terça-feira, 26 de julho de 2011

Canadenses fazem 'corrida do ouro' no Maranhão.

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26/07/2011

Atraídas por uma alta nos preços dos minérios de até 200% entre 2005 e 2010, empresas estrangeiras, sobretudo as canadenses, estão avançando sobre jazidas brasileiras em busca dessas riquezas e começam a redesenhar o mapa da mineração no país. Há pelo menos cinco projetos em desenvolvimento que somam investimentos de US$ 7,3 bilhões até 2015/2016. Todos eles em regiões sem tradição mineral ou onde a atividade mineradora tinha como foco substâncias distintas das que estão sendo exploradas hoje. No radar das multinacionais está um amplo leque de elementos, de minério de ferro a ouro, passando por minerais considerados estratégicos pelo governo, como o potássio, usado na fabricação de fertilizantes e cuja produção nacional não atende a sequer 10% do consumo.

O ouro, que superou a marca de US$ 1.600 a onça-troy (31,1g) na semana passada, viu seu preço médio saltar 200% entre 2005 e 2010. Isso motivou dois projetos numa área remota no Maranhão, conhecida como Gurupi, no noroeste do estado, onde se pratica garimpo ilegal. Juntas, as duas novas minas vão produzir 210 mil onças por ano ou seis toneladas anuais, 10% da produção nacional em 2010.

Um dos projetos é da Aurizona, controlada pela canadense Luna Gold, que já investiu cerca de US$ 64 milhões na unidade. A operação começou em junho de 2010, marcando o início da produção de ouro em escala comercial no Maranhão. Sua concorrente, a Jaguar Mining deve iniciar a atividade em 2013, com investimento de US$ 277 milhões. A empresa é um exemplo de como o capital estrangeiro abre seu caminho no Brasil. Ela foi fundada no Canadá em 2002, por engenheiros brasileiros que se associaram a um grupo americano, e só atua no Brasil.

Potássio – Na quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff cobrou de Vale e Petrobras um acordo para viabilizar o aumento da produção de potássio em uma mina de Sergipe, que foi arrendada pela estatal à mineradora. Desentendimentos entre as empresas impediam a renovação do contrato, comprometendo a expansão da única fonte produtora do mineral no Brasil hoje. Também está em discussão uma parceria entre as companhias para viabilizar a exploração de potássio em jazida da Petrobras jamais explorada no município de Nova Olinda do Norte (AM), localizado em uma região apontada por especialistas como uma das três maiores reservas mundiais de potássio, ao lado de áreas no Canadá e na Rússia.

É justamente nessa pequena cidade de apenas 30 mil habitantes que está sendo desenvolvido um dos novos projetos de mineração que estão mudando a geografia do setor no país. De responsabilidade da Potássio do Brasil, do grupo canadense Forbes and Manhathan, o projeto deverá demandar até US$ 4 bilhões para iniciar a operação, prevista para 2015/2016. A empresa já investiu US$ 20 milhões em pesquisa, com oito perfurações até agora, que resultaram na primeira descoberta de potássio em 30 anos na região. A expectativa é produzir entre dois milhões e quatro milhões de toneladas do mineral por ano, o que representará entre 20% e 40% da produção nacional esperada para 2016.

Dilma vetou canadense em 2008

A reserva da Potássio do Brasil fica a apenas 10 km da jazida da Petrobras, cobiçada pelo grupo canadense no passado. A Forbes and Manhathan, por meio de sua subsidiária Falcon Metais, chegou a vencer uma licitação feita pela estatal em 2008, mas a vitória de um grupo estrangeiro desagradou Dilma Rousseff, então ministra-chefe da Casa Civil, que, com aval do ex-presidente Lula, pressionou pelo cancelamento do leilão. O grupo canadense decidiu então requerer licenças diretamente ao Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), com as quais explora uma área de 300 mil hectares hoje.

“Comprar a reserva da Petrobras seria um atalho, mas não desistimos do projeto, e ele vem dando certo”, disse o diretor-executivo da Potássio do Brasil, Helio Diniz, que ainda mantém interesse na jazida da estatal, caso seja leiloada de fato.

O projeto da Potássio Brasil é apenas uma pequena mostra do apetite dos investidores estrangeiros. Levantamento do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) revela que no período 2011-2015 serão investidos US$ 68,5 bilhões no setor, dos quais cerca de 30% virão de fora. O cálculo inclui não apenas novos projetos, como também expansões. Não há restrições para investimento estrangeiro em mineração, segundo o DNPM. A Vale, sozinha, deve investir aproximadamente US$ 13 bilhões em mineração este ano no país.

“Há demanda crescente por minerais no mundo, o que tem elevado os preços. Isso desperta interesse dos investidores, nacionais e internacionais, por áreas antes despercebidas. O aporte de recursos só vai aumentar”, afirmou o gerente de dados econômicos do Ibram, Antonio Lannes.

O preço médio da tonelada de potássio, por exemplo, passou de US$ 192 em 2005 para US$ 374 em 2010, alta de 95%.

“O setor de mineração é de alto risco. O Canadá tem tradição de investir nesse segmento e facilidades de captação de recursos”, explicou o vice-presidente de geologia e engenharia da Jaguar Mining, Adriano Nascimento

As canadenses também estão se voltando para o agreste alagoano. Por meio de sua subsidiária Mineração Vale Verde, a Aura Minerals está implantando um projeto de cobre associado a minério de ferro em Craíbas, cidade a 150 km de Maceió que hoje vive da agricultura. A descoberta fora realizada pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) nos anos 70, e os dados foram entregues à Vale, então estatal. Em 2007, o grupo comprou os dados da mineradora e espera concluir o estudo de viabilidade econômica em breve.

O presidente da Vale Verde Mineração, Carlos Bertoni, está tão confiante que já entrou com o pedido de concessão de lavra no DNPM e espera obtê-la em três meses. O investimento chegará a US$ 500 milhões, e a produção estimada é de 250 mil toneladas de cobre e 1 milhão de toneladas de minério de ferro por ano a partir de 2014.

Cazaquistão: interesse em urânio?

Apesar de os canadenses dominarem as investidas, o Brasil desperta interesse em países mais distantes. Em 2010, a ENRC, do Cazaquistão, comprou a Bahia Mineração, de olho numa reserva de minério de ferro em Caetité (BA), conhecida pela exploração do urânio que abastece nossas usinas nucleares. A coincidência levanta suspeitas de que o real interesse da empresa seja o urânio. Mas o presidente da ENRC no Brasil, José Francisco Viveiros, assegura que o foco é o ferro. O investimento é de US$ 2,5 bilhões e se junta a outras investidas de estrangeiros na Bahia. A australiana Mirabela produz níquel em Itagibá desde 2009. É a segunda mina de níquel a céu aberto do mundo.
Jornal Pequeno

Entrevista - Petrobras vai arrendar mina em SE à Vale até setembro.

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26/07/2011

RIO DE JANEIRO - A Petrobras deve repassar até setembro a concessão de minas de sais de potássio que tem em Sergipe à Vale, informou o presidente da estatal à Reuters, após o evento de divulgação do plano de negócios da companhia até 2015, que prevê investimentos de 224,7 bilhões de dólares em cinco anos.

José Sergio Gabrielli disse que não faz parte dos planos da Petrobras explorar minas de potássio no Brasil e por isso outra concessão do mineral, em plena Amazônia, também deverá ser desenvolvida por terceiros. Segundo ele, o destino dessa outra área ainda está sendo definido pelo Ministério de Minas e Energia.

"Em 30, 40 dias fechamos as condições para repassar os direitos minerários (de Sergipe) para a Vale... A área na Amazônia está em análise no ministério", afirmou Gabrielli.

Ele explicou que a atuação da Petrobras no setor de fertilizantes será focada em uréia e amônia. A Petrobras vai fornecer, no entanto, gás natural para o projeto da Vale, o que também está sendo negociado.

A Petrobras pretende eliminar a dependência externa do Brasil por amônia em 2015. Atualmente, o país importa 53 por cento do volume que consome. A dependência da uréia importada será reduzida dos atuais 53 por cento para 28 por cento em 2015, segundo o plano de negócios da companhia para o período 2011-2015.

SEM EMISSÕES

No plano, a empresa informou que reduziu o orçamento de investimentos em 2011 de 93 para 84,7 bilhões de reais, o que diminui também a necessidade de captação de recursos no mercado este ano.

"Ao reduzir esses investimentos (de 2011), é muito improvável uma emissão esse ano, só se tiver uma oportunidade muito boa", disse.

Mesmo com investimentos menores e alguns planos de desinvestimento, Gabrielli garantiu que a empresa vai avaliar as áreas de petróleo que serão ofertadas na 11a rodada de licitações do governo brasileiro, prevista para este ano, e se houver boas oportunidades fará lances, "como fazemos todo ano", ressaltou.

VENDA DE AÇÕES

Por outro lado, a empresa vai se desfazer de participações em blocos, principalmente no exterior.

"Áreas aderentes do portfólio com aquilo que você tem condições de capturar mais recursos, predominantemente no exterior", limitou-se a informar.

Outra maneira de fazer caixa será a venda de participações em empresas que não sejam o 'core business' da Petrobras, disse Gabrielli.

"Vamos buscar sócios em empresas nossas, sócios que tenham interese em determinados negócios que não são tão importantes pra gente", afirmou, sem dar exemplos. "Vamos vender ações de alguma empresa em que temos participação", reforçou.

O caixa da companhia, maior preocupação dos analistas que acompanham a empresa, não tira o sono de Gabrielli, que prevê receita crescente para a empresa em um cenário de preços do petróleo em alta.

Além de vendas maiores para o mercado interno --o que fez a empresa mudar a vocação das suas futuras refinarias de exportadoras para atendimento do mercado brasileiro--, a Petrobras conta com aumento expressivo de exportações a partir de 2015, quando deve estar vendendo quase 1 milhão de barris diários para o mercado externo.

"Vamos ter uma exportação gigantesca a partir de 2015 e maior ainda em 2020", destacou Gabrielli.

Segundo o novo plano, as exportações de petróleo, hoje em torno dos 300 mil barris diários, subirão para 997 mil diários a partir de 2015 e para 2,3 milhões de barris diários em 2020.

ELEIÇÕES

Nome frequentemente citado pelos jornais para disputar cargos eletivos pelo Partido dos Trabalhadores, Gabrielli negou especulações de que vá disputar a prefeitura de Salvador em 2012, mas foi menos categórico em relação a uma possível candidatura em 2014.

"Não há a menor possibilidade de me candidatar a Salvador em 2012... Em 2014 (governador) não sei, está muito longe", finalizou o executivo, que viaja na próxima semana para grandes centros financeiros, como Londres e Nova York, para apresentar o novo plano da estatal a investidores.
O Estado de São Paulo

Codelco investirá US$ 3,04 bi em mina de cobre.

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26/07/2011

Plano da estatal chilena vai prolongar a vida da jazida por mais 50 anos e elevar a produção para quase 430 mil toneladas por ano

SANTIAGO - A produtora de cobre estatal chilena Codelco aprovou um plano para investir US$ 3,04 bilhões na centenária mina de El Teniente. O plano de expansão na mina subterrânea vai prolongar a vida da jazida por mais 50 anos e elevar a produção para quase 430 mil toneladas de cobre por ano.

No ano passado, El Teniente produziu 403 mil toneladas de cobre e 5,6 mil toneladas de molibdênio. A expansão deve ser concluída no fim de 2017, segundo a Codelco. A estatal chilena produziu 1,76 milhão de toneladas de cobre no ano passado, e tem cerca de 10% das reservas mundiais do metal. As informações são da Dow Jones.
O Estado de São Paulo

Brazilian Gold: uma boa aposta entre as juniores.

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26/07/2011

O Portal do Geólogo costuma acompanhar o desempenho das mineradoras nas bolsas de valores ao redor do mundo, especialmente aquelas com projetos ativos no Brasil. Uma das que nos chamou a atenção recentemente, e que pode ser uma boa aposta, é a canadense Brazilian Gold: recentemente, a júnior anunciou que o estudo econômico preliminar para o depósito São Jorge teve resultados positivos, e está avançando com os trabalhos na propriedade Rio Novo; ambas estão localizadas na província mineral do Tapajós.

Historicamente, os papéis da Brazilian Gold (BGC) eram negociados por cerca de C$ 0,30 na bolsa de Toronto, e os bons resultados os levaram a um pico de C$ 1,70, antes de se estabilizar em um patamar de C$ 1. Com capitalização de mercado na faixa de US$ 100 milhões, a Brazilian Gold tem papéis com preço bem atraente, já que os preços não andam refletindo as últimas atualizações sobre seus projetos, como a estimativa de reservas em São Jorge, que saltou de 400 mil para 800 mil onças de ouro, e a promissora área Boa Vista, cujos resultados da exploração ainda não foram divulgados mas acredita-se que abrigue depósitos superiores ao de São Jorge.

Não seria surpreendente ver os papéis da Brazilian Gold chegarem a C$ 2 ou mais, então o preço atual tem jeito de barganha...
Geólogo.com.br

Licenciamento ambiental é modernizado.

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26/07/2011

Projeto do Ibama em parceria com o Pnud ajuda órgão federal a atender a demanda que triplicou nos últimos 7 anos com o PAC

O processo de emissão de licenças ambientais federais para obras de infraestrutura, cuja demanda cresceu substancialmente nos últimos anos devido à implantação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), está mais moderno e, conseqüentemente, mais ágil e eficiente. Nos últimos sete anos, a demanda por licenciamento ambiental junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) triplicou, segundo o órgão. Em 2010, um total de 1.675 processos tramitava à espera de autorização. Desse total, 20% eram demandas de empreendimentos integrantes do PAC.

Para desempenhar com eficiência esse crescente acúmulo de atividades sem perder de vista as diretrizes estratégicas de sustentabilidade ambiental, o Ibama firmou uma parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Dentre as ações implementadas, destacam-se a criação do Centro de Licenciamento Ambiental Federal, hoje transformado em diretoria, e a implantação de 27 núcleos de licenciamento ambiental, instalados junto às superintendências do Ibama nos estados. Esses núcleos facilitaram a desconcentração das ações de licenciamento e aumentaram a eficiência do órgão nessa atividade.

“O projeto contribuiu bastante para a implantação e o desenvolvimento de tecnologias voltadas ao licenciamento ambiental, uma atividade relativamente nova no país”, avalia Alexandre Brasil, oficial de programas do Pnud. Só de janeiro de 2010 a maio de 2011, foram emitidos 653 atos autorizativos, que incluem licenças prévias, licenças prévias de perfuração, licenças de instalação, licenças para pesquisa sísmica, licenças de operação e autorizações. A agilidade conquistada no processo, segundo o coordenador, foi fundamental para que o país avançasse no seu propósito de aliar desenvolvimento e sustentabilidade.

As áreas beneficiadas pelo licenciamento – energia elétrica, dutos, transportes, mineração, obras civis e petróleo e gás – também refletem as demandas geradas pelo PAC. Além disso, exigiram do Ibama especialidades que os profissionais do Instituto não tinham, como análise de risco, geotecnia, geologia do petróleo e hidrologia. Foi nesse aspecto que o projeto de cooperação auxiliou, ao fornecer consultoria e capacitação técnica através da contratação de profissionais habilitados.

Serviços online

Outra ação decorrente do projeto resultou na criação de um sistema de gestão da informação, materializado na construção de um website dedicado ao processo de licenciamento ambiental. Com isso, diversos serviços e informações passaram a ser disponibilizados online, facilitando também o acompanhamento do andamento dos processos pela internet.

O sistema possui três interfaces: a área pública, via website do Ibama, que disponibiliza informações gerais e específicas sobre o andamento dos processos de licenciamento (incluindo visualização do empreendimento e de documentos); a área de trabalho do empreendedor, que permite acompanhar o processo, solicitar licenças, acessar documentos e licenças/autorizações, enviar e emitir boletos; e a área restrita aos técnicos e gestores do licenciamento, que permite a inclusão de documentos elaborados, atualização de processos, inclusão de editais de audiências públicas e outros documentos pertinentes ao procedimento.

Esse sistema atua como instrumento de articulação entre o governo, a sociedade e os empreendedores, dá transparência ao processo de licenciamento ambiental federal e serve como fonte de informações atualizadas sobre o licenciamento.
Portal do Agronegócio

Commodities: Governo dá início a plano para novo complexo elétrico.

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26/07/2011

Projeto para construção de quatro usinas no rio Tapajós foi classificado como estratégico e de interesse público
Empreendimentos visam afastar riscos de apagões e gerar competição no setor, para diminuir tarifas

Depois de Belo Monte, as fichas do governo federal no setor elétrico estão nas quatro usinas do complexo do rio Tapajós, que vai do Amazonas até o Pará. O projeto foi declarado como estratégico, de interesse público, estruturante e prioritário para efeito de licitação e implantação, o que dá facilidades ao empreendimento.

Com esse enquadramento, o governo espera concluir, o quanto antes, o cinturão de usinas que, na teoria, vai resguardar o país de problemas energéticos, uma das maiores ambições de Dilma.

Os demais empreendimentos estratégicos nessa área são: Belo Monte, no Xingu (PA) , Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira (RO), além de Teles Pires, no rio Teles Pires (MT). Juntas, terão potência instalada de cerca de 25,6 mil MW (megawatts).

O complexo do Tapajós terá potência instalada de mais de 6.000 MW (megawatts). As usinas são: São Luiz do Tapajós, Jatobá, Jardim do Ouro e Chacorão. A decisão do enquadramento de ontem prevê que ela seja concluída a partir de 2015, mas sem data precisa. Tudo dependerá da conclusão dos estudos, data da licitação e da liberação das licenças ambientais.

A licitação do complexo de Tapajós é esperada pelo setor como uma sequência natural a Belo Monte, compondo o ciclo das grandes usinas hidrelétricas no país e dos vultosos empreendimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

O governo quer criar uma cadeia firme de geração, acompanhada de uma rede de transmissão, que deve concentrar os maiores investimentos nos próximos anos.

Além das gigantes, devem ser construídas usinas menores, auxiliares, que aproveitarão o linhão entre os quatro núcleos produtores no Pará, Amazonas e Mato Grosso.

O governo espera que os grandes empreendimentos ajudem a reduzir as tarifas de energia, cujo alto valor tem espantado indústrias de vários segmentos.

Na resolução, o governo afirma que, além de garantir o equilíbrio entre a oferta e a demanda de energia elétrica no país, as usinas irão gerar energia competitiva.

O texto determina que sejam adotadas todas as providências para concluir os estudos necessários para a licitação da usina. O setor já espera por algumas turbulências no processo de autorizações ambientais.

O Ministério de Minas e Energia e o DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) ficarão responsáveis pela liberação da área que será afetada, podendo bloqueá-la e caçar títulos minerários na região.
Folha de São Pauo

Balança comercial tem saldo positivo de US$ 16,1 bilhões.

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26/07/2011

A balança comercial brasileira acumula este ano saldo positivo de US$ 16,1 bilhões. Até a quarta semana de julho, as exportações atingiram US$ 135,8 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 119,7 bilhões. Analistas consultados pelo Banco Central estimam que o País encerrará o ano com superávit comercial de US$ 20,9 bilhões.

O resultado acumulado até agora em 2011 é 71,8% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A venda de produtos brasileiros no mercado internacional este ano subiu 31,8%. As importações, por sua vez, avançaram 27,8%.

Só em julho, o saldo comercial acumulado atingiu US$ 3,1 bilhões, o terceiro melhor resultado mensal do ano. A venda de produtos básicos, como petróleo bruto, minério de ferro e soja em grão continua sendo o grande destaque da pauta de exportações brasileira.

No caso das importações, os dados mostram que ao longo deste mês houve aumento na compra de adubos e fertilizantes (80,1%), veículos e partes (46,5%), plásticos e obras (34,4%), aparelhos eletroeletrônicos (24,3%) e equipamentos mecânicos (13,1%).

O Estado de São Paulo

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Empregados estrangeiros.

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22/07/2011

Aumento de trabalhadores do exterior é sinal de falha na educação

O crescimento da economia brasileira e as notícias de que o país já enfrenta escassez de mão de obra para atender à demanda por trabalhadores qualificados, principalmente para a indústria, têm feito do Brasil o destino de muitos estrangeiros em busca de uma oportunidade. O esfriamento da atividade produtiva nos Estados Unidos e nas economias centrais da Europa ajuda a tornar países emergentes, como Rússia, China, África do Sul e Brasil. No nosso caso, já nos tornamos o principal destino de trabalhadores latino-americanos. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) revelam que 26.545 estrangeiros obtiveram o visto para trabalhar regularmente no país no primeiro semestre. Isso representou um crescimento de 19,4% em comparação com os primeiros seis meses do ano passado. “Somos, agora, a meca do trabalho para estrangeiros”, comemora o ministro Carlos Lupi.
 
Mas essa euforia é questionável. Afinal, a chegada cada vez mais intensa de trabalhadores estrangeiros não sinaliza apenas que estamos vivendo condições mais encorajadoras do que a maioria das economias tradicionais. É também um indicador que não pode ser desprezado de que continuamos muito atrasados no mais importante dever de casa da sustentabilidade do crescimento: a oferta de boa educação básica e ampla capacidade de preparação da mão de obra para o mundo tecnologicamente evoluído e economicamente competitivo. Um olhar mais detido nos registros dos vistos concedidos a trabalhadores estrangeiros revela que expressiva maioria (88,5%) deles, ou 23.483, foram dados a pessoas com pelo menos o ensino médio completo. E nada menos do que 15.044, ou seja, mais da metade (56,7%), têm curso superior completo, sendo que 997 têm pós-graduação, mestrado ou doutorado.
 
Nem de longe há motivo para suspeitar que a chegada dos estrangeiros pode deslocar o trabalhador brasileiro para o desemprego. Não é esse o caso e é de nossa saudável tradição receber e abrasileirar todo mundo. O problema é outro, muito mais complexo. A importação de mão de obra qualificada em tal intensidade dá uma medida do quanto fracassamos em oferecer ensino de qualidade em todos os níveis, já que contamos com contingente populacional jovem numeroso. Nos últimos 20 anos, o Brasil não teve a visão de futuro necessária para estimular a formação profissional em certos campos, como os da engenharia, indispensáveis ao crescimento industrial à inovação tecnológica. Estatística do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura constata que, enquanto nos países mais desenvolvidos há de 12 a 24 engenheiros por mil pessoas economicamente ativas, no Brasil esse índice não passa de sete. Como se trata de deficiência que não se resolve de hoje para amanhã, em vez de euforia pela preferência dos trabalhadores estrangeiros, o país precisa atacar logo e com objetividade essa questão. O governo precisa tirar do papel com mais rapidez seus planos de ampliar o ensino profissionalizante, além de investir na qualidade dos ensinos médio (em geral) e fundamental, para que nossos jovens cheguem à universidade com base mais sólida de conhecimentos e, portanto, aptos a absorver qualificação científica e técnica. O descaso com essa prioridade pode ser deixar de gerar empregos para os de fora e até mesmo para os nossos.
Estado de Minas

Mais quantidade.

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22/07/2011

AEB projeta aumento de US$ 6 bi no superávit, mas lastreado em commodities

A Associação de Comércio Exterior (AEB) reviu para cima, de US$ 20 bilhões para US$ 26,260 bilhões, sua projeção para o saldo comercial do país este ano. No entanto, o vice-presidente da instituição, José Augusto de Castro, pondera que a notícia só é boa em termos quantitativos. Afinal, a ampliação de US$ 5,9 bilhões no superávit projetado pela AEB representará expansão de US$ 10 bilhões nas vendas de minério, deduzidas as perdas provocadas pela elevação das importações de manufaturados. O minério de ferro sozinho passará a representar 15,9% do total exportado pelo país.

"A balança comercial continua sendo sustentada pelas commodities, que já representam 71% da pauta de exportações. Fomos favorecidos pelo aumento dos preços daqueles produtos primários, mas não temos nenhuma influência em sua formação. Ou seja, se houver mudança no quadro internacional não poderemos fazer nada", alerta.

Ainda sobre o elevado grau de concentração no setor exportador, Castro contabiliza que 36% do que o país exporta se referem apenas a três produtos (primários): minério de ferro, petróleo (e seus derivados) e soja. "O petróleo superou a soja e ocupa o segundo lugar, mas em detrimento de aviões e outros produtos sofisticados", critica.

Para o vice da AEB, a nova política industrial que o governo pretende anunciar em breve "não provocará nenhuma mudança neste cenário", sobretudo por causa do câmbio valorizado. "A dependência brasileira das commodities está ainda mais visível em 2011, pois os 10 principais produtos exportados são primários e, entre os 20 mais vendidos, 16 são commodities. Além disso, pela primeira vez o principal produto manufaturado será uma commodity: o óleo combustível".
Monitor Mercantil

Commodities: Brasil duplica importações de alumínio.

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22/07/2011

Com real valorizado e alto custo de energia, sai mais barato para as indústrias comprar o insumo do exterior
País não tem nova fábrica desde 1985, apesar de ser produtor do minério que é usado como matéria-prima

O Brasil inverteu sua vocação de exportador de alumínio primário para importador, pela primeira vez.

A queda na produção do país e a alta do consumo fizeram as importações duplicarem no primeiro semestre, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Aliado à queda de 21% nas exportações, o aumento de 99% nas compras reduziu o superavit do setor a US$ 21 milhões no semestre. No mesmo período de 2010, o superavit foi de US$ 424 milhões.

Com o real valorizado, sai mais barato para as empresas comprar o insumo no exterior do que investir em novas fábricas no Brasil.

O setor culpa também os altos custos da energia, pois eles tornaram a produção nacional pouco competitiva. Nenhuma fábrica de produção de alumínio primário no país foi construída desde 1985.

Ao contrário, projetos em funcionamento foram fechados nos últimos anos. Recentemente, a Novelis encerrou a produção de sua fábrica em Aratu (BA), que fornecia mais de 50 mil toneladas por ano.

A Rio Tinto escolheu o Paraguai para a construção de sua nova unidade. A Vale vendeu seus ativos de alumínio no país para a norueguesa Norsk Hydro.

Com o fechamento de fábricas, a produção interna de alumínio primário caiu 7% no primeiro semestre, somando 709 mil toneladas, segundo a Abal (Associação Brasileira do Alumínio). Com o aumento do consumo, estimado em 13% em 2011 pela entidade, a saída é comprar do exterior.

A Novelis prevê importar 40 mil toneladas de metal para complementar o suprimento interno neste ano.

A Vorantim Metais, antiga Cia. Brasileira do Alumínio, também recorre ao exterior para abastecer a demanda.

"Importamos material semitransformado para fazer acabamento dentro de nossas operações industriais em decorrência do atraso na expansão da produção de alumínio em nossa fábrica. Isso porque ainda não temos energia com preço competitivo para concluir esse projeto", afirmou a empresa, em nota.

"Temos a terceira maior reserva de bauxita do mundo, mas passaremos a exportar o minério sem valor agregado em vez de vendermos alumínio, se as coisas continuarem nesse rumo", diz Adjarma Azevedo, presidente da Abal.

Para ele, em 2012 o consumo de alumínio primário estará no mesmo patamar da oferta e, em 2013, a balança será deficitária. Em produtos acabados, como folhas e chapas de alumínio, as importações já superam as vendas.

A indústria nacional está demandando mais alumínio para produzir lata de bebidas, chapa para embalagens, fio e cabo para transmissão de energia, perfil para construção civil e peça para veículos.

"São indústrias com um crescimento bem alto e, para suprir essa demanda, têm de importar", diz Cristiane Mancini, analista da Lafis.

SOLUÇÃO DISTANTE

Abal e governo federal debatem medidas para estimular o setor na nova política industrial. Mas, segundo Mancini, só uma mudança no custo da energia resolveria.

A solução pode estar no gás do pré-sal. "Mas isso ainda é realidade distante", afirma Alexandre Rangel, diretor da Ernst & Young.

No Brasil, o MWh (megawatt-hora) custa, em média, R$ 37 para a indústria. Na China e no Oriente Médio, esse custo é de R$ 17 e R$ 20, respectivamente, segundo a Lafis. A energia representa de 25% a 40% do custo de produção do alumínio, segundo a Ernst & Young.
Folha de São Paulo

Brasil exporta 75% da produção em 2010.

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22/07/2011

Segundo dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a produção de ouro brasileiro somou 61 t em 2010, sendo que 46 t ou 75% foram exportadas. Em receita, as exportações renderam valor recorde de US$ 1,79 bilhão. A expectativa é que as vendas ultrapassem os US$ 2 bilhões em 2011. O ouro nacional teve como principais destinos o Reino Unido (43%), Suíça (28%), Estados Unidos (21%) e Canadá (2%). Mais de 70% do ouro brasileiro vai para o sistema financeiro, já que Reino Unido e Suíça compram mais de 70% e são sedes de bancos mundiais. O World Gold Council (Conselho Mundial do Ouro) informa que na última década cresceu a participação do ouro nas reservas financeiras mundias. O estoque da China saltou de 395 t para 1.054 t, o que corresponde a 1,6% das reservas mundiais. A Índia e a Rússia atingiram 557,7 t e 1.040 t, o que representa 8,2% e 7,8% das reservas globais, respectivamente.
Brasil Mineral

DNPM obtém direito de pleitear minerais.

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22/07/2011

Mudanças na Portaria SRF nº 555/2002 estabelece procedimentos para destinação de bens apreendidos, abandonados ou disponíveis, administrados pela Secretaria da Receita Federal.

A Portaria RFB/MF nº 3.010/2011, que estabelece critérios e condições para destinação de mercadorias abandonadas, entregues à Fazenda Nacional ou objeto de pena de perdimento, revoga a Portaria SRF nº 555/2002, e traz novos disciplinamentos para a destinação de mercadorias no âmbito da Receita Federal, inclusive novo entendimento disciplinado no art. 43, § 3º, letra “E”, que direcionou ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) os bens minerais em geral ou fósseis apreendidos pela Receita Federal.

De acordo com o procurador federal do DNPM, Doracy Fernandes de Almeida Junior, os entendimentos entre o DNPM e a Receita Federal do Brasil ocorreram entre os setores da Procuradoria-Geral da autarquia e a Subsecretaria de Gestão Corporativa da Receita Federal. O procurador solicitou alteração da Portaria SRF nº 555/2002, para que fosse incluído o DNPM como órgão encarregado de receber os minérios apreendidos pela Receita Federal.

Essas alterações na portaria da Receita Federal do Brasil (RFB) deverão trazer mais agilidade para o DNPM pleitear e receber os minérios e fósseis apreendidos junto às Superintendências Regionais da RFB e a destinação dos bens.

 
DNPM

Vale vai investir R$ 3,5 bi para ampliar FCA e terminal da Ultrafertil.

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22/07/2011

SÃO PAULO - A Vale planeja investir R$ 3,5 bilhões nos próximos quatro anos no aumento da capacidade de transporte de dois importantes ativos do grupo: a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e o Terminal Marítimo da Ultrafertil (TUF), em Santos (SP). Segundo o diretor de Logística de Carga Geral da companhia, Marcello Spinelli, o plano é investir em quatro terminais da ferrovia no interior de São Paulo e Minas Gerais, adquirir mais trens e ampliar o TUF, hoje com um berço, com a construção de mais três. A FCA corta sete Estados: os quatro do Sudeste mais Bahia, Sergipe e Goiás.

Os investimentos estão sujeitos à aprovação do conselho de administração da empresa e parte do valor será realizado com parceiros comerciais e parte com recursos próprios. O objetivo da Vale é tornar o terminal portuário forte na movimentação de produtos agrícolas, principalmente o açúcar vindo via ferrovia da região Oeste de São Paulo e do Triângulo Mineiro, que deve se tornar a segunda carga mais movimentada na Centro-Atlântica.

"O terminal [TUF] tem um potencial de conexão com a ferrovia único, por não ter interferência da cidade. Era a peça que faltava para fechar o corredor ferroviário da Centro-Atlântica para Santos", diz Spinelli. O TUF passou para a Vale com a compra da Ultrafertil no ano passado e a criação da Vale Fertilizantes. Na semana passada, a mineradora assinou acordo para a formação de uma joint venture com a Vale Fertilizantes para a exploração da concessão do TUF. A Vale terá uma participação de 51% na joint venture, com o pagamento de R$ 150 milhões à Vale Fertilizantes e aporte de R$ 432 milhões para financiar o plano de investimentos do terminal.

Hoje o terminal é exclusivo de importação de fertilizantes em geral. Com a construção de mais três berços, ele terá capacidade para movimentar granéis e passará a ser o maior terminal do porto de Santos. O potencial de movimentação de cargas será de até 16 milhões de toneladas anuais, e todo o adicional de movimentação ocorrerá somente por ferrovia. "O que a gente vai construir de armazenagem vai incrementar em 30% a capacidade de movimentação de granéis agrícolas no porto de Santos", diz o executivo.

Serão ampliados os terminais ferroviários da Centro-Atlântica localizados nas cidades paulistas de Ribeirão Preto e Aguaí - obras já iniciadas - e São Joaquim da Barra, que deve começar neste segundo semestre. Os três devem ficar prontos em abril. Também será construído um terminal no município mineiro de Uberlândia. As obras devem começar no fim do ano, com entrega prevista para abril de 2013.

A ampliação do porto, com o aumento dos pátios e construção de armazéns, por sua vez, deve ficar pronta em 2015. "Com esses investimentos, o açúcar deve ganhar grande importância nas cargas transportadas pela Centro-Atlântica", diz Spinelli sobre os polos agrícolas que serão atendidos pelos novos terminais ferroviários.

Também serão construídos onze quilômetros de linha férrea dentro do TUF, que permitirão que o trem entre e descarregue a carga em no máximo 6 horas, num sistema como um carrocel. "Hoje o descarregamento de cargas de um trem no porto de Santos demora 48 horas porque o trem não consegue entrar sem ser desmembrado", explica o diretor da Vale.

Um dos impactos esperados com o conjunto de investimentos é a redução do número de caminhões circulando nas estradas paulistas. Segundo cálculo da empresa, o aumento da capacidade de transporte da ferrovia poderá tirar mais de mil caminhões por dia das estradas de São Paulo. "É um investimentos extremamente importante para o Estado, devido à saturação do transporte rodoviário", diz o secretário estadual de Desenvolvimento, Paulo Alexandre Barbosa.

A Vale assinará hoje com o governo paulista um protocolo de intenções para a realização desses investimentos. A cerimônia acontece no Palácio dos Bandeirantes com a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB). O governo define sua atuação como o de indutor dos investimentos, facilitando os processos para a sua realização, como o licenciamento ambiental, trabalho que vem sendo realizado pela agência pública Investe São Paulo. "A assinatura do protocolo estabelece essa colaboração e dá a possibilidade de benefícios tributários, que precisam ser detalhados", diz Barbosa.
Valor Econômico

Boas notícias e grandes esperanças em depósito da Brazilian Gold.

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22/07/2011

A júnior canadense Brazilian Gold divulgou um estudo econômico preliminar sobre o depósito de ouro São Jorge, na província mineral do Tapajós (PA). A empresa tem uma opção de compra de 100% da área junto à Talon Metals, e o estudo foi conduzido de forma independente pela Coffey Mining; ele indica uma taxa de retorno interna do projeto de 22,9% e um valor presente líquido de US$ 99,1 milhões, considerando uma taxa mínima de atratividade de 5% e um preço médio de US$ 1.300 para a onça do ouro.

O relatório não inclui os resultados da campanha de perfurações que vem sendo conduzida em São Jorge, que vem testando abaixo e ao longo do strike das perfurações antigas. E os resultados podem ficar ainda melhores, já que a Brazilian Gold tem propriedades adjacentes a São Jorge, o que poderia levar a sinergias entre os depósitos e à construção de uma úni

Vale quer usar crédito de carbono no preço do minério.

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22/07/2011

Mineradora estuda nova fórmula para adicionar a redução do poluente ao valor do produto. O argumento é de que o insumo siderúrgico com teor de ferro de 65% diminui o uso de carvão na produção de aço.

A Vale estuda uma maneira de aproveitar a capacidade de redução de gás carbônico (CO2) de seu minério com maior teor de ferro como um aditivo de preço do produto no futuro.

Segundo o diretor de marketing, vendas e estratégia, José Carlos Martins, o foco é gerar valor a partir qualidade do insumo siderúrgico. "O aumento deve vir com a percepção da qualidade do minério", afirma.

A mineradora assegura que o teor de ferro mais elevado de seu minério faz as siderúrgicas consumirem menos coque, o carvão usado em altos-fornos para transformar o insumo em aço. Isso reduziria o custo do insumo, além de atender demandas de uma produção menos poluente.

O desafio é encontrar uma fórmula para calcular a redução de gás carbônico para que ela vire um fator de atração de cliente interessados em atingir índices de excelência em sustentabilidade ambiental e, para isso, estejam dispostos a pagar mais caro.

Para o analista Leonardo Alves, da Link Corretora, embora ousada, a proposta faz sentido ante o aumento de preço do carvão no mercado internacional. "No momento, as siderúrgicas já pagam um prêmio pelo minério da Vale. Mas, caso essa redução de gás carbônico seja comprovada, e como o carvão está caro, as siderúrgicas podem aceitar pagar mais", diz.

Adicional de preço

Caso a Vale consiga estruturar uma fórmula de precificação agregando a compensação de CO2, o movimento pode ser similar ao realizado no auge da crise 2008/2009, quando pressionou a mudança no sistema mundial de preço.

Na ocasião, a empresa passou a cobrar um valor adicional para cada 1% de ferro contido em seu minério, alegando que o insumo siderúrgico produzido por ela, na casa dos 65% de ferro, era superior ao negociado no mercado (62%).

A nova fórmula, junto com ganhos logísticos, representou um ganho de US$ 5 bilhões no faturamento da companhia. "O desafio foi trabalhar para o mercado reconhecer a qualidade do minério", conta Martins.

O executivo indica como termômetro do interesse ambiental dos clientes da Vale a operação do graneleiro Jacarandá, que reduziu em 35% a emissão de CO2 ao longo do trajeto Brasil-China.

A diminuição consistente em tempos de preocupação ambiental, segundo Martins, já desperta interesse logístico de clientes fora da rota percorrida pelo navio com capacidade para 400 mil toneladas. "É impressionante a quantidade de clientes que estão adaptando seus portos para se beneficiar de um frete mais baixo e, principalmente, da redução de carbono", afirma.

Frete menor

O preço do trajeto Austrália-China, operado pela BHP Billiton e a Rio Tinto, é 8% menor que o da Vale (Brasil-China). O custo da brasileira já chegou a estar 13% mais caro.

De acordo com o diretor de vendas, a diferença de preço para as concorrentes BHP e Rio Tinto está na casa dos US$ 10 por tonelada remetida à China. O custo do frete já chegou a ser de US$ 60 por tonelada.

Em relação ao percurso Brasil-China realizado anteriormente com navios de 300 mil toneladas, Martins diz que a entrada em operação do gigante Jacarandá derrubou em 20% o custo do frete Brasil-China.

O graneleiro, maior em tráfego nos oceanos, é o primeiro de um lote de 12 unidades encomendado à chinesa Rongsheng, em 2009, por US$ 1,6 bilhão.

A compra foi feita para substituir o antigo sistema FOB, no qual os clientes recolhiam o minério em portos brasileiros. Isto porque, no auge da crise, eles deixaram de vir buscar o produto e precisou alugar navios para transportar seu minério.

A frota vai agregar valor à mineradora no quesito posição geográfica. "Estamos associando as minas com centros logísticos, já que elas estão em média 800 km longe do mar, enquanto as australianas ficam a 300 km", diz Martins.
Brasil Econômico

Ibram: Vale levaria 5 anos para elevar produção de potássio.

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22/07/2011

Mesmo que a Vale e a Petrobras consigam chegar a um acordo sobre a exploração das minas de potássio da petroleira em Sergipe, após anos de discussão, somente daqui a no mínimo cinco anos o Brasil poderia dobrar a produção do mineral, avaliou o diretor de recursos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Marcelo Ribeiro Tunes.

Em entrevista um dia depois de a presidente Dilma Rousseff ter cobrado das duas companhias um acordo para viabilizar o aumento da produção de fertilizantes no País a partir do potássio, Tunes ressaltou que os investimentos para desenvolver a mina em Sergipe serão pesados e levarão anos para apenas dobrar a atual produção brasileira de 600 mil t anuais.

"O Brasil só tem uma mina de potássio conhecida, que é essa da Petrobras em Sergipe... tem outras na Amazônia, também da Petrobras, mas nada foi feito lá ainda", disse o executivo do Ibram. As concessões da Petrobras em Sergipe e Amazonas foram obtidas entre as décadas de 1960 e 1970 enquanto a empresa buscava petróleo em terra nessas regiões. A empresa chegou a criar a Petromisa, extinta posteriormente no governo Collor, e com isso a concessão da lavra foi arrendada pela Vale em 1991.

A Vale reivindica o direito de expandir a mina além de Taquari-Vassouras (em Sergipe), que já está se esgotando. A discussão com a Petrobras sobre o assunto foi uma das divergências do ex-presidente da Vale Roger Agnelli com o governo. "A Vale chegou ao máximo que pôde nessa mina e tem tirado 600 mil t, ou 10% do nosso consumo", informou.

Depedência do importado

A produção da mina conhecida como Taquari-Vassouras é tudo o que Brasil produz atualmente de potássio, o que faz o País ser 90% dependente das importações. Segundo Tunes, com a abertura de uma nova mina, o Brasil poderia reduzir em cinco anos a dependência para cerca de 70%.

Ele informou que normalmente o repasse de uma concessão se faz pelo arrendamento, cuja taxa geralmente corresponde a 10% da receita com a produção, ou pela venda do direito minerário, um valor ainda difícil de ser calculado nesse caso, segundo o diretor.

"Em termos de potássio, acho que o Brasil pode um pouco mais que dobrar a capacidade de produção em cinco anos, se houver facilidade nessa mina de Sergipe, se a expansão que forem fazer for no mesmo corpo (na mina antiga)", ressaltou. Ele vê mais chance de crescimento na exploração de fosfato, que já atende metade do consumo brasileiro e possui maior possibilidade geológica no Brasil.

O Brasil consome 6 milhões de t de potássio por ano atualmente e o projeto da Vale em Sergipe prevê produção de até 2 milhões de t com eventual expansão, segundo Tunes.

"Acredito que a segurança do suprimento de potássio virá mais cedo da Vale na Argentina", avaliou, referindo-se ao projeto de US$ 4,6 bilhões da Vale em Mendoza, o Rio Colorado, que terá capacidade inicial de 2,4 milhões de t de potássio por ano e deve começar a produzir em 2013.

Tunes afirmou que mesmo sendo importado, o potássio que virá de Mendoza dá garantia de suprimento ao Brasil de um mineral que não possui muita oferta no mundo. "O projeto da Argentina vai entrar em produção mais rápido, e se você tem essa opção sempre dá mais segurança, é como o projeto de carvão da Vale em Moçambique", comparou Tunes.
Reuters

Pará se torna um novo "exportador" de população.

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[ 22/07/2011 ] [Jornal de STM e Baixo AM - Unico - 28 ] 
 

Música que vale muito! O Festival da Música Popular Brasileira tem o apoio da Vale..

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[ 22/07/2011 ] [Diário do Pará - Você / Esperança Bessa - 07 ] 
 

Vale Música faz turnê.

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[ 22/07/2011 ] [Diário do Pará - Você - 06 ] 
 

III Festival de Música Popular Paraense.

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[ 22/07/2011 ] [Diário do Pará - Por Aí / Eventos e Exposições - 15 ] 
 

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Programa MINERAÇÃO realiza debate sobre promoção da saúde.

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21/07/2011

O Programa MINERAÇÃO realiza, no dia 18 de agosto, o Seminário sobre “Promoção da Saúde – Estratégia de Gestão”.  O evento é promovido pelo IBRAM-MG, em parceria com a René Mendes Consultoria e  tem como objetivo principal sensibilizar os participantes quanto à necessidade de criação e fortalecimento de ações em Promoção da Saúde no local de trabalho. Outro objetivo é garantir o entendimento dos enfoques e diretrizes nacionais recomendadas pelo Ministério da Saúde.

O seminário é dirigido a gestores de saúde, segurança e meio ambiente, gestores de saúde ocupacional e medicina do trabalho, dirigentes e líderes de recursos humanos, médicos e enfermeiros do trabalho e assistentes sociais.

O programa é totalmente alinhado com os referenciais internacionais mais avançados, principalmente ajustados à proposta de “Locais de Trabalho Saudáveis” (Organização Mundial da Saúde, 2010), e seus desdobramentos práticos na empresa. O seminário acontece na sede do IBRAM-MG (Rua Alagoas, 1270, 10º andar – Funcionários – Belo Horizonte/MG). Mais informações pelo (31) 3223-6751.

Segurança é essencial para geração nuclear.

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21/07/2011

Uma usina do porte de Angra II evita a emissão de 5 a 10 milhões de toneladas de dióxido de carbono anuais. 

Para que o urânio se solidifique como grande fonte de energia nos próximos anos, alguns fatores terão grande influência, de acordo com o DNPM. Primeiramente, a necessidade de total segurança nos processos nucleares, que representam, em caso de falhas, possibilidades catastróficas para a população e o ambiente. Outro item de alta relevância é a capacitação tecnológica, a qual demanda cerca de uma década até que se tenha o domínio da atividade. Mas a sensibilidade da opinião pública em relação ao fator segurança é fundamental. Nenhum governo investirá em larga escala em uma fonte que desagrada a amedronta a população.

Apesar de ser considerada uma alternativa importante para compor a cadeia energética mundial, o uso do urânio ainda é polêmico. É verdade que a energia nuclear, baseada no beneficiamento desse mineral, diminui a preocupação com o aquecimento global, pois é uma opção que tende a reduzir a emissão de gás carbônico (CO2) na atmosfera, em relação aos processos baseados no uso de derivados de petróleo, que são grandes poluentes. Para se ter uma noção, uma usina do porte de Angra II, evita a emissão de 5 a 10 milhões de toneladas de dióxido de carbono anuais. Com o advento da Angra III, a diminuição subiria para 14 milhões de toneladas.

No entanto, contra o urânio consta seu processo de enriquecimento como forma de geração de combustível, que pode dar origem a armas nucleares.

Além disso, existe grande preocupação quanto ao lixo atômico advindo desse processo e as consequências negativas para o planeta.

Terremoto evidencia

O terremoto ocorrido em março deste ano no Japão pôs em evidência essa questão. A tragédia atingiu uma usina nuclear da nação asiática e causou temor na população. O evento repercutiu. Pouco tempo depois, a Alemanha anunciou o desligamento de seus empreendimentos desse tipo até 2022.

Meta é avançar

Contudo, no Brasil, a iniciativa parece ser mesmo em prol de avançar com essa tecnologia e não pará-la, o que só dá força ao projeto de Itataia. De acordo com o DNPM, a elevação no preço do petróleo deve fazer do urânio uma alternativa ainda mais promissora. E, nesse contexto, diz o órgão, o Brasil goza de vantagens: boas reservas do mineral, domínio da tecnologia de enriquecimento e experiência no setor. Entretanto, o custo de geração é acentuado, no comparativo com outras fontes. Portanto, o cenário precisa ser muito favorável para que esses investimentos sejam efetuados. Conforme o DNPM, o Brasil, detentor da sétima maior reserva de urânio do planeta, possui um recurso que, além de econômico, é estratégico.
 
Caso decida por aumentar a participação da energia nuclear em sua matriz energética, não estará sujeito a flutuações do preço internacional do urânio, já que possui o insumo em quantidade necessária. Além disso, o mercado poderá demandar o excedente do País, com a exploração na mina cearense (VX).
Gás Brasil - São Paulo/ SP

China desrespeita decisão do painel da OMC sobre matérias-primas.

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21/07/2011

Em disputa conturbada sobre acesso a recursos naturais chineses, o painel da Organização Mundial do Comércio (OMC) divulgou, em 5 de julho, decisão de que a China violou regras de comércio internacional ao restringir a exportação de nove matérias-primas. A deliberação recusou o argumento de Pequim de que tais restrições apresentavam motivos ambientais. A disputa foi iniciada em 2009 conjuntamente por Estados Unidos da América (EUA), México e União Europeia (UE) (DS394, 395, 398).

A decisão do painel foi recebida como uma vitória pelas Partes demandantes e por outros parceiros comerciais dependentes dos recursos naturais chineses. “Este é um claro veredito em favor do livre comércio e do acesso justo às matérias-primas. [A decisão] Envia um forte sinal para que se evite a imposição de restrições injustas ao comércio e nos aproxima de um patamar [regulatório] comum para matérias-primas”, afirmou o comissário de Comércio da UE, Karel De Gucht.

As declarações do representante dos EUA para comércio (USTR, sigla em inglês), Ron Kirk, caminharam no mesmo sentido: “a decisão de hoje do painel representa uma vitória significativa”. E acrescentou: “[a]s decisões do painel também constituem uma importante confirmação dos princípios fundamentais do sistema global de comércio. Todos os membros da OMC – sejam desenvolvidos ou em desenvolvimento – precisam de acesso não-discriminatório ao fornecimento de matérias-primas para que cresçam e se desenvolvam”.

Enquanto a UE e os EUA afirmaram-se esperançosos de que a China esteja pronta para discutir o resultado e cumprir a decisão, desdobramentos recentes podem apontar para outro sentido. Três dias após a OMC divulgar a decisão, Pequim anunciou novos controles à exportação de coque e metais não-ferrosos, desrespeitando a decisão do painel da OMC. Espera-se, ainda, que a China recorra da decisão.

Quando a China ingressou na OMC, comprometeu-se a disciplinar as tarifas que aplicava sobre as exportações para parte considerável dos recursos naturais – inclusive aqueles que constituem objeto do painel mencionado acima. O país também concordou em eliminar todas as restrições quantitativas – como é o caso das cotas.

No entanto, a China mantém um sistema de tarifas de exportação e cotas para uma série de matérias-primas – incluindo coque, zinco e bauxita. Tais materiais são essenciais para a produção de itens comercializados em todo o mundo, como medicamentos, CDs, automóveis, baterias, computadores e telefones celulares. As indústrias ocidentais de química, aço e metais não-ferrosos, bem como seus clientes, dependem fortemente das importações provenientes da China, pois grande parte dessas matérias-primas é encontrada apenas no país asiático.

Em 2009 e 2010, a China reduziu significativamente suas cotas, o que ocasionou uma alta nos preços globais que recebeu críticas de importantes parceiros comerciais do país asiático. De acordo com Ron Kirk, o “uso extensivo que a China faz de restrições à exportação com vistas a obter lucros por meio do protecionismo é seriamente preocupante”. As políticas da China oferecem vantagens competitivas substanciais a indústrias chinesas às custas de consumidores de matérias-primas de outros países. Tais práticas também causam distorções massivas e perturbam as cadeias de produção em todo o mundo, sustentou Kirk.

Para Johnson Chan, vice-presidente das Associações Unidas de Energia e Minerais de Hong Kong, esse quadro não é uma surpresa. “A China prioriza suas próprias necessidades, para que possa atingir o objetivo de se tornar um centro manufatureiro de alta tecnologia”.

Argumento ambiental não é válido para restrições à exportação

Pequim lamentou a posição final do painel, segundo a qual as restrições à exportação por meio de tarifas e cotas são inconsistentes com as obrigações assumidas pelo país sob o Protocolo de Acessão e os tratados da OMC relacionados.

Em sua defesa, a China alegou que sua política de restrição à exportação se justificava com base nas normas da OMC – mais precisamente, a cláusula de exceção geral do Artigo XX do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio (GATT, sigla em inglês) –, por motivos de preservação de recursos naturais e de proteção da saúde pública.

Ademais, Pequim argumentou que a extração de certas matérias-primas é prejudicial ao meio ambiente e à saúde. Durante o litígio, a China defendeu que “[o] controle da exportação de bens cuja produção envolve alto consumo de energia, poluição elevada e muitos recursos era extremamente necessário para a (…) redução da poluição ambiental, a desvinculação do desenvolvimento econômico da limitação de recursos e o alívio das tensas relações entre carvão, eletricidade e petróleo”.

O painel divergiu da posição defendida por Pequim sob o argumento de que “[n]em as medidas de restrição à exportação, nem as leis e regulamentações contemporâneas expressam em seus textos que as restrições à exportação estejam contribuindo para – ou sejam parte de – um programa abrangente com vistas a atingir o objetivo ambiental alegado”. Além disso, o painel afirmou não ter encontrado uma “associação clara entre a forma com que a tarifa e a cota são aplicadas e algum objetivo de preservação”.

Ainda, a política levada a cabo pela China foi condenada pelo painel devido à ausência de restrições similares para a produção e o consumo doméstico dessas matérias-primas – uma das exigências colocadas pelo Artigo XX do GATT.

Nesse aspecto, o painel observou que as “restrições à exportação não constituem uma política eficiente para tratar das externalidades ambientais, quando estas derivam da produção doméstica, mais do que das exportações e importações (…) A poluição gerada pela produção de bens consumidos domesticamente não é menor do que aquela gerada pelos bens consumidos no exterior”.

A UE – que tradicionalmente apoia a cláusula de proteção ambiental do GATT – recebeu com satisfação a posição. Segundo representante da delegação europeia, a UE acredita que as “restrições à exportação não contribuem e não podem contribuir para a meta [de promover uma produção de matérias-primas mais limpa e sustentável]. Existem medidas de proteção ambiental muito mais efetivas e que não discriminam a indústria estrangeira”.

Apoio à posição da UE sobre minerais terrosos raros?

O aspecto ambiental da disputa pode apresentar ramificações para outro potencial conflito envolvendo a China e a UE com relação a 17 minerais terrosos raros, de extrema relevância para a indústria de alta tecnologia. A China possui quase um monopólio na produção desses materiais, mas introduziu, nos últimos anos, uma série de medidas restritivas que têm sido consideradas prejudiciais à UE.

Ainda que as decisões do painel e do Órgão de Apelação não tenham precedente na OMC, a recente deliberação sobre as matérias-primas do painel pode ser um importante indicador de como as regras da Organização podem ser aplicadas em tais casos.

É importante destacar que o painel não apenas rejeitou o argumento ambiental utilizado pela defesa da China, mas também sustentou que os “Membros da OMC não podem se apoiar no Artigo XX (g) [exceção à preservação] para justificar restrições à exportação (…) se elas operarem no sentido de aumentar a proteção da indústria doméstica”. A decisão ressaltou que tal prática violaria outra provisão do Artigo XX (parágrafo (i)) e que “‘conservação’ não pode ser interpretada de forma a (…) permitir que um membro faça, com relação a matérias-primas, indiretamente o que o parágrafo (i) proíbe diretamente”.

Finalmente, o painel enfatizou o potencial das restrições à exportação em gerar efeitos negativos no longo prazo para os esforços de preservação. “Por meio da redução do preço doméstico, [uma restrição à exportação] funciona, na prática, como um subsídio à cadeia produtiva, com o provável resultado de que essa cadeia, com o passar dos anos, demande mais recursos do que demandaria na ausência da restrição à exportação”.

A China possui 60 dias para apelar da decisão ou aplicá-la. Caso contrário, o país corre o risco de enfrentar retaliações de EUA, México e UE.
InfoMine

Nova mina indiana pode conter maiores reservas de urânio do mundo.

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21/07/2011

Uma nova mina no sul da Índia pode conter as maiores reservas de urânio do mundo, afirmou hoje o ministro da Energia Atómica, num contexto que a Índia tem uma necessidade crucial de energia.

A mina Tumalapalli no estado de l'Andhra Pradesh (sudeste) poderá fornecer até 150 mil toneladas de urânio, mais utilizado para a energia nuclear, declarou Srikumar Banerjee em declarações divulgadas hoje na imprensa na sequência de estudos feitos durante quatro anos no local.

"Está confirmado que a mina contem 49 mil toneladas de mineral e há indicações de acordo com as quais a quantidade total poderá ser três vezes superior", declarou.

"Se tal for o caso, esta será a maior mina de urânio do mundo", avançou.

Estimativas precedentes sugeriam que apenas 15 mil toneladas de urânio poderiam ser extraídas da mina, que deverá começar a ser explorada em finais do ano.
InfoMine

Commodities seguram superávit.

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21/07/2011

Alta dos preços vai ampliar a participação de Minas Gerais na balança brasileira.

A alta nos preços das commoditie s no mercado internacional deverá resultar em um crescimento acima do esperado das exportações brasileiras neste ano. As projeções apontam para uma maior dependência de produtos básicos, entre eles o minério de ferro, o que deverá ampliar a participação de Minas Gerais no comércio exterior. Apesar disso, o cenário preocupa, pois demonstra uma "primarização" da economia, conforme o presidente em exercício da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.

A entidade revisou para cima as projeções da balança comercial brasileira para este ano. A receita com as vendas externas brasileiras deverá atingir US$ 244,561 bilhões, ante US$ 201,915 bilhões no exercício passado, o que representa incremento de 21,1%. Na primeira previsão da AEB, o crescimento das exportações seria de 13,1% nesta base de comparação, com a movimentação de US$ 225,790 bilhões.

De acordo com Castro, o aumento nas projeções reflete basicamente o comportamento dos preços dos produtos básicos em 2011. Em volume, o incremento nas exportações não deverá ultrapassar 3%. As projeções para os embarques de minério de ferro no atual exercício passaram de US$ 37,950 bilhões para US$ 39 bilhões. O incremento esperado na comparação com 2010 (US$ 28,9 bilhões) é de 35%. As estimativas anteriores eram de crescimento de 32,7%.

Os preços do insumo siderúrgico apresentam incremento significativo desde o ano passado em virtude da demanda aquecida, principalmente por parte das siderúrgicas chinesas. Os valores negociados no mercado internacional aumentaram cerca de 120%.

As projeções de incremento nas exportações do café também apresentaram avanço. Conforme a AEB, em 2011 os embarques da commodity agrícola deverão movimentar US$ 8,424 bilhões, contra US$ 5,182 bilhões no ano passado, o que representa alta de 62,6%. Os números anteriores apontavam incremento de somente 21,9%, atingindo US$ 6,4 bilhões.

Pauta - Os dois produtos, minério de ferro e café, são os principais itens da pauta de exportações de Minas Gerais. Conforme o presidente da AEB, se os números forem confirmados, no final deste ano o Estado aumentará a sua representação na balança comercial brasileira. Minas vem registrando os maiores superávits - diferença entre importações e exportações - do país.

Castro lembrou que os principais itens da balança são produtos básicos, que deverão responder por 46,4% da pauta em 2011. "Este índice está próximo do verificado em 1978, quando era de 47,2% das exportações brasileiras", disse.

Ele explicou que os preços das commodities não são controlados e no caso de uma retração da demanda o cenário poderá ser diferente, com impactos negativos para a economia. Ele ressaltou que as projeções demonstram a necessidade de uma política voltada para o fomento ao setor industrial e retomada da exportação de manufaturados.

Entre os entraves apontados pelo presidente da associação está a falta de investimentos em infraestrutura e a elevada carga tributária no país, o que reduz a competitividade do setor produtivo nacional.

Um exemplo disso é verificado na indústria automotiva. As projeções de exportações do setor, que eram de elevação de 4,2% na comparação com 2010, agora são de retração de 7,9%. Os embarques deverão somar US$ 4 bilhões, ante US$ 4,4 bilhões no exercício passado.

A AEB também revisou para cima as projeções das importações, impulsionadas pelo câmbio valorizado. Em 2011, os desembarques deverão somar US$ 218,3 bilhões, ante US$ 181,6 bilhões no ano anterior. O resultado representa incremento de 20,2% no período. As estimativas anteriores eram de incremento de 9,5%, com receita de US$ 199,6 bilhões.

O saldo da balança, conforme a entidade, deverá ficar positivo em US$ 26,260 bilhões, contra US$ 20,266 bilhões em 2010. O incremento no superávit será de 29,6% nesta base de comparação. As projeções anteriores eram de superávit de US$ 26,1 bilhões.
Diário do Comércio

Íntegra das resoluções que instituem o novo marco regulatório para o setor ferroviário.

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21/07/2011

Seguem as íntegras das Resoluções, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que instituem o novo marco regulatório para o setor ferroviário. A saber:

Resolução nº 3.694, de 14 de julho de 2011, que aprova o Regulamento dos Usuários dos Serviços de Transporte Ferroviário de Cargas.
Apresenta definições mais claras sobre os direitos e deveres das concessionárias e dos usuários do serviço público ferroviário. O regulamento também traz normas de qualidade e eficiência para os serviços prestados, além de estabelecer cláusulas obrigatórias nos contratos firmados entre concessionárias e usuários.

Resolução nº 3.695, de 14 de julho de 2011, que aprova o Regulamento das Operações de Direito de Passagem e Tráfego Mútuo, visando à integração do Sistema Ferroviário Nacional.
Visa garantir que uma concessionária possa receber ou entregar cargas na malha concedida a outro consórcio. O regulamento também possibilita que as concessionárias requerentes do direito de passagem possam realizar investimentos de expansão quando não houver capacidade ociosa nos trechos ferroviários em questão. Nesses casos, elas terão direito à reserva dessa capacidade adicional. A ANTT também fixou regras para o cálculo das tarifas nessas operações e normas para o transporte de cargas perigosas em malhas de terceiros. O regulamento também deixa claro o papel da agência na resolução de eventuais conflitos entre concessionárias.

Resolução nº 3.696, de 14 de julho de 2011, que aprova o Regulamento para pactuar as metas de produção por trecho e metas de segurança para as concessionárias de serviço público de transporte ferroviário de cargas.
Obriga as concessionárias a apresentarem à ANTT estudos de mercado, planos de negócios, inventários das capacidades dos trechos e registros de todas as operações efetuadas. De acordo com o regulamento, a partir desses documentos é que serão calculadas as metas de produção de cada trecho. Já para as metas de segurança, serão levados em conta padrões internacionais, o índice de acidentes nas concessões e os investimentos em segurança de cada concessionária.

 
CNI

Mina de ouro a céu aberto deve começar a produzir em 2012.

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21/07/2011

O projeto prevê a construção de uma pista de pouso, que depois será utilizada pelo município

Bahia terá mais uma mina de ouro a céu aberto. A previsão é que a mina seja inaugurada em dezembro de 2012, quando será iniciada a fase de produção. A mina de céu aberta ficará localizada na região semiárida no município de Santa Luz, a 259 Km de Salvador. A previsão de vida útil da minha é de dez anos.

De acordo com matéria publicada no Tribuna da Bahia, o investimento está estimado em torno de R$ 323,3 milhões e o projeto prevê a produção de 243,3 kg/mês de ouro. Ainda de acordo com o jornal, a multinacional de mineração e extração de ouro canadense, Yamana Gold, prevê a construção de uma pista de pouso, que depois será utilizada pelo município.
iBahia

Vale e Petrobras acertam megaprojeto de potássio.

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21/07/2011

A Vale e a Petrobras estão em entendimentos finais para destravar a instalação de um megaprojeto de fertilizantes em Sergipe, avaliado em até US$ 4 bilhões. O empreendimento será integrado, com uma mina de carnalita, minério do qual se extrai cloreto de potássio, e uma unidade química de processamento de adubos, com produção prevista de 2,2 milhões de toneladas por ano, a partir de 2015. Esse volume vai permitir redução da dependência brasileira de matéria-prima estrangeira.

O assunto foi discutido ontem no Planalto entre a presidente Dilma, o ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, Murilo Ferreira, presidente da Vale, e Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras. A pauta tratou do arrendamento ou cessão para a Vale da jazida de carnalita que a Petrobras tem em Muruim (SE). Isso é fundamental para se montar o megaprojeto. A Vale já tem uma mina de potássio em Rosário do Catete, também em Sergipe, em fase final de vida útil. Para a empresa desenvolver o novo projeto é crucial que seja selado o acordo com a Petrobras para exploração da jazida de carnalita. Falta a Petrobras decidir se vai optar pelo arrendamento ou cessão da reserva.

O projeto da Vale é estratégico para o país, razão pela qual Dilma quis acompanhar a reunião de ontem. O potássio é insumo imprescindível na produção de fertilizantes e o Brasil é dependente em 90% de importações - 6 milhões de toneladas. Hoje, a Vale produz 600 mil toneladas ao ano de cloreto de potássio na mina de Sergipe, também arrendada da Petrobras nos anos 90.

Os encontros entre as duas empresas já ocorrem há algum tempo. Não se trata de joint venture. O projeto é 100% da Vale. O ex-presidente da mineradora, Roger Agnelli, chegou a se reunir com o governador de Sergipe, Marcelo Déda, em 2010, para buscar um entendimento que garantisse o investimento. A indefinição da Petrobras era o último obstáculo.

A mineradora tem a produção de fertilizantes como prioridade. No ano passado, a Vale comprou ativos da Fosfértil e da Bunge, por US$ 5 bilhões. Recentemente, a companhia optou por fechar o capital da Vale Fertilizantes por causa do grande portfólio de projetos no setor. No momento, a companhia desenvolve o projeto de potássio de Rio Colorado, em Mendoza, na Argentina, que deve entrar em operação em 2014. Também está trabalhando no projeto de Regina, no Canadá, que começa a produzir em 2015 e tem sob análise o projeto de Salitre, em Patrocínio, no Triângulo Mineiro.
Valor Econômico

Vale terá controle online de estoque de minério nos portos.

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21/07/2011

Logística : Sistema utiliza scanners a laser que coletam imagens das pilhas

O uso da tecnologia aplicada à logística está criando uma espécie de "Big Brother" do minério de ferro nos portos da Vale. No porto de Tubarão, no Espírito Santo, a mineradora desenvolve projeto-piloto que permite o monitoramento online das pilhas de minério de ferro depositadas nos pátios de estocagem. O sistema utiliza scanners a laser 3D, instalados no alto de grandes máquinas, que coletam as imagens das pilhas e as enviam a um servidor central encarregado de processar as informações. Os dados são recebidos em computadores no centro de controle operacional do porto.

O monitoramento online vai permitir à Vale ter a operação totalmente automática dos pátios de minério de ferro, diz Gustavo Mucci, gerente-geral de inovação e desenvolvimento portuário da mineradora. A tecnologia possibilita ter o controle do estoque de forma contínua através das câmeras (scanners) instalados nas máquinas nos pátios. E tende a substituir o controle tradicional do estoque feito diariamente por topógrafos que monitoram as pilhas e repassam às informações à equipe de planejamento dos pátios.

Os topógrafos também usam scanners para fazer o levantamento sobre o perfil e o volume das pilhas de minério, mas ao colocar essas câmeras no alto dos equipamentos nos pátios garante-se maior eficiência ao processo, disse a Vale. Os topógrafos poderão passar a trabalhar nas equipes de planejamento de pátio em Tubarão ou serem redirecionados para outras funções dentro da empresa.

O projeto-piloto de Tubarão está sendo testado em duas máquinas, uma empilhadeira e uma recuperadora de minério de ferro. O recuperador é um equipamento com rodas dentadas que retira o minério das pilhas nos pátios. Dali o produto segue por correias para ser carregado nos navios.

No total, Tubarão tem 18 equipamentos como esses. Até o fim de 2013 o projeto estará todo implantado no terminal portuário, cuja capacidade estática de armazenagem de minério de ferro é de 3,3 milhões de toneladas. Mas existe a expectativa de que a tecnologia, depois de desenvolvida e homologada, seja estendida a outras instalações da empresa, afirmou Mucci.

O executivo acrescentou que o monitoramento online permite melhorar a gestão do estoque e a produtividade. A tecnologia também reforça a segurança operacional. Segundo Mucci, o mapeamento online do minério faz parte da segunda fase do controle remoto das operações de pátio, sistema adotado pela Vale a partir do terminal portuário de Ponta da Madeira, em abril de 2010. Esse terminal tem capacidade de estocagem de 5,6 milhões de toneladas.

Ao todo a Vale investiu R$ 15 milhões no projeto de controle remoto de operação dos pátios de minério, dos quais R$ 500 mil foram aplicados no projeto piloto de Tubarão. O controle remoto funciona por meio de software que possibilita o comando à distância das máquinas. Os operadores, que antes subiam nas empilhadeiras e recuperadoras para operá-las nos pátios, passaram a fazê-lo desde o centro de controle operacional. A mineradora registra ganhos de produtividade.

Com a adoção do sistema, houve um ganho médio nos terminais da Vale de 10% nos volumes de minério de ferro recuperados nos pátios. O volume, que situava-se em 8 mil toneladas por hora, passou para quase 9 mil toneladas/hora.

Os ganhos de produtividade obtidos com o controle remoto das operações nos pátios também são importantes em um cenário de expansão dos terminais portuários da Vale. Se a empresa não investisse em novas tecnologias, poderia ter de acompanhar o crescimento das operações com um contingente de pessoal equivalente à expansão programada.
Valor Econômico

Vale e Natura são as únicas empresas brasileiras a integrar o Global Compact Lead..

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[ 21/07/2011 ] [Diário do Pará - Você / Meg Barros - 07 ] 
 

terça-feira, 19 de julho de 2011

Código de mineração não será fatiado.

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19/07/2011

Mudança na cobrança dos royalties e novo marco regulatório encaminhados juntos para o Congresso.

O governo federal decidiu que enviará de uma só vez ao Congresso Nacional os projetos de mudança na cobrança da Contribuição Financeira pela Exploração Recursos Minerais (Cfem) e o novo marco regulatório da mineração. A expectativa dos municípios mineradores é que a proposta chegue ao Legislativo no próximo mês.

A decisão foi confirmada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), através de sua assessoria de imprensa. Apesar disso, o cronograma para o envio dos projetos não foi confirmado.

Inicialmente, o governo federal planejava enviar somente o novo marco regulatório ao Congresso. A apresentação era esperada para o primeiro semestre deste ano, o que não ocorreu. Somente após a apresentação do código o texto com as alterações na cobrança do Cfem seria encaminhado para votação.

De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Municípios Mineradores (ANMM) e prefeito de Congonhas (Campos das Vertentes), Anderson Cabido, as mudanças seriam divididas em três, mas o governo federal também resolveu incluir a criação da Agência Nacional de Mineração no projeto do novo código. A agência governamental irá substituir o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

Para Cabido, os principais pontos necessários para realizar as mudanças nas regras da mineração já estão prontos. "Ainda neste mês os prefeitos dos municípios mineradores deverão ter uma audiência com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e em agosto os projetos deverão ser enviados ao Congresso", disse.

Considerada a principal mudança na regulamentação do setor, a alíquota da Cfem deverá praticamente dobrar. A proposta que deverá estar contida no texto a ser enviado ao Congresso é que a cobrança passe de uma média de 2% para 4% do faturamento das mineradoras.

Além disso, poderá haver alterações na base de cálculo da arrecadação, ainda não confirmada. Durante as negociações foi proposto pelos municípios mineradores que a receita bruta das mineradoras fosse levada em consideração em detrimento do faturamento líqüido, como é feito atualmente.

A receita da Cfem é dividida entre municípios, que ficam com 65%, estados, com 23%, e União, que recolhe 12% do valor total.

De acordo com Cabido, entre as mudanças que serão apresentadas no caso do novo código está a criação de uma participação especial do governo a ser cobrada sobre grandes jazidas e sobre minérios de grande valor. "O mecanismo já existe no caso do petróleo - o governo entra como uma espécie de sócio nas minas com grande lucratividade", disse.

Reorganização - Conforme já informado, o código vai prever ainda um Conselho Nacional de Política Mineral, com a reorganização institucional do setor. Também haverá mudanças nas outorgas do Título Mineral, e o governo pretende fazer um melhor acompanhamento do setor, garantindo a fiscalização e gestão. O objetivo é acabar com a especulação e incentivar a agregação de valor à produção mineral.

O governo também pretende regulamentar por leis específicas alguns assuntos considerados estratégicos. Entre eles, estão a mineração em faixa de fronteira e em terras indígenas e as águas minerais.

Na opinião do presidente da entidade, o atraso no envio do marco regulatório, prometido pela presidente Dilma Rousseff para o primeiro semestre, não ocorreu em virtude das crises políticas no Planalto.

As novas regras da mineração deverão ter impactos significativos em Minas Gerais. O Estado concentra a maior arrecadação do royalty da mineração no país, seguido pelo Pará. São destinados aos cofres dos municípios mineradores e do governo estadual 50,6% de toda a arrecadação da contribuição em território nacional, enquanto o Pará responde por 29,6% do total.

No primeiro semestre foi verificado incremento de 125,5% na arrecadação da Cfem em Minas na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. Entre janeiro e junho a receita atingiu R$ 342,482 milhões. Nos primeiros seis meses do ano passado a arrecadação verificada no Estado totalizou R$ 151,852 milhões, conforme informações do DNPM.
 
Diário do Comércio

Bolívia tem arrecadação recorde com mineração

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19/07/2011

O montante de US$ 1,4 bilhão, repassado pelas empresas aos cofres públicos no primeiro semestre, foi um quarto maior que em 2010.

O aumento nos preços de minerais no mercado internacional fez a Bolívia registrar o melhor desempenho em arrecadação de impostos sobre itens como cobre, ouro, prata e zinco no intervalo fiscal de janeiro a junho de 2011.

Relatório do Serviço Nacional de Impostos do vizinho sul-americano apontou o recorde histórico de US$ 1,407 bilhão pago por mineradoras privadas e públicas instaladas no país. O montante é 26% superior ao do primeiro semestre de 2010.

"Foi basicamente uma questão de preços", disse ao jornal La Razón o ministro de Mineração e Siderurgia, Dionisio Garzón.

Das 50 maiores empresas em arrecadação na Bolívia, cinco são do setor mineral - sendo uma estatal. Elas pagaram cerca de US$ 85 milhões em impostos no semestre.

Imposto maior

O aumento na arrecadação da atividade de exploração mineral é explicado pela lei 3.787, criada pelo governo boliviano em 2007.

A legislação criou uma alíquota adicional de 12,5% sobre o Imposto de Utilidade das Empresas (IUE), similar ao Imposto sobre Produção Industrial (IPI) brasileiro.

A alíquota, segundo o ministro Garzón, visa absorver os "lucros adicionais favorecidos pelos preços de minerais e metais".

O imposto estabelece um teto para a cotação dos produtos, sendo US$ 400 para a onça troy de ouro (31,1 gramas), US$ 5,55 para a prata e US$ 0,53 para a libra (453,6 gramas) de zinco.

Acima desses patamares, as mineradoras pagam adicional de 12,55% de IUE. "Como sobe o preço e há crescimento nas vendas, no final do ano a IUE deverá ser maior também", sinalizou Garzón.

Recorde de exportação

De acordo com o ministro boliviano, as exportações minerais do país somaram US$ 1,39 bilhão no primeiro semestre.

O volume também foi recorde, representando um crescimento de 45% sobre os US$ 432,5 milhões exportados entre janeiro e junho de 2010.
Brasil Econômico

Amostras de granito da região de Alta Floresta integram o Atlas de Rochas Ornamentais da Amazônia.

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19/07/2011

Após dois anos em campo fazendo levantamento de amostras, o Governo do Estado por meio da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), vinculada a Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) tem uma perspectiva do potencial de granito na região de Alta Floresta. Das 20 amostras que foram para análise de qualidade física e tecnológica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (ITP), em São Paulo, 18 estarão no Atlas de Rochas Ornamentais da Amazônia, previsto para publicação em julho, pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

O Atlas apresentará desde o afloramento da rocha ao estágio polido, dando um ideia de como é a espécie. A análise química e física serve para averiguar em que área o granito pode ser usado, se em revestimento, calçamento interno e externo ou outros. As 18 amostras serão identificadas com nome e Estado de origem. “É importante catalogar porque Alta Floresta tem polo graniteiro. Agora o próximo passo é levantar o potencial de reservas”, disse José Gimenes Via Filho, geólogo da Metamat.

O Catálogo de Rochas Ornamentais de Mato Grosso é um trabalho que vem sendo defendido pela equipe da Metamat. “Existem outras ocorrências, além da região de Alta Floresta, que precisam ser catalogadas. Entre elas, em Confresa, Rio Branco, Araputanga, Pontes e Lacerda, no Sudoeste do Estado, enfim, só depois de apresentado esse potencial o Estado tem fortes indícios para atrair empresas dispostas a investirem no setor. Atualmente o granito comercializado em Mato Grosso vem de outros Estados”, comparou José Augusto Cavalcante, geólogo da Metamat que atua na pesquisa.

A pesquisa de amostras é liderada pela CPRM com apoio dos geólogos da Metamat, que desenvolvem o Projeto relacionado às Rochas Ornamentais, com previsão de ser expandido para outras regiões. Ressalta-se que a descoberta das rochas é consequência do trabalho com os paralelepípedos, (granitos) que vem sendo executado em Alta Floresta, incluindo o calçamento da prefeitura.

“O investidor vem para explorar minério se souber que há reservas. Muitas das descobertas são instigadas pela curiosidade, o importante é identificar o volume da rocha, a coloração e se é diferente do que é apresentado no mercado. O trabalho é para descobrir as peculiaridades de Mato Grosso, que têm rochas exóticas como as denominadas Esmeralda da Amazônia, Carmim da Amazônia, Camaiurá, Bordô Japuranã, entre tantas outras espécies”, pontuou José Gimenes.

Conforme os geólogos da Metamat existe um trabalho em andamento e estima-se que outros dois anos de pesquisa sejam necessários para a conclusão sobre Rochas Ornamentais de Mato Grosso.

O granito tem consumo cativo entre os chineses, italianos e árabes. Portanto, são países importadores em potencial. CATÁLOGO ANTIGO

Em 1998 uma equipe de profissionais da Universidade Federal de Mato Grosso (Ufmt), Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), Metais de Goiás (Metago), Departamento Nacional de Produção Mineral e da Toucan Gold Co (corporação internacional), elaboraram um Catálogo de Rochas Ornamentais do Estado de Mato Grosso, através do Ministério de Minas e Energia, sob coordenação do 12º Distrito do Departamento Nacional de Produção Mineral de Mato Grosso (DNPM-MT).

O trabalho reúne contexto geológico de dezessete variedades de rochas para uso ornamental. Trazia à tona, à época (1998), mais uma riqueza mineral do subsolo mato-grossense, já reconhecido nacionalmente como um dos maiores produtores de ouro, diamante e da maior fonte de água mineral natural do Planeta cadastrada.

Agora, com estudos e descobertas de novas rochas, somente na região de Alta Floresta 18 foram testadas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (ITP), de São Paulo, a ideia é elaborar um Catálogo atualizado apresentando as diversas amostras e regiões onde se encontram.
AgroAmazônia - Cuiabá/MT

Brasil Maior.

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19/07/2011

Passou da hora de o governo criar medidas para melhorar a competitividade da indústria brasileira

Entre 7.000 E 30 mil metalúrgicos, dependendo da fonte responsável pela estimativa, fecharam a pista local da rodovia Anchieta na sexta-feira, dia 8, no ABC paulista. Quem olhasse de longe certamente imaginaria que aquela fosse uma passeata de trabalhadores para reivindicar aumentos de salários.

Não era, diria um observador pouco atento, ao se aproximar da passeata. Nas faixas que os manifestantes carregavam, produzidas pelos sindicatos dos metalúrgicos do ABC e de Mogi das Cruzes, um da CUT e outro da Força Sindical, a maioria dos protestos era contra a importação desenfreada e a armadilha da desindustrialização.

Na fala das lideranças, apareceram frases sobre o risco da crescente valorização do real em relação ao dólar, a elevada carga tributária e a deficiência da infraestrutura, fatores que corroem a competitividade da indústria brasileira. Um discurso aparentemente muito mais frequente entre os empresários.

O observador mais atento, porém, veria não haver nenhuma incoerência no discurso dos metalúrgicos. No fundo, ao protestar contra a valorização do real, os impostos elevados e a falta de infraestrutura, eles estavam brigando mais uma vez por empregos e salários. E tocando no ponto mais sensível do atual momento da economia brasileira.

Nessa briga, como em muitas outras, trabalhadores e empresários estão no mesmo lado. É a briga pela indústria brasileira, que vem sendo fortemente golpeada pela concorrência estrangeira. Em quatro anos, a indústria de transformação, que tinha elevado superavit nas suas transações com o exterior, tornou-se altamente deficitária. O resultado do primeiro semestre é assustador: deficit de US$ 21 bilhões. No primeiro semestre de 2007, houve um superavit de US$ 11,5 bilhões.

O deficit é maior em segmentos de média e alta tecnologia, mas até setores tradicionalmente superavitários, como os de têxteis e calçados, já apresentaram resultados negativos no primeiro semestre. No setor de veículos, 1 em cada 3 unidades vendidas é fabricada no exterior. Neste ano, a importação de automóveis deverá atingir 1 milhão de unidades, um recorde histórico.

Esse cenário não pode ser considerado normal. A indústria perde força, e a balança comercial brasileira vem sendo sustentada pelas exportações de produtos primários, que, felizmente, estão com preços elevados no mercado internacional. Os próprios investimentos estrangeiros diretos na indústria começam a minguar. Nos primeiros cinco meses do ano, caíram 17% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os investidores externos procuram colocar mais capital em agricultura, serviços e indústria extrativa mineral, numa demonstração de que não acreditam na performance da indústria de transformação.

Mais do que nunca, quando 60% a 70% do PIB mundial se encaminha para a estagnação, com graves problemas na Europa, no Japão e nos EUA, exige-se extremo cuidado com a preservação do mercado interno brasileiro e estímulo ao desenvolvimento de setores estratégicos da velha e da nova economia.

Na nova situam-se tecnologia da informação, bioenergia, energias renováveis e inovação em saúde. Na velha, entre os setores em que o país pode ser competitivo estão mineração, celulose, alumínio, siderurgia, têxtil, calçados e agrobusiness.

Essas áreas precisam urgentemente de programas específicos de apoio e proteção, com desonerações, desburocratizações e incentivos. Não há porque ter vergonha de preservar e cultivar a empresa brasileira. A afirmação nacional, nessa matéria, não significa voltar as costas para o mercado internacional, mas dar atenção aos setores tradicionalmente competitivos e aos setores inovadores.

Passou da hora de o governo criar medidas para melhorar a competitividade da indústria. Felizmente, pelo que se noticia, um conjunto de medidas nesse sentido deve ser anunciado em breve, com desoneração da folha de salários, revisão de regimes tributários, privilégio a empresas nacionais em compras governamentais e outros estímulos.

Um dos nomes aventados para o pacote de medidas é Brasil Maior. Um bom nome, que evoca a afirmação nacional, pela qual devem brigar trabalhadores, empresários e a sociedade em geral.
 

BENJAMIN STEINBRUCH, 58, empresário, é diretor-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional e primeiro vice-presidente da Fiesp. Escreve às terças-feiras, a cada 14 dias, neste espaço.
Folha de São Paulo

Fórum discute temas que impactam competitividade do setor minerometalúrgico.

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19/07/2011

Os debates acontecem no dia 19, das 16 às 20 horas, em São Paulo

Inovação, logística e recursos humanos, aspectos que impactam decisivamente na competitividade do setor produtivo nacional, serão os assuntos principais do Fórum de Líderes, que a Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM) realizará terça-feira, 19, das 16 às 20 horas, no Centro de Convenções Frei Caneca (Rua Frei Caneca, 569, Consolação), em São Paulo.

O Fórum faz parte da programação do 66º Congresso ABM que acontecerá de 18 a 22 de julho, reunindo lideranças empresariais da mineração, siderurgia e do segmento de não-ferrosos, no Brasil e no exterior, profissionais da indústria, especialistas das universidades e centros de pesquisa, consultores, fornecedores de equipamentos e serviços e estudantes.

No Fórum de Líderes, executivos da indústria e de instituições ligadas ao setor apresentarão sua visão sobre os temas e participarão dos debates estimulados pelos congressistas e pelo moderador, José Armando de Figueiredo Campos, presidente do Conselho da ArcelorMittal Brasil.

A par dos indispensáveis investimentos em inovação, o Brasil só conseguirá crescer de forma sustentável, segundo Campos, se conseguir superar as deficiências educacionais de sua população e os gargalos na infraestrutura e logística de transportes.

Frente a esse cenário, os debates deverão contribuir para fortalecer a estratégia das empresas ao apontar caminhos que possam reduzir o peso das ineficiências externas e, assim, estabelecer um ambiente de negócios mais estimulante ao investimento em inovação.

Palestrante-âncora

Focado nos desafios da competitividade em nível nacional e internacional, o Fórum de Líderes terá como palestrante-âncora, Deborah Wince-Smith, presidenta do Council on Competitiveness (EUA), que discorrerá sobre o tema ‘Competitividade no Século 21: novas realidades globais’.

Nos últimos 25 anos, os desafios decorrentes da globalização, que mudaram o cenário econômico mundial, foram acompanhados de perto pelo Conselho de Competitividade dos EUA que, desde sua fundação, em 1986, convocou os principais líderes do País a visualizar soluções e desenvolver iniciativas para incentivar o governo e as empresas a agir em prol da competitividade.

Essas ações envolveram questões relacionadas a tecnologia, inovação, energia, manufatura, capacitação da força de trabalho, ambiente de negócios e a colaboração global.

“Reconhecendo o atual momento de transição na ordem do mundo da produção, e que os Estados Unidos não podem competir com baixos salários ou produtos e serviços padronizados, o Conselho está focado em estratégias para turbinar a inovação. Isso permitirá que as organizações americanas possam prosperar, além de assegurar que mais cidadãos participem das iniciativas empresariais e de uma economia baseada na inovação”, adianta ela.

Para falar sobre Logística, participam José Carlos Martins, diretor-executivo da Vale e Bernardo Figueiredo, presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT. Recorrente, o tema preocupa as empresas do setor, grandes clientes da infraestrutura logística do País. Com vários projetos de expansão em andamento, as organizações buscam soluções para enfrentar as deficiências sistêmicas externas e escoar seus produtos.

O tema Inovação será abordado por Glauco Arbix, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos – Finep. Imprescindível para assegurar a perenidade das empresas, a inovação é hoje prioridade no meio corporativo, tanto que os investimentos em melhorias de processos e produtos deverão crescer 16,6% neste ano em relação a 2010, passando de R$ 17,4 bilhões para R$ 20,3 bilhões, de acordo com levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

A formação de pessoas, outro desafio a ser superado para que o Brasil possa alçar melhores posições no ranking das economias mundiais, será abordado por Nival Nunes de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Ensino de Engenharia – Abenge.

Ao final dos debates, Evando Mirra de Paula e Silva, diretor da Academia Brasileira de Ciências e representante do CGEE – Centro de Gestão e Estudos Estratégicos fará o encerramento com as conclusões do Fórum, que deverá se transformar em uma agenda de reivindicação concreta do setor produtivo para estimular sua competitividade.

CREDENCIAMENTO IMPRENSA
 
Os veículos e profissionais da imprensa interessados em cobrir o 66º CONGRESSO ABM (incluindo a programação Fórum de Líderes) devem fazer o credenciamento mediante envio de e-mail para fatma@abmbrasil.com.br com as seguintes informações:

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