sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Vale recupera finos de minério.

www.simineral.org.br

12/08/2011

Companhia solicitou licenças à Semad para processar rejeitos no complexo minerário.
 
A Vale S/A deu início ao processo de licenciamento ambiental junto à Secretaria do Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) para obtenção de licença prévia (LP) e de instalação (LI) com o objetivo de iniciar a recuperação de finos de minério da barragem de rejeitos no complexo de Vargem Grande, localizado no Quadrilátero Ferrífero.

Com o empreendimento, a mineradora irá ampliar em 500 mil toneladas anuais sua produção de minério de ferro no complexo, do qual fazem parte três minas e uma planta de beneficiamento. No ano passado, a produção da Vale em Vargem Grande somou 22,065 milhões de toneladas.

Segundo consta no protocolo do pedido de licenciamento feito pela Vale junto à Semad, o período total previsto para os trabalhos de recuperação de sólidos na barragem é de seis anos, o que significa uma produção bruta estimada da ordem de 3,370 milhões de toneladas de minério.

Ainda de acordo com o documento, para esta atividade será necessária a implantação de uma estrutura de beneficiamento composta de peneiramento, ciclonagem e concentração magnética. O produto retirado será encaminhado para a estrutura existente atualmente para beneficiamento final.

A recuperação dos rejeitos será feita por meio de um sistema de draga montada sobre a balsa que irá bombear o material, com 40% de sólidos. Além disso, será adotado um sistema de caminhões para tratamento do material gerado por desmanche mecânico.

A Vale, através de sua assessoria de comunicação, informou que o projeto representa, além do ganho econômico, que é o aproveitamento de material descartado, ganho ambiental, já que, ao reaproveitar a barragem, esta poderá ser utilizada novamente depois, sem gerar novos danos ao meio ambiente.

Apolo - Além desse processo, a Vale ainda aguarda a liberação das licenças ambientais do projeto Apolo, orçado em R$ 4 bilhões. Ele também está sob análise da Semad e pode receber o aval do órgão em breve.

Segundo informações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), faltam apenas duas sessões de consulta pública para que o projeto de criação do Parque Nacional das Águas do Gandarela, anexo ao empreendimento, seja encaminhado ao governo federal e comece a sair do papel.

No final do ano passado, o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) havia recomendado à secretaria a suspensão do processo de licenciamento do empreendimento, alegando que o complexo, entre os municípios de Caeté e Santa Bárbara (região Central), estaria dentro da área em que deveria ser criado o Parque do Gandarela. Mas essa suspensão já foi revista.

O complexo da Vale está situado dentro dos 38,204 mil hectares inicialmente previstos para o parque nacional, o que inviabilizaria a continuidade dos investimentos da mineradora. A área de conservação permanente abrangerá Caeté, Santa Bárbara, Raposos, Nova Lima, Rio Acima, Itabirito, Barão de Cocais e Ouro Preto.

O início das operações no complexo estava previsto para 2014 e a produção está estimada em 24 milhões de toneladas anuais de minério de ferro. O projeto é parte do plano de inversões da Vale em Minas Gerais, estimado em R$ 9,5 bilhões.
Diário do Comércio

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