12/09/2011
Uma pesquisa de mestrado desenvolvida pelo Laboratório de Geofísica Aplicada da Universidade de Brasília (UnB) pode ter detectado inúmeras minas de ouro no sudeste do Pará, a maioria na zona rural do município de Rio Maria, no sul do Pará. De acordo com a pesquisa, o geólogo e pesquisador Ezequiel Costa identificou 54 alvos potenciais de ouro no sul do Pará, sendo que em 20 deles a presença do metal já teria sido comprovada. Imagens geradas por sensores tornaram possível a descoberta, sendo que as áreas mapeadas serão exploradas pela empresa Reinarda Mineração, subsidiária da multinacional australiana Troy Resource, que detém concessão do subsolo da área desde 2007 e financiou parcialmente o estudo. Os primeiros sete furos nos alvos descobertos estão estimados em R$ 12 milhões. Os 54 pontos foram identificados em uma área de 2,5 mil quilômetros quadrados, próxima a Rio Maria, cidade de 22 mil habitantes fundada em maio de 1982 e com atividade econômica marcada pela mineração e agropecuária.
A área próxima à dos alvos descobertos já tem uma mina em exploração, chamada Mamão, e outra extinta, conhecida como Lagoa Seca. O mapeamento que resulta nas imagens aerogeofísicas é produzido por sensores localizados nas asas de aviões. Em voos de aproximadamente 100 metros de altura, as aeronaves detalham todo o terreno. O trabalho contou com a colaboração e experiência das professoras Adalene Silva, orientadora do estudo, e Catarina Toledo, que auxiliou na orientação. Por outro lado, a notícia dando conta da descoberta de jazidas de ouro na região movimenta a classe garimpeira do país. Desde o fechamento do garimpo de Serra Pelada, desativado na década de 80, milhares de garimpeiros aguardam a reabertura da Nova Mina, que será explorada de forma mecanizada.
Com a interdição de Serra Pelada, a classe garimpeira se viu entregue à própria sorte, uma vez que a atividade garimpeira representava o único ofício de um verdadeiro exército humano que chegou ao Pará no início de 1980, em busca do "Eldorado". A história de Serra Pelada remonta ao ano de 1977, quando a Companhia Vale do Rio Doce, que detinha os direitos de exploração da área, confirmou a existência de ouro no garimpo. Conforme uma lenda do garimpo, tudo teria começado quando um peão que trabalhava na propriedade do fazendeiro Genésio encontrou uma grande pepita. Sem saber a origem da "pedra brilhosa", o empregado entregou o achado ao fazendeiro, que levou a pedra a Marabá e constatou que se tratava da maior pepita já encontrada até então.
Em fevereiro de 2007, o governo federal concedeu à Coomigasp, Cooperativa Mista dos Garimpeiros de Serra Pelada, a licença de exploração da área. Em julho do mesmo ano, a Cooperativa firmou com a Colossus, empresa de mineração canadense, uma parceria para exploração mecanizada em Serra Pelada.
Geólogo teria identificado mais de 50 focos de ouro no sudeste do Pará
Uma pesquisa de mestrado desenvolvida pelo Laboratório de Geofísica Aplicada da Universidade de Brasília (UnB) pode ter detectado inúmeras minas de ouro no sudeste do Pará, a maioria na zona rural do município de Rio Maria, no sul do Pará. De acordo com a pesquisa, o geólogo e pesquisador Ezequiel Costa identificou 54 alvos potenciais de ouro no sul do Pará, sendo que em 20 deles a presença do metal já teria sido comprovada. Imagens geradas por sensores tornaram possível a descoberta, sendo que as áreas mapeadas serão exploradas pela empresa Reinarda Mineração, subsidiária da multinacional australiana Troy Resource, que detém concessão do subsolo da área desde 2007 e financiou parcialmente o estudo. Os primeiros sete furos nos alvos descobertos estão estimados em R$ 12 milhões. Os 54 pontos foram identificados em uma área de 2,5 mil quilômetros quadrados, próxima a Rio Maria, cidade de 22 mil habitantes fundada em maio de 1982 e com atividade econômica marcada pela mineração e agropecuária.
A área próxima à dos alvos descobertos já tem uma mina em exploração, chamada Mamão, e outra extinta, conhecida como Lagoa Seca. O mapeamento que resulta nas imagens aerogeofísicas é produzido por sensores localizados nas asas de aviões. Em voos de aproximadamente 100 metros de altura, as aeronaves detalham todo o terreno. O trabalho contou com a colaboração e experiência das professoras Adalene Silva, orientadora do estudo, e Catarina Toledo, que auxiliou na orientação. Por outro lado, a notícia dando conta da descoberta de jazidas de ouro na região movimenta a classe garimpeira do país. Desde o fechamento do garimpo de Serra Pelada, desativado na década de 80, milhares de garimpeiros aguardam a reabertura da Nova Mina, que será explorada de forma mecanizada.
Com a interdição de Serra Pelada, a classe garimpeira se viu entregue à própria sorte, uma vez que a atividade garimpeira representava o único ofício de um verdadeiro exército humano que chegou ao Pará no início de 1980, em busca do "Eldorado". A história de Serra Pelada remonta ao ano de 1977, quando a Companhia Vale do Rio Doce, que detinha os direitos de exploração da área, confirmou a existência de ouro no garimpo. Conforme uma lenda do garimpo, tudo teria começado quando um peão que trabalhava na propriedade do fazendeiro Genésio encontrou uma grande pepita. Sem saber a origem da "pedra brilhosa", o empregado entregou o achado ao fazendeiro, que levou a pedra a Marabá e constatou que se tratava da maior pepita já encontrada até então.
Em fevereiro de 2007, o governo federal concedeu à Coomigasp, Cooperativa Mista dos Garimpeiros de Serra Pelada, a licença de exploração da área. Em julho do mesmo ano, a Cooperativa firmou com a Colossus, empresa de mineração canadense, uma parceria para exploração mecanizada em Serra Pelada.
O Liberal
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