quinta-feira, 30 de junho de 2011

Lentidão do governo cria novo mercado.

www.simineral.org.br
30/06/2011

A baixa participação do governo na prospecção de reservas abre caminho para a ação de empresas dedicadas à pesquisa mineral.

São mineradoras de menor porte, conhecidas como "junior companies", que pesquisam o solo e fazem o desenvolvimento das jazidas, sem ter a expectativa de que vão operar, de fato, a reserva.

"Elas desenvolvem a reserva e depois a vendem com lucro para um investidor de grande porte", diz Alexandre Rangel, da Ernst&Young.

O interesse das "junior" pelo país é crescente a partir de 2005, e a sua participação no mercado pode ser medida pelos números de venda de análises de jazidas.

Em 2010, foram registradas 3.842 "cessões de direitos minerários aprovadas" [quando uma empresa cede seu direito de exploração a outra], segundo o DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral). A alta é de 11% ante 2009 -os dados de 2011 não foram detalhados.

As mineradoras "junior" são uma invenção canadense, com origem nos anos 80. São empresas de capital de risco, que buscam recursos em Bolsas para financiar projetos de pesquisa.

Para as grandes mineradoras, as "junior" trazem a possibilidade de terceirizar parte do risco de pesquisa, um dos maiores da indústria.

"As junior ampliaram o potencial de geração de jazidas, pois há mais empresas em áreas geográficas diferentes, com maior diversidade tecnológica e competição", diz Luciano Borges, diretor da Ad Hoc Consultores, especializada no setor.
Folha de São Paulo

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