segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mercado da China segura exportações da CBMM

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Mercado da China segura exportações da CBMM
22/08/2011

São mais de 350 clientes pelo mundo.

Enfraquecimento da economia europeia e déficit fiscal dos Estados Unidos à parte, o aquecimento da demanda internacional por ferro-nióbio, especialmente por parte da China, estão impulsionando os negócios da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) neste ano. No acumulado até julho, a empresa, com uma jazida em Araxá, no Alto Paranaíba, responsável por cerca de 80% da produção mundial da liga, já está com um giro financeiro 20% superior ao do mesmo período de 2010.

O administrativo da empresa, Antônio Gilberto de Castro, não faz projeções para o resultado do exercício, mas afirma que o mercado está aquecido. "Este é um dos motivos que nos levaram a investir no aumento da capacidade", justifica. Castro se refere ao investimento na nova planta de sinterização no complexo de exploração de ferro-nióbio em Araxá, que demandou aporte de R$ 250 milhões.

Conforme o diretor, o principal mercado consumidor é a China, mas a CBMM tem cerca de 350 clientes espalhados pelo mundo. Entre janeiro e julho, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), a companhia exportou US$ 1,148 bilhão, 28,1% a mais que os US$ 895,8 milhões registrados no mesmo período um ano antes.

Com o resultado, a CBMM se tornou o segundo maior exportador do Estado, atrás apenas da Vale S/A. A participação da companhia, cujas reservas no Alto Paranaíba são da ordem 800 milhões de toneladas com durabilidade estimada em 200 anos, foi de 5,1% na pauta exportadora do Estado no acumulado do ano até julho.

Projetos - Segundo Castro, a planta de sinterização entrou em operação entre o final de julho e o começo deste mês e gerou 50 empregos diretos. Com o aporte, a companhia passou a ter capacidade para produzir 90 mil toneladas anuais. Os investimentos na unidade fazem parte do plano de expansão da CBMM, que prevê aporte de R$ 800 milhões nos próximos cinco anos e elevação da capacidade instalada para 120 mil toneladas até 2015.

Até lá, explica o diretor, serão elaborados os projetos das novas plantas de concentração e de refino. Além disso, a CBMM irá ampliar o pátio de homogeneização de minério. "Os investimentos em sinterização solucionaram gargalos no processo produtivo", acrescenta.

As inversões na área de sinterização deveriam ter começado em 2009, mas a crise financeira internacional impactou as vendas externas da companhia, derrubando os preços do ferro-nióbio no mercado internacional e enfraquecendo a demanda. Como a CBMM exporta mais de 90% da produção, os investimentos foram postergados.

A CBMM faz parte do grupo Moreira Salles e possui 49% de participação na Companhia Mineradora Pirocloro de Araxá. Os outros 51% são controlados pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). A empresa possui uma subsidiária na Europa, a Niobium Products Company GMBH, em Dusseldorf, na Alemanha, e outra nos EUA, a Reference Metals Company Inc.
Diário do Comércio

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