sexta-feira, 22 de julho de 2011

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22/07/2011

AEB projeta aumento de US$ 6 bi no superávit, mas lastreado em commodities

A Associação de Comércio Exterior (AEB) reviu para cima, de US$ 20 bilhões para US$ 26,260 bilhões, sua projeção para o saldo comercial do país este ano. No entanto, o vice-presidente da instituição, José Augusto de Castro, pondera que a notícia só é boa em termos quantitativos. Afinal, a ampliação de US$ 5,9 bilhões no superávit projetado pela AEB representará expansão de US$ 10 bilhões nas vendas de minério, deduzidas as perdas provocadas pela elevação das importações de manufaturados. O minério de ferro sozinho passará a representar 15,9% do total exportado pelo país.

"A balança comercial continua sendo sustentada pelas commodities, que já representam 71% da pauta de exportações. Fomos favorecidos pelo aumento dos preços daqueles produtos primários, mas não temos nenhuma influência em sua formação. Ou seja, se houver mudança no quadro internacional não poderemos fazer nada", alerta.

Ainda sobre o elevado grau de concentração no setor exportador, Castro contabiliza que 36% do que o país exporta se referem apenas a três produtos (primários): minério de ferro, petróleo (e seus derivados) e soja. "O petróleo superou a soja e ocupa o segundo lugar, mas em detrimento de aviões e outros produtos sofisticados", critica.

Para o vice da AEB, a nova política industrial que o governo pretende anunciar em breve "não provocará nenhuma mudança neste cenário", sobretudo por causa do câmbio valorizado. "A dependência brasileira das commodities está ainda mais visível em 2011, pois os 10 principais produtos exportados são primários e, entre os 20 mais vendidos, 16 são commodities. Além disso, pela primeira vez o principal produto manufaturado será uma commodity: o óleo combustível".
Monitor Mercantil

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