terça-feira, 16 de agosto de 2011

Ouro: Pará quer ser segundo maior produtor

www.simineral.org.br
16/08/2011

Brasília - Pelo fluxo de investimentos que tem atraído, o Pará será o segundo maior produtor de ouro no país nos próximos cinco anos, perdendo só para Minas Gerais. O Estado da região Norte detém 47% dos 6.007 requerimentos de pesquisa para ouro que estão no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) para avaliação.

De 2011 a 2014, o Pará vai receber US$ 738 milhões (R$ 1,2 bilhão) para exploração de três novas jazidas, o que representa 30% do aporte previsto no setor de ouro brasileiro entre 2011 e 2015. A maior parte do dinheiro vem do Canadá.

A Bahia, segunda maior produtora atual, receberá US$ 70 milhões (R$ 114 milhões) nesse período, e não há inversões previstas para Goiás, terceiro maior produtor. Minas Gerais, produtor tradicional, ficará com 50% do total de investimentos previstos - US$ 1,2 bilhão, R$ 1,96 bilhão.

O Pará será estratégico para a meta do governo brasileiro de chegar a 2017 produzindo 130 toneladas de ouro por ano mais do que o dobro da produção do ano passado, de 57,9 toneladas. O Estado produziu apenas três toneladas em 2010, mas, com os novos investimentos, a previsão é que passe a 20 toneladas/ano.

Entre os três grandes projetos canadenses, o maior é o Tocantinzinho, mina localizada no rio Tapajós, comprada em 2010 pela Eldorado Gold da empresa Brazauro. A Eldorado Gold informou que vai investir US$ 383 milhões (R$ 624 milhões) no empreendimento até 2014.

Reservas - Enquanto países como Coreia do Sul e Tailândia compram ouro para se proteger da crise, no Brasil a quantidade do metal nas reservas internacionais é a mesma desde outubro de 2002. Segundo dados do Banco Central (BC), o país possui 1,08 milhão de onças troy, o equivalente a US$ 1,76 bilhão (R$ 2,9 bilhões) no final de julho. A onça troy equivale a 31,1 gramas.

Isso representa apenas 0,5% das reservas, hoje em US$ 348,3 bilhões (R$ 567,7 bilhões). Antes da liberação do câmbio no Brasil, em 1999, o volume de ouro era maior 9 milhões de onças troy. Depois, caiu rapidamente.

O total de reservas internacionais do Brasil teve um crescimento de 20%, considerando as compras de dólares do Banco Central e a rentabilidade no período. O BC informou que só comenta a política de gestão de reservas por meio do relatório que trata do assunto. O documento é divulgado anualmente, desde 2009, sempre nos meses de agosto, com dados sobre o ano anterior. (FP)
Diário do Comércio

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