terça-feira, 21 de junho de 2011

Mapeamento geológico não cobre 30% do país.

www.simineral.org.br
21/06/2011

Apesar da relevância da mineração para o Brasil, até hoje menos de 30% do território nacional foi mapeado geologicamente, portanto, o segmento ainda pode fazer descobertas de grande impacto para a economia.

Mesmo em Minas Gerais, Estado que detém cerca de 50% da produção nacional e onde a mineração já ocorre desde o século XIX, há expectativas sobre o que pode ser descoberto.

O diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Marcelo Tunes, destacou o ano de 2008 quando foi diagnosticada uma grande jazida de minério de ferro no Norte do Estado. Porém, o potencial de Minas para novas jazidas é restrito quando comparado com outros locais.

Entretanto, o professor da faculdade de minas da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Issamu Endo, explicou que mesmo no Quadrilátero Ferrífero, onde o minério de ferro de alto teor está exaurido, a atividade mineral poderá se beneficiar. "O potencial para o minério de baixo teor está bastante elevado. O aproveitamento dessas substâncias está crescendo devido ao elevado preço do minério aliado à melhoria na tecnologia de exploração e beneficiamento mineral." Além do Quadrilátero Ferrífero, onde também é feita a extração de ouro, ferro, manganês e topázio, Endo destacou o Sul de Minas, rico em rochas ornamentais; as gemas da região Centro-Leste; o nióbio do Alto Paranaíba e o ferro e o ouro na faixa da Serra do Espinhaço. Além disso, o professor citou a bacia de São Francisco com grande potencial para a exploração de gás.

Apesar das extensas possibilidades ainda presentes em território mineiro, o Pará, segundo maior produtor brasileiro, detentor de 20% do mercado é o principal cotado para o caso de Minas perder a liderança do setor. Isso porque, além de ocupar uma área maior, o território mapeado geologicamente é ínfimo.

O diretor do Ibram falou também sobre as terras indígenas, que ocupam aproximadamente 15% da área brasileira e 25% da Amazônia. Desde a Constituição de 1988, a permissão para minerar tais territórios foi bloqueada e, ainda hoje, o segmento busca uma regulamentação para modificar esse cenário. "Já existe um projeto de lei e a questão vai ser resolvida mais cedo ou mais tarde", disse Tunes. (RG)
 
Diário do Comércio

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