terça-feira, 26 de abril de 2011

Pará é campo fértil para metalúrgicos

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Escrito por Izabelle Araújo
Seg, 25 de Abril de 2011 17:08
Com o advento da revolução industrial na Europa e, mais tarde, em outros países do mundo, muitos trabalhadores deixaram o campo e ganharam as cidades em busca de emprego. Nesse momento, surgiu o operário, encarregado da produção nos mais variados tipos de indústria. A especialização no trato com metais deu origem a uma das classes trabalhadoras mais numerosas do Brasil, os metalúrgicos, que são homenageados nacionalmente no dia 21 de abril.
No Pará, a cidade de Barcarena tornou-se campo fértil para a expansão desta atividade por conta do pólo industrial que se firmou lá a partir da década de 1980. Pioneira deste processo, a Alumínio Brasileiro S.A (Albras), fábrica de alumino primário que deu início ao parque industrial da região, possibilitou inserção da mão-de-obra neste mercado, que até então era desconhecido pela população local. Hoje, o município é terra de oportunidades para quem quer seguir a carreira.
O técnico em metalurgia e gerente operacional da Albras, Geraldo Antônio dos Santos, fez essa opção há 21 anos, quando veio de Ouro Preto (MG) para trabalhar na fábrica recém-criada. Visitas a fábricas mineiras o fizeram escolher o campo da metalurgia, mas a paixão pela profissão cresceu com a experiência de trabalho que ele ganhou na empresa. “Há sempre algo a explorar na nossa profissão, todo dia aprendemos algo novo”, comenta Geraldo. Ele ressalta que hoje o mercado exige mais do que a visão técnica, e sim um conhecimento sobre a gestão de pessoas, que ele conseguiu no cargo de gerência. “Hoje temos que saber coisas que vão além da nossa formação, como lidar com as diferenças. É sempre um desafio, mas muito importante para o crescimento profissional”, completa.
Quem fez o caminho inverso também se orgulha de ser metalúrgico. O operador de produção Daniel Costa Lima já trabalhava há 10 anos na Albras quando ingressou no curso técnico de metalurgia do Instituto Federal do Pará (IFPA, antigo CEFET) e hoje colhe os frutos da qualificação. “O curso ampliou meus conhecimentos e me deu mais facilidade para lidar com o trabalho”, explica Daniel. Segundo ele, para quem passa a maior parte do dia na fábrica é importante trabalhar com satisfação. “Tenho a empresa como a segunda família, pois gosto do meu trabalho e do círculo de amizades que construí”, conta. Falando para os metalúrgicos que estão ingressando na profissão agora, ele não tem dúvidas de que está no lugar certo. “Barcarena tem futuro para a nossa profissão. Quem quer ser metalúrgico tem mais chances aqui”, convoca Daniel.

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