01/07/2011
Segundo analistas consultados pelo Valor, o recuo dos metais, em geral, tem sido provocado pela percepção dos agentes de que a economia global não registra o desempenho esperado. Além do enfraquecimento da produção industrial japonesa diante do desastre natural, a continuidade da crise na Europa e a fraca recuperação da economia americana fizeram com que as incertezas começassem a permear a demanda futura pelas commodities metálicas.
E as cotações evidenciam essas relações. O preço do cobre, que em março estava no patamar de US$ 9,543 mil por tonelada métrica - considerando o preço médio mensal -, em junho marcou US$ 9,057 mil por tonelada métrica. O níquel, bastante volátil, saiu do nível de US$ 26,834 mil por tonelada métrica, em março, para US$ 22,389 mil por tonelada métrica em junho.
Para o cobre, a volatilidade está bastante relacionada com a China. O aperto monetário chinês, no esforço de controlar a inflação do país, reduziu a liquidez do mercado, o que fez com que o processo de estocagem que vinha sendo verificado no país se enfraquecesse. "As pessoas minimizaram o movimento chinês. As empresas no país agora enfrentam falta de liquidez para comprar o cobre. E elas terão que ir ao mercado em algum momento", disse Westgate, sugerindo uma possível continuidade na queda nos preços do metal, com a desestocagem na China.
A queda do níquel, por sua vez, é fruto das expectativas de aumento da produção mundial, ao mesmo tempo que, do lado da demanda, está relacionada com o baque sofrido pela indústria automobilística japonesa. Já o desempenho do alumínio - que alcançou seu pico em abril, em US$ 2,685 mil por tonelada métrica, para depois cair para US$ 2,583 mil por tonelada métrica em junho - está relacionada com o preço da energia. Deste modo, acompanha o movimento do petróleo: em junho o Brent recuou 0,5% na média mensal.
As perspectivas para o segundo semestre são variadas. "A tendência é de alguma estabilização. Pode haver uma pequena alta para o cobre, com a oferta crítica de energia no Chile (grande produtor) e alguma estocagem na China", afirmou consultor em mineração e ex-secretário nacional de Minas e Metalurgia, Luciano Borges. "No curto prazo, vai continuar essa volatilidade, até os fundamentos se acertarem", completou Westgate.
Terremoto no Japão, aperto monetário na China, dados macroeconômicos aquém das expectativas nas economias desenvolvidas e especulação no mercado financeiro. A mistura desses fatores resume o que provocou o declínio nos preços dos metais no segundo trimestre, período marcado pela reversão na tendência desenhada pelas commodities nos primeiros meses do ano.
Segundo analistas consultados pelo Valor, o recuo dos metais, em geral, tem sido provocado pela percepção dos agentes de que a economia global não registra o desempenho esperado. Além do enfraquecimento da produção industrial japonesa diante do desastre natural, a continuidade da crise na Europa e a fraca recuperação da economia americana fizeram com que as incertezas começassem a permear a demanda futura pelas commodities metálicas.
Agora são colocados em questão a persistência do consumo emergente e as perspectivas para os países combalidos pela crise financeira internacional - fatores que sustentavam a elevação dos preços dos metais no início do ano. "Tem sido um período caótico. Os fundamentos não têm sido suficientes para elevar os preços dos metais", afirmou o analista do Standard Bank, Leon Westgate.
E as cotações evidenciam essas relações. O preço do cobre, que em março estava no patamar de US$ 9,543 mil por tonelada métrica - considerando o preço médio mensal -, em junho marcou US$ 9,057 mil por tonelada métrica. O níquel, bastante volátil, saiu do nível de US$ 26,834 mil por tonelada métrica, em março, para US$ 22,389 mil por tonelada métrica em junho.
Para o cobre, a volatilidade está bastante relacionada com a China. O aperto monetário chinês, no esforço de controlar a inflação do país, reduziu a liquidez do mercado, o que fez com que o processo de estocagem que vinha sendo verificado no país se enfraquecesse. "As pessoas minimizaram o movimento chinês. As empresas no país agora enfrentam falta de liquidez para comprar o cobre. E elas terão que ir ao mercado em algum momento", disse Westgate, sugerindo uma possível continuidade na queda nos preços do metal, com a desestocagem na China.
A queda do níquel, por sua vez, é fruto das expectativas de aumento da produção mundial, ao mesmo tempo que, do lado da demanda, está relacionada com o baque sofrido pela indústria automobilística japonesa. Já o desempenho do alumínio - que alcançou seu pico em abril, em US$ 2,685 mil por tonelada métrica, para depois cair para US$ 2,583 mil por tonelada métrica em junho - está relacionada com o preço da energia. Deste modo, acompanha o movimento do petróleo: em junho o Brent recuou 0,5% na média mensal.
As perspectivas para o segundo semestre são variadas. "A tendência é de alguma estabilização. Pode haver uma pequena alta para o cobre, com a oferta crítica de energia no Chile (grande produtor) e alguma estocagem na China", afirmou consultor em mineração e ex-secretário nacional de Minas e Metalurgia, Luciano Borges. "No curto prazo, vai continuar essa volatilidade, até os fundamentos se acertarem", completou Westgate.
Valor Econômico
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