quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Otimista, China acelera compra de commodity

www.simineral.org.br

31/08/2011

Empresas e investidores chineses estão aumentando suas compras de commodities industriais como o cobre, em uma demonstração da confiança na economia global que contrasta com a turbulências nos mercados do Ocidente.

A onda de compras está dando suporte aos preços de metais e minérios, após a queda nas cotações das commodities no último mês - em meio a preocupações com uma recessão. Importantes executivos de tradings, companhias mineradoras e bancos afirmam que os consumidores chineses aproveitaram a recente baixa nos preços para refazer seus estoques.

"A China está muito menos pessimista em comparação às pessoas no Ocidente", disse Raymond Key, chefe de negócios com metais do Deutsche Bank. "Eles estão fazendo estoque na baixa, especialmente de cobre."

Segundo um executivo de uma trading chinesa, "não há dúvida de que alguns traders estão comprando [cobre] recentemente".

O aumento da procura pelo metal beneficia as maiores nações exportadoras, incluindo o Chile e o Peru, e mineradoras com Freeport-McMoRan Copper & Gold, BHP Billiton e Xstrata. Tradings como a Glencore e Trafigura também saem ganhando.

Os preços do cobre atingiram o menor nível em oito meses no início de agosto, caindo a US$ 8.846 por tonelada. Mas recuperaram mais de 9% desde então, e chegaram ontem a US$ 9.225.

A China responde por 38% da demanda mundial pelo produto e tem o poder de levantar o mercado mesmo em momentos de retração dos compradores ocidentais. Apesar disso, traders vêm alertando que os consumidores chineses podem se retirar a qualquer momento do mercado se acharem que os preços cairão ainda mais.

As compras da China revertem a tendência registrada no primeiro semestre deste ano, quando consumidores reduziram suas aquisições de metais. No período, o governo apertou o crédito, o que dificultou as compras e derrubou as importações em 37% nos primeiros sete meses do ano, em comparação a 2010.

A Glencore, maior negociador de commodities do mundo, apontou que os que os estoques no país asiático caíram pelo menos à metade desde o começo do ano.

A demanda chinesa nas últimas semanas tem sido impulsionada por uma alta do iene. Mas traders afirmam que grandes compradores locais têm tido mais acesso a crédito, o que ainda não ocorre com os pequenos.
Valor Econômico

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