sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Reduzir dependência externa é prioridade em fertilizantes

www.simineral.org.br

16/09/2011

Quando, em fevereiro deste ano, lançou o Plano Nacional de Mineração 2030, o Ministério de Minas e Energia transmitiu um recado claro ao mercado: a produção de minerais para uso agrícola, especialmente fosfatos e potássio, é agora uma questão estratégica para o governo federal. Não poderia ser de outra forma. Um dos maiores produtores e exportadores mundiais de alimentos, o Brasil, importa até 70% dos fertilizantes que consome.

Em 2010, o Brasil comprou no exterior 15,4 milhões t de fertilizantes, no valor de US$ 4,9 bilhões. Trata-se de uma soma significativa de recursos para manter a produtividade das lavouras brasileiras. Para mudar essa situação, as perspectivas, nos próximos anos, são de um forte aumento na pesquisa e na produção dentro do País.

No caso dos fertilizantes nitrogenados, obtidos a partir do gás natural, o problema parece estar equacionado: os investimentos já anunciados pela Petrobras para o setor prevêem um aumento significativo da produção nacional para atender à demanda brasileira. Quanto ao potássio, há boas e desafiantes perspectivas, com a pesquisa de novas jazidas, especialmente na Amazônia.

No caso dos fosfatos, área na qual o país importa hoje 50% de seu consumo, a perspectiva é a de que seja reduzida para cerca de 15% a 20%  a  importação deste insumo dentro de 5 a 6 anos -- desde que implantados os projetos anunciados. Isso será possível graças a diversos projetos, alguns dos quais já em fase de implantação. Um deles, temos a satisfação de destacar, é o projeto Itafós Arraias SSP, a partir do qual a MbAC Fertilizantes abastecerá uma região de enorme potencial agrícola a partir de uma mina e uma unidade de produção de fertilizantes estrategicamente situadas na região do Cerrado.

No ano passado, foram vendidas no Brasil 24,5 milhões t de fertilizantes, 9,4 % a mais do que o total de 2009, de 22,4 milhões t. O crescimento com relação às 8,3 milhões t produzidas no ano anterior foi de 11,5%.

O uso de fertilizantes é crítico na tecnificação cada vez mais intensa da agricultura nacional, e os produtores sabem disso. Ele é essencial nas tecnologias que buscam o aumento da produtividade no campo. A obtenção de produtividades maiores nas áreas já utilizadas significa que o Brasil poderá continuar a cumprir seu papel de grande fornecedor mundial de alimentos sem incorporar à produção áreas atualmente preservadas, no Cerrado e na Mata Amazônica.

A FAO e outras organizações internacionais apontam para um aumento de 70 % na produção mundial de alimentos até 2050, para abastecer de forma conveniente uma população mundial estimada em 9 bilhões de pessoas naquele ano. Ao Brasil cabe o papel fundamental de responder por 50% desta demanda adicional de alimentos e, para isso, estão sendo realizados investimentos da ordem de US$ 12 bilhões para o aumento da produção de fertilizantes.

A MbAC  tem como foco tornar-se um produtor integrado significativo de fertilizantes a base de fosfato e potássio nos mercados brasileiro e latino-americano. No momento, investe cerca de US$ 200 milhões na construção de uma fábrica de fertilizantes de superfosfato simples (SSP) em Arraias, perto da divisa dos Estados de Tocantins e Goiás. O projeto Itafós Arraias SSP produzirá cerca de 500 mil t de superfosfato simples por ano, com start up previsto para o segundo semestre do próximo ano.

Há outros projetos em curso na área de fosfatos, no Pará e em Minas Gerais. A empresa também está ativa com relação ao potássio, com o projeto Aneba, na Bacia Amazônica. Espera-se que as perfurações comecem no início de 2012.

Com um mercado amplo e perspectivas de um retorno sólido, a produção de minerais para uso agrícola oferece excelentes perspectivas para os próximos anos. Para a MbAC, esta é uma certeza.
 

*Roberto Busato Belger, vice-presidente sênior e COO da MbAC Fertilizantes
Minérios & Minerales

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