segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Mineração em alta.

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28/02/2011

Mesmo sem política mineral consistente e sem logística hidroferroviária para escoamento de bens minerais Mato Grosso é o quarto maior polo de minério brasileiro. Se houver incentivo governamental e investimento nesse setor, em breve a mineração mato-grossense será líder nacional e seus efeitos econômicos e sociais serão os melhores possíveis.

O cenário atual e a potencialidade mineral mato-grossenses foram apresentados na última sexta-feira (25), em Cuiabá, no workshop “Mineração no Estado de Mato Grosso”, evento promovido pela Agemat – entidade que congrega os geólogos no âmbito estadual.

O workshop reuniu diretores de mineradoras brasileiras, profissionais e sindicalistas, universitários, autoridades e teve enquanto convidados especiais o governador Silval Barbosa e o presidente do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) Miguel Cedraz.

Pesquisadores e empresários do setor mineral abordaram de modo segmentado todos os elos da cadeia mineral mato-grossense e a Agemat entregou ao governador um relatório dessa atividade focalizando estágio de pesquisas, jazidas cubadas ou não, dificuldades de acesso às minas e precariedade do sistema de transporte, aspectos ambientais, geração de emprego e renda, mapas e etc.

Mesmo sendo atividade importante ao contexto econômico mato-grossense a mineração é mantida sob o tapete e, via de regra, quando citada recebe tratamento depreciativo como se fosse vilã ambiental.

O workshop foi o ponto de partida da Agemat para dessatanizar a mineração, que por se tratar de atividade exercida em locais afastados das cidades e quase sempre de acesso restrito não é de conhecimento de boa parte do público, que a cita levando em conta informações prestadas por questionadores do desenvolvimento nacional.

Representante dos profissionais da geologia, a Agemat promoveu o workshop como parte da solenidade de posse de sua nova diretoria que desde ontem cumpre mandato de dois anos e tem na presidência o geólogo e empresário André Molina, que substitui o colega Salatiel Alves de Araújo.

Geólogos avaliam que em breve o setor mineral pode se tornar o principal pilar econômico mato-grossense, com o mínimo de impacto ambiental e o máximo de contribuição social. Isso, porque essa atividade se desenvolve em áreas ínfimas se comparadas com o espaço ocupado por lavouras e a pecuária.

Mato Grosso é campeão nacional na extração de diamante industrial e de calcário para correção do solo, ocupa lugar de destaque no ouro e tem grandes reservas de zinco, minério de ferro, fosfato, pedras coradas e seu parque industrial para produção de cimento Portland está em franca expansão. Que os números apresentados no workshop sensibilizem as autoridades e que a atuação Agemat desperte investidores no setor, para que a potencialidade em breve se transforme em realidade mineral.
Diário de Cuiabá

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