleiro SRD, em Angra dos Reis (RJ), exclusivamente para a Petrobras. A Locar já atende a estatal, mas fechou outro contrato de oito anos para as novas embarcações, prorrogável por mais oito. Os barcos servirão de apoio às plataformas que a estatal tem no alto mar.

Mas o grande xodó de Simões no momento é um barco lançador de tubos, chamado de Locar Pipe, que está sendo construído no estaleiro Rio Maguari e entra em operação no fim de 2012. Ao custo de R$ 55 milhões e participação do BNDES, o barco será usado para lançar dutos em águas rasas até 100 metros, mas também pode servir como um hotel flutuante. A embarcação terá capacidade para acomodar até 150 pessoas e contará com heliporto, refeitório, ambulatório e até sala de ginástica.

Quanto as novas bases de apoio, não existe definição sobre os possíveis locais. A base da Ilha do Governador já recebeu R$ 25 milhões, de um total de investimento de R$ 50 milhões. Por enquanto é usada apenas para os navios da própria Locar, mas a intenção é abrir para embarcações de terceiros.

Simões conta que o modal marítimo complementa o serviço que já oferecia no transporte de cargas pesadas por rodovias. "Agora temos condições de pegar um peça para a refinaria de Suape em Pindamonhangaba (SP), descer de caminhão até o litoral, colocar em um dos nosso barcos e levar até o canteiro da obra. E se o cliente precisar, ainda podemos oferecer serviços de engenharia e entregar a peça montada."

A Locar nasceu em 1988, depois que Simões deixou os negócios da família com planos de trabalhar com grãos em Mato Grosso. Enquanto planejava seus novos negócios, foi convidado por um amigo para "administrar" alguns equipamentos em uma obra e não conseguiu mais sair do setor. Logo foi sondado para assumir outros trabalhos, desistiu de ir para Mato Grosso e começou a comprar suas primeiras máquinas, todas usadas.

"Não havia financiamento fácil naquela época, mas tinha a vantagem de conhecer as pessoas. Comprei equipamento de empresas que queriam deixar o setor. Muitos herdeiros não queriam seguir o negócio do pai e vendiam as máquinas", conta Simões. Nos anos 90 comprou as primeiras máquinas novas e experimentou as importações. Na década seguinte o financiamento ficou bem mais acessível e a dificuldade, admite o empresário, foi acompanhar o crescimento da economia e da própria empresa, hoje com 1,6 mil empregados, 1,3 mil equipamentos e filiais na Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Pernambuco.

"Quando me dei conta, tinha 12 diretores respondendo diretamente para mim. Precisava fazer alguma coisa." Simões então criou uma superintendência, montou um conselho de administração (com participação de conselheiros externos), passou a ter os balanços auditados e começou a se afastar do dia a dia da companhia. Mas nem por isso admite vender a empresa. Abrir o capital? Isso é algo para o futuro. "Nosso setor é de capital intensivo e não podemos descartar qualquer tipo de financiamento", afirma, deixando um porta aberta aos interessados.
Valor Econômico


No domingo 1º de maio, haverá o projeto Música para Todos II, às 10h30 na Praça da República, com a participação do Grupo Choro do Pará

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[ 27/04/2011 ] [Amazônia - Show / Adenirson Lage - 17 ] 

Dólar fecha a R$ 1,56 e Bolsa sobe 0,26%

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[ 27/04/2011 ] [Diário do Pará - B / Economia - 07 ] 


Vale vai produzir biodiesel a partir de 2013

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[ 27/04/2011 ] [Diário On Line - Plantão ] 


A Biopalma, subsidiária da Vale, produzirá biodiesel no Pará, a partir de 2013, como alternativa energética para seus empreendimentos industriais. O projeto foi apresentado ontem ao governador Simão Jatene pelo diretor da empresa, Ivo Fouto, acompanhado do gerente de Relações Institucionais da Vale no Pará, José Fernando Gomes Júnior.
Criada há dois anos, a Biopalma já fazia parte de um consórcio com a empresa regional Agropalma, para produzir dendê destinado à extração de óleo vegetal. (Agência Pará)

China limitará projetos de mineração, fundição e petróleo, diz governo

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[ 27/04/2011 ] [Estadão.com.br - Economia - On line ] 


Governo também pretende impor um tamanho mínimo para as minas de carvão em algumas províncias ricas em recursos naturais
Clarissa Mangueira, da Agência Estado
NOVA YORK - A China planeja restringir projetos de mineração e fundição que sobrecarregariam o país com excesso de capacidade em vários setores e interromperiam o desenvolvimento de tecnologias limpas nesses setores, disse a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, em inglês), principal órgão de planejamento econômico do país.
O governo chinês também vai impor limites à construção de novas instalações de petróleo e de refino químico e um tamanho mínimo para as minas de carvão em algumas províncias ricas em recursos naturais, segundo a comissão.
As medidas marcam os mais recentes esforços do governo chinês para consolidar o setor de energia do país a fim de melhorar sua eficiência.
De acordo com os planos, os projetos novos e de expansão de vários metais menores, incluindo molibdênio, tungstênio, estanho e antimônio, serão limitados, enquanto o desenvolvimento de projetos de mineração de terras raras, refino e filtragem na mesma categoria serão suspensos, afirmou a NDRC na sua página na Internet.
O governo também pretende limitar projetos de fundição de cobre com capacidade de menos de 100 mil toneladas por ano, e de chumbo com capacidade de 50 mil toneladas por ano ou mais, e de zinco com menos de 100 mil toneladas por ano.
Projetos novos de chumbo reciclado que têm capacidade de produção abaixo de 50 mil toneladas por ano e projetos de renovação e expansão com capacidade inferior a 20 mil toneladas por ano também serão restringidos.
Separadamente, a China limitará os projetos de processamento de ouro com capacidade de menos de 200 toneladas por dia e eliminará gradualmente projetos de óxidos de terras-raras com capacidade de menos de 2 mil toneladas por ano.
Enquanto isso a China dará suporte os projetos de mineração em andamento, especialmente os que envolvem perfuração profunda, destacou a NDRC.
O governo também incentivará o desenvolvimento de tecnologias que oferecem alta eficiência, baixo consumo de energia e menos poluição - bem como novas tecnologias de refino.
A reciclagem de metais, bem como a produção de material a partir de metais não ferrosos para tecnologia de informação, também serão promovidas, afirmou a comissão, junto com energia nova, trânsito de massa, e manufaturas de alta qualidade. As informações são da Dow Jones.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Minérios novamente em alta [Entrevistas com Eugênio Victorasso, presidente do Simineral]

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[ 19/04/2011 ] [Diário do Pará - B / Mauro Bonna - 09 ] 

Mineração respondeu por 86% das exportações paraenses em 2010

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[ 25/04/2011 ] [EcoAmazônia - Online ] 


Os resultados comerciais obtidos pela produção mineral e as oportunidades de crescimento no Estado foram apresentados, nesta terça-feira (19), durante café da manhã comandado pelo Sindicato das Indústrias Minerais (Simineral) e o Instituto Brasileiro de Mineral (IBRAM). O encontro aconteceu no hotel Regente e recebeu representantes de empresas mineradoras de cobre, bauxita, aço, ferro e caulim atuantes no Pará, e a imprensa.
No Pará, 86% da exportação, em 2010, estão relacionados à produção e transformação mineral. No período, todos os minérios registram aumento no volume de produção e foi registrado um crescimento de 25% na criação de postos de trabalho - em vagas distribuídas em todas as regiões do Estado. Outro dado positivo foi a arrecadação de impostos, com destaque para o município de Parauapebas, que recebeu 230 milhões de reais de compensação financeira pela exploração de recursos minerais (CFEM).
"Outros municípios mineradores como Canaã dos Carajás, Oriximiná e Juruti têm valores representativos se comparados aos investimentos previstos pelas esferas governamentais. Com isso, abrem-se diversas oportunidades de negócios e empregos no Pará", afirmou Eugênio Victorasso, presidente do Simineral.
Em Barcarena, as indústrias instaladas também apresentam um ritmo de retomada. Segundo Nelson Delgado, presidente da Assemb, "a expectativa para 2011 é a melhor possível. Vamos reforçar o contato com as empresas que já fazem parte da Associação hoje e temos a previsão de novos parceiros, que estão chegando a Barcarena em diversos empreendimentos. Isso fortalece a mineração e, por consequencia, a lurgia".
O principal produto exportado pela indústria extrativa mineral do Pará foi o ferro, com 85 milhões de toneladas, o que corresponde a quase 7 bilhões de dólares em investimento. Em seguida o cobre, com mais de 700 milhões de dólares; manganês, com 326 milhões de dólares; e o caulim, com cerca de 270 milhões de dólares.
Já na indústria de transformação, a líder foi a alumina, com quase 5 milhões de toneladas exportadas, resultando no investimento de 1,3 bilhão de dólares. Na segunda colocação ficou o alumínio, com cerca de 900 milhões dólares; e em terceiro lugar o ferro gusa, com 375 milhões de dólares em negócios.
Brasil - Dados do IBRAM revelam que o minério de ferro é responsável por mais de 80% da exportação brasileira de produtos minerais. O principal destino dessa produção é a China, seguida pelo Japão, Alemanha e Estados Unidos.
"O setor mineral receberá investimentos nunca antes vistos. Até 2015, cerca de 65 bilhões de reais serão investidos na mineração", detalhou Paulo Camillo Penna, presidente do Instituto.
De acordo com o levantamento do IBRAM, a recuperação econômica após o ano de 2009 e o visível crescimento no nível de produção de minério no Brasil se contrapõe às pesquisas geológicas realizadas no setor. Hoje, países como Peru, Canadá, México investem muito mais na investigação de novos territórios de mineração do que o Brasil. "Apenas 20% do nosso vasto território é estudado. A ampliação de postos de pesquisa resultaria em crescimento na produção, assim como a geração de postos de trabalhos e todos os demais benefícios oriundos da atividade mineradora", argumentou Paulo Camillo.

Fonte: Redação EcoAmazônia.

Pará é campo fértil para metalúrgicos

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Escrito por Izabelle Araújo
Seg, 25 de Abril de 2011 17:08
Com o advento da revolução industrial na Europa e, mais tarde, em outros países do mundo, muitos trabalhadores deixaram o campo e ganharam as cidades em busca de emprego. Nesse momento, surgiu o operário, encarregado da produção nos mais variados tipos de indústria. A especialização no trato com metais deu origem a uma das classes trabalhadoras mais numerosas do Brasil, os metalúrgicos, que são homenageados nacionalmente no dia 21 de abril.
No Pará, a cidade de Barcarena tornou-se campo fértil para a expansão desta atividade por conta do pólo industrial que se firmou lá a partir da década de 1980. Pioneira deste processo, a Alumínio Brasileiro S.A (Albras), fábrica de alumino primário que deu início ao parque industrial da região, possibilitou inserção da mão-de-obra neste mercado, que até então era desconhecido pela população local. Hoje, o município é terra de oportunidades para quem quer seguir a carreira.
O técnico em metalurgia e gerente operacional da Albras, Geraldo Antônio dos Santos, fez essa opção há 21 anos, quando veio de Ouro Preto (MG) para trabalhar na fábrica recém-criada. Visitas a fábricas mineiras o fizeram escolher o campo da metalurgia, mas a paixão pela profissão cresceu com a experiência de trabalho que ele ganhou na empresa. “Há sempre algo a explorar na nossa profissão, todo dia aprendemos algo novo”, comenta Geraldo. Ele ressalta que hoje o mercado exige mais do que a visão técnica, e sim um conhecimento sobre a gestão de pessoas, que ele conseguiu no cargo de gerência. “Hoje temos que saber coisas que vão além da nossa formação, como lidar com as diferenças. É sempre um desafio, mas muito importante para o crescimento profissional”, completa.
Quem fez o caminho inverso também se orgulha de ser metalúrgico. O operador de produção Daniel Costa Lima já trabalhava há 10 anos na Albras quando ingressou no curso técnico de metalurgia do Instituto Federal do Pará (IFPA, antigo CEFET) e hoje colhe os frutos da qualificação. “O curso ampliou meus conhecimentos e me deu mais facilidade para lidar com o trabalho”, explica Daniel. Segundo ele, para quem passa a maior parte do dia na fábrica é importante trabalhar com satisfação. “Tenho a empresa como a segunda família, pois gosto do meu trabalho e do círculo de amizades que construí”, conta. Falando para os metalúrgicos que estão ingressando na profissão agora, ele não tem dúvidas de que está no lugar certo. “Barcarena tem futuro para a nossa profissão. Quem quer ser metalúrgico tem mais chances aqui”, convoca Daniel.

A expectativa da canadense Colossus, que explora mecanicamente o garimpo de Serra Pelada, é retirar três toneladas de ouro por ano, além de p latina e paládio.

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[ 26/04/2011 ] [O Liberal - Atualidades / Repórter 70 - 03 ] 

Estão abertas as inscrições para o Programa de Formação Profissional da Vale 2011.

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[ 26/04/2011 ] [O Liberal - Poder - 07 ] 

Mineração promete investir USS 64,8 bilhões até 2015

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[ 25/04/2011 ] [O Cidadão - 1º Caderno / Política - 03 ] 
 

Vale abre inscrições para 400 vagas de estágio e m vários estados

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[ 25/04/2011 ] [O Liberal - Poder - 08 ] 

Parauapebas discute em aundiência a implantação da mina do Alemão

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25/04/2011 ] [O Liberal - Polícia / Sul e Sudeste do Estado - 06 ] 

O Ministro Edson Lobão participará do Encontro sobre Mineração em Marabá no dia 13 de maio

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[ 24/04/2011 ] [Diário do Pará - Negócios /Mauro Bonna - 08 ] 

Estudo elabora diagnóstico das áreas protegidas na Amazônia

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[ 23/04/2011 ] [O Liberal - Atualidades - 11 ]

Governo federal regulariza Serra Pelada

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[ 23/04/2011 ] [O Liberal - Polícia / Sul e Sudeste do Estado - 06 ] 

IFPA lança programa de preparação para o mercado de trabalho

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[ 23/04/2011 ] [O Liberal - Atualidades - 09 ]

Vale abre 815 vagas em programa de formação

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[ 23/04/2011 ] [O Liberal - Polícia / Sul e Sudeste do Estado - 06 ]

Pará na liderança mineral com o cobre

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[ 20/04/2011 ] [Diário do Pará - A / Pará - 10 ]

Setor mineral vai investir 64,8 bilhões de dólares

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[ 20/04/2011 ] [Diário On Line - Plantão ]


O setor de mineração projeta investimentos totais de 64,8 bilhões de dólares no Brasil até 2015. A informação, dada ontem em Belém pelo presidente do Instituto Brasileiro de Mineração, Paulo Camillo Penna, tem por base levantamento realizado pelo próprio Ibram junto às mineradoras do país. O valor é 4% maior que o registrado no último estudo, feito em agosto do ano passado e que chegou à cifra de 62 bilhões de dólares para investimentos do setor no período de 2010 a 2014.
Mais que o montante dos investimentos, porém, o que chama a atenção no levantamento do Ibram é a presença cada vez mais vigorosa do Pará no setor mineral brasileiro. Do total a ser investido até 2015, o Ibram apurou que quase dois terços - cerca de 65% - estarão concentrados em território paraense. No ano passado, convém lembrar, a indústria de produção e transformação mineral respondeu por nada menos que 86% do total das exportações do Pará, comportamento que vai se repetindo também neste início de 2011.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração, o Pará deverá absorver, até 2015, 41,7 bilhões de dólares de investimentos do setor mineral, sendo a maior parcela, de 27 bilhões de dólares (65% do total), na indústria extrativa, vindo em segundo lugar, e com participação crescente, a indústria de transformação, com 11,3 bilhões de dólares (27%). Os investimentos em infraestrutura e transportes deverão alcançar 2,7 bilhões de dólares. No mesmo período, as aplicações em projetos de reflorestamento e produção de óleo de palma vão mobilizar recursos da ordem de 685 milhões de dólares.
Paulo Camillo Penna disse ontem que o Ibram mantém uma expectativa bastante otimista sobre o comportamento do mercado mundial de minérios. O crescente interesse por empreendimentos no setor, segundo ele, tem como pano de fundo o cenário de demanda aquecida e de preços elevados. “O setor aposta que a demanda vai continuar forte”. (Diário do Pará)

Pará na liderança mineral com o cobre (Cita MRN)

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[ 20/04/2011 ] [Diário On Line - Plantão ] 

Pará na liderança mineral com o cobre (Cita MRN)
Além das cinco grandes jazidas confirmadas na região no sul do Pará, uma das quais já em produção e as demais com entrada em operação prevista para até 2015, a Vale S.A. descobriu outros três grandes depósitos de cobre na província mineral de Carajás. Como as pesquisas estão hoje fortemente concentradas naquela região, que ainda é considerada pouco conhecida do ponto de vista geológico, a companhia trabalha ainda com a perspectiva de novas descobertas, envolvendo não apenas cobre, mas contemplando também a possibilidade de outros minérios.
A informação foi dada ontem, em Belém, pelo presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), Eugênio Victorasso. Ele participou, pela manhã, de um café de trabalho com a imprensa da capital para apresentação, em conjunto com o Ibram - Instituto Brasileiro de Mineração-, da segunda edição do Balanço Mineral do Pará, publicação anual que contém os principais indicadores do setor. Do encontro, participaram também representantes das empresas que integram o Simineral – Alcoa, Mineração Caraíba, Cadam, Mineração Rio do Norte, Imerys, PPSA, Vale e Mineração Buritirama.
Eugênio Victorasso informou que a visão global da Vale tem como meta alcançar, até 2017, a produção anual de um milhão de toneladas de cobre contido, em suas diversas minas dentro do Brasil e também no exterior. Desse total, conforme frisou, a maior parte será produzida no Pará, com um volume que ele estimou de 600 mil a 700 mil toneladas, no mínimo.
O presidente do Simineral, que é também gerente geral da Vale, revelou que os três novos projetos em pesquisa pela mineradora na região de Carajás são Paulo Afonso, Furnas e Polo, este último no município de Parauapebas e os dois primeiros na divisa de Parauapebas com Marabá, ocupando áreas pertencentes aos dois municípios. “São três projetos de pesquisa que certamente vão se confirmar como grandes depósitos”, acrescentou.
A primeira mina de cobre implantada no Pará foi a do Sossego, em Canaã do Carajás. Inaugurada no dia 2 de julho de 2004 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela produz atualmente cerca de 120 mil toneladas de cobre contido. Localizada no município de Marabá, a mina do Salobo, por enquanto a maior de todas, deverá entrar em operação no final deste ano. Ela será implantada em três fases, cada uma com capacidade de produção para 100 mil toneladas. A ideia é que a mina possa alcançar, no máximo até 2017, sua produção plena, de 300 mil toneladas.
De acordo com Eugênio Victorasso, a Vale começa a implantar ainda este ano a mina de cobre do Cristalino, no município de Curionópolis. A previsão é de que ela possa entrar em operação no final de 2013 ou início de 2014, com produção anual em torno de 90 a 100 mil toneladas.
O projeto seguinte será provavelmente o do Alemão, em Parauapebas, onde a Vale explorou, na década de 1990, a mina de ouro do Igarapé Bahia. Ao contrário dos outros empreendimentos de cobre projetados pela empresa na região de Carajás, todos com minas a céu aberto, o Alemão será explorado por mina subterrânea e deverá produzir 80 mil toneladas de cobre contido por ano.
Também em processo de licenciamento, o quinto empreendimento de cobre a ser implantado pela Vale é o do 118, em Canaã do Carajás, a uma pequena distância do Sossego. Com características singulares, conforme frisou Eugênio Victorasso, o 118 comportará dois projetos distintos. O primeiro, com mina de cobre oxidado a céu aberto, para a produção de anodo. No segundo projeto, a Vale vai extrair o cobre sulfetado com a operação de uma mina subterrânea.
BALANÇO
As projeções para o setor mineral no Pará e no Brasil, a partir de minas já em produção e de depósitos em estudo, estão no “Balanço Mineral do Pará”, estudo apresentado ontem em Belém pelo Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará, o Simineral.
MINAS DE COBRE IMPLANTADAS NO PARÁ
Mina do Sossego: Canaã dos Carajás (desde 2004) Produção de 120 mil toneladas de cobre contido
Mina do Salobo: Marabá Começa a operar no final desde ano, com previsão de produção de 300 mil toneladas até 2017.
PROJETOS EM PESQUISA NA REGIÃO DE CARAJÁS
- Paulo Afonso e Furnas, ambos na divisa de Parauapebas com Marabá
- Polo, no município de Parauapebas
PROJETOS EM IMPLANTAÇÃO
Mina do Cristalino: Curionópolis Previsão de operação até 2014, com produção de 100 mil toneladas Mina do Alemão: Parauapebas Perspectiva de produção de 80 mil toneladas
Mina 118: Canaã do Carajás Vai explorar cobre sulfetado. (Diário do Pará)