quarta-feira, 13 de julho de 2011

Para Eike, China garante demanda por minério até 2025.

www.simineral.org.br

13/07/2011

Empresário afirma que consumo de chineses e indianos irá sustentar os preços elevados das commodities metálicas

O empresário Eike Batista, do Grupo EBX, disse nesta terça-feira que confia que a demanda internacional pelo minério de ferro não será afetada em um cenário de nova turbulência mundial. Para o bilionário, o ritmo de crescimento da China garante uma demanda aquecida pelo menos até 2025.

"Enxergo claramente que a China não vai parar seu ritmo de crescimento. Ela hoje produz mais ou menos 750 milhões de toneladas de aço (por ano), ou seja, ela precisa de 1,3 bilhão de toneladas de minério de ferro. Isso vai até 2025, 2030. A urbanização da China ainda não acabou", disse Eike, após assinar protocolo de intenções com o governo de Minas Gerais para investimentos da MMX.

Segundo ele, o ingresso de milhões de chineses e indianos no mercado de consumo vai sustentar os preços elevados das matérias-primas metálicas. Eike lembrou que reservas que antes não eram exploradas - com baixo teor de ferro - se tornaram nos últimos anos viáveis economicamente.

"Coisa que se botava no rejeito hoje virou minério, mais duro, tem que investir mais, mas tem um grande comprador lá no outro lado do mundo, um dragão chinês que está consumindo isso aí. Então eu estou muito confiante até 2025", reforçou.

Foxconn

O empresário disse que encerrou as negociações com grupos asiáticos para a instalação no Brasil de uma montadora de produtos da Apple. Um dos grupos que Eike negociava era a Foxconn, que fabrica produtos da Apple em regime de terceirização na China. Em abril, durante visita da presidente Dilma Rousseff, a empresa anunciou a intenção de produzir no País telas e visores para produtos como computadores, celulares e tablets.

A ideia de Eike era que a montadora da Apple fosse instalada no complexo do Porto de Açu da LLX, empresa de logística da holding, em São João da Barra, no litoral norte do Rio de Janeiro. O empresário, considerado o oitavo homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões, segundo ranking da revista Forbes, acredita que sua investida acabou provocando a decisão da Foxconn de investir no País.

"Me considero um instigador para provocar grupos a se mobilizarem. Que bom, acho que eles vindo o Brasil vai estar servido e todos nós vamos poder ter acesso a computadores mais baratos", disse, reclamando a necessidade de que os produtos tenham "preços decentes". "A gente importa custando duas vezes o preço. Feito aqui não vai custar tão caro."
 
IG

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