05/07/2011
O projeto Resíduo Zero teve como objetivo a eliminação do passivo ambiental da mina e geração de valor. A Votorantim Metais Zinco produz em Morro Agudo 880 kt de pó calcário por ano. O pó calcário é dividido entre PCI e PCA e a diferença química entre eles é a concentração de chumbo e de cadmio. O PCI é o pó calcário industrial, não é comercializado, pois é classificado como resíduo classe 1 - perigoso. Tem de ir para barragem impermeabilizada e controlada.
Já o PCA é o pó calcário agrícola, resíduo classe 2 não inerte, 100% comercializado. Mas para ser vendido, o PCA precisa seguir normas rígidas. Portaria do Ministério da Agricultura determina que ele tenha limite de 20 ppm de cadmio e 1.000 ppm de chumbo em sua composição para ser comercializado. Acima desses limites é considerado PCI.
Em 2007, a unidade Morro Agudo produzia 100% de PCI, que não podia ser comercializado e tinha que ser disposto em barragem. A partir de 2008, houve modificação no circuito produtivo e a usina passou a produzir 58% de PCA e 42% de PCI. Em 2009, houve melhora da performance e a unidade passou a produzir 65% de PCA e 35% de PCI. Atualmente, a usina produz 100% de PCA, sendo todo pó calcário comercializado, não gerando mais resíduo. Na configuração da planta de Morro Agudo, em 2008, o circuito era aberto com uma barragem para PCA e uma para PCI. Atualmente opera em circuito fechado, produzindo somente PCA.
O processo continua em evolução, com a especificação para chumbo e cadmio abaixo dos limites estipulados pelo Ministério da Agricultura. Quanto mais cadmio se retira do processo maior a recuperação de Zinco, ou seja, o projeto elevou a recuperação do metal. Como tem que eliminar o chumbo do rejeito, houve também aumento da recuperação do metal.
Segundo Haline, o projeto Resíduo Zero só foi possível pela interação das ferramentas de gestão, com o operador controlando o processo, e com a instalação de novos equipamentos, que possibilitou melhorias do sistema de dosagem de reagentes e gestão de processos. Estimativas da empresa indicam que o projeto elevou a vida útil da barragem de 2013 para 2017, podendo avançar até 2020 com a introdução de novas melhorias nos processos.
O tema da palestra apresentada por Haline Cristina dos Santos, engenheira de Minas Sênior da Votorantim Metais Zinco - Unidade Morro Agudo, localizada em Paracatu (MG), foi "Projeto Resíduo Zero". Na unidade, o processo de produção (mineração subterrânea) compreende extração do minério da lavra, britagem, homogeneização, moagem, flotação, espessamento e filtração e o produto final: concentrado de chumbo, concentrado sulfetado de zinco e pó calcário agrícola.
O projeto Resíduo Zero teve como objetivo a eliminação do passivo ambiental da mina e geração de valor. A Votorantim Metais Zinco produz em Morro Agudo 880 kt de pó calcário por ano. O pó calcário é dividido entre PCI e PCA e a diferença química entre eles é a concentração de chumbo e de cadmio. O PCI é o pó calcário industrial, não é comercializado, pois é classificado como resíduo classe 1 - perigoso. Tem de ir para barragem impermeabilizada e controlada.
Já o PCA é o pó calcário agrícola, resíduo classe 2 não inerte, 100% comercializado. Mas para ser vendido, o PCA precisa seguir normas rígidas. Portaria do Ministério da Agricultura determina que ele tenha limite de 20 ppm de cadmio e 1.000 ppm de chumbo em sua composição para ser comercializado. Acima desses limites é considerado PCI.
Em 2007, a unidade Morro Agudo produzia 100% de PCI, que não podia ser comercializado e tinha que ser disposto em barragem. A partir de 2008, houve modificação no circuito produtivo e a usina passou a produzir 58% de PCA e 42% de PCI. Em 2009, houve melhora da performance e a unidade passou a produzir 65% de PCA e 35% de PCI. Atualmente, a usina produz 100% de PCA, sendo todo pó calcário comercializado, não gerando mais resíduo. Na configuração da planta de Morro Agudo, em 2008, o circuito era aberto com uma barragem para PCA e uma para PCI. Atualmente opera em circuito fechado, produzindo somente PCA.
O processo continua em evolução, com a especificação para chumbo e cadmio abaixo dos limites estipulados pelo Ministério da Agricultura. Quanto mais cadmio se retira do processo maior a recuperação de Zinco, ou seja, o projeto elevou a recuperação do metal. Como tem que eliminar o chumbo do rejeito, houve também aumento da recuperação do metal.
Segundo Haline, o projeto Resíduo Zero só foi possível pela interação das ferramentas de gestão, com o operador controlando o processo, e com a instalação de novos equipamentos, que possibilitou melhorias do sistema de dosagem de reagentes e gestão de processos. Estimativas da empresa indicam que o projeto elevou a vida útil da barragem de 2013 para 2017, podendo avançar até 2020 com a introdução de novas melhorias nos processos.
Minérios & Minerales
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